O Despioramento da Economia Brasileira. Boas notícias, infelizmente. Tio Sam Desgovernado. E outras notas breves.

No Brasil, se as coisas não vão de mal a pior, vão de pior a mal, não importa o que ocorra, se o homem público que ocupa a cadeira de presidente, na companhia de seres iníquos, de alma carcomida, não bebe champagne e não come caviar, em banquetes nababescos financiados com o dinheiro suado do povo brasileiro, em suntuosos salões aristocráticos paramentados com obras de profundo mal gosto, de dar engulhos em toda e qualquer pessoa que tenha no espírito, conservada, a consciência do que é belo, de bom-gosto. E se aquele que, no cumprimento de seu dever cívico, contra poderosas forças disruptivas, movimentos revolucionários subversivos, supera dificuldades inimagináveis e obtêm sucesso considerável na Economia do país, produzindo riqueza e gerando emprego, atende pelo nome de Jair Messias Bolsonaro, do fruto do trabalho dele e de sua equipe se diz que é algo que despiorou o que ele mesmo, o presidente indigitado, havia piorado, que era a Economia que ele herdou de seus antecessores, que, sabe toda pessoa minimamente informada, administraram com zelo admirável o rico dinheirinho do povo brasileiro.

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De boas notícias, o inferno está cheio. Por que há de dar boas notícias a mídia aos brasileiros, se é mais vantajoso aterrorizá-los com más notícias, que os deixam com os cabelos em pé, a passarem noites em branco, atormentados por insônias desvigorantes, ou, se eles caem em sono profundo, a perturbá-los com pesadelos assustadores. O PIB nacional cresceu razoavelmente bem no primeiro trimestre do corrente ano e se prevê que irá crescer em torno de quatro por cento, neste ano, em relação ao ano passado. Que triste é para os infelizes cavaleiros do apocalipse tão boa notícia.

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Está Joe Biden - Dodô Bidê, para os íntimos -, o presidente americano, a desgovernar a casa do Tio Sam, nosso querido parente do norte. Há crise na divisa territorial da grande nação com a terra dos astecas. Lá imigrantes são barrados, presos - e a vice-presidente americana, em viagem à Guatemala, solta uma pérola de fazer cair o queixo daqueles que, de tão ingênuos, acreditam que os burros azuis e vermelhos amam os sobrinhos do Tio Sam e lutam pelo bem-estar deles.

E o resultado da política de desinvestimento na polícia se faz conhecer: aumento da violência em boa parte dos EUA.

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Os carinhas dizem seguir a ciência. Alguns ignoram solenemente a existência de Didier Raoult e Luc Montagnier, dois cientistas de primeiro time que não subscrevem a ladainha reinante na imprensa de todo o mundo. Outros, conhecendo-os, e acerca deles ouvindo comentários, poucos, torcem o nariz e rejeitam terminantemente qualquer idéias saídas da boca deles. São ambos negacionistas, nas palavras dos seguidores da ciência, gente que jamais ocupou sequer um segundo de sua humilde existência ao nobre estudo da ciência.

Quanto a ouvir idéia diferentes daquelas que defendem, os carinhas que seguem a ciência não querem nem saber. Que!? Confrontar hipóteses, eu!? Tá doido, tio. Adoto como verdadeiramente científica, ou cientificamente verdadeira, a que os heróis midiáticos, aqueles cientistas e médicos renomados alçados ao píncaro do estrelato pela imprensa, afirma ser a correta.

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É possível construir-se um muro na divisa territorial dos Estados Unidos com o México. É impossível construir-se um muro na divisa territorial do Brasil com o México, pelas razões óbvias - mas Geografia não é o forte de um certo político tupiniquim.

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Onde estão os humoristas brasileiros? De férias? São tantos os disparates da classe política, da artística, que dá para se criar um sem fim número de anedotas e piadas.

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Os remédios cujos nomes não podem ser citados, remédios que compõem um tratamento que não pode ser veiculado, estão salvando muitas vidas, vidas de pessoas que, se se deitassem em berço esplêndido à espera de cuidados de profissionais que trabalham em órgãos competentes, morreriam intubados num leito de UTI.

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Enquanto isso, na divisa entre Brasil e México, uma sublevação social na Colômbia, que, segundo consta nos livros de geografia de um certo político, faz divisa com o Canadá.

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As figurinhas carimbadas da política e do showbusiness nacional já ensinaram aos ignaros descendentes de Peri e Ceci que na Amazônia há girafas e que Brasil e México são países vizinhos. Não está longe o dia em que lhes ensinarão o Teorema de Pitágoras e a Sequência de Fibonacci. E quem criou o Teorema de Pitágoras? E a sequência de Fibonacci?

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E da Bielorússia nenhuma notícia. E nem da Ucrânia. E ninguém fala das peripécias bélicas do Putin. E o Afeganistão é um país distante, muito distante. E a China e a Austrália estão em rota de colisão. E a China e as Filipinas estão em rota de colisão. E a China e Taiwan estão em rota de colisão. E a China e os Estados Unidos estão em rota de colisão. A China, parece-me, está em rota de colisão com todos os outros países.

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As mais avançadas tecnologias que temos à nossa disposição estão obsoletas. As mais avançadas das mais avançadas são de uso exclusivo das forças armadas das nações mais poderosas do mundo e de alguns, poucos, miliardários universais de antigas dinastias.

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E já se fala em uma nova onda de infecção por coronavírus, agora de uma variante que nasceu no Vietnã. Nem bem nos livramos da hindu, e já temos que enfrentar a vietnamita. Farei algumas pesquisas, rápidas, de geopolítica. O Vietnã está confrontando a China em algum campo de interesse do governo comunista deste país?

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Pesquisas de intenções de votos, não faz muito tempo, apontavam Bolsonaro em maus lençóis. E dizia-se aos quatro ventos que ele perdia popularidade. Mas aí, o Capitão Bonoro inventou de passear de moto, em Brasília, no Rio, e em São Paulo. Assim, ele derrubou duas narrativas: a de que perde para os seus adversários num confronto eleitoral e a de que não tem popularidade, perdeu-a, é impopular. E os seus principais oponentes, em particular o Nove Dedos, também chamado de Nine Molusco, não dão a cara à rua. E não mais se publica na nossa tão confiável impressa pesquisa de intenções de voto.

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E da terra do Tio Sam, notícia do Arizona, condado de Maricopa. Dá-se os últimos retoques na auditoria dos votos das eleições americanas de 2.020. Há novidades por aí. E a mídia brasileira a ignorar o assunto, do mesmo modo que ignora Faucy, laboratório de Wuhan, fogo em embarcação iraniana, rebeldes ganhando espaço no Afeganistão...

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Todos os que andamos hoje em dia pela face da Terra temos a disposição infinitas fontes de informações. Infelizmente, muitos de nós não desgrudam os olhos da telinha da televisão, sintonizada nos canais de sempre.

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 12/06/2021
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