A Argélia opôs-se aos interesses do Marrocos na zona do Sahel-Saara

A Argélia preocupada com seu estado actual sobretudo no local da região do Sahel africano, depois que a operação francesa “Barkhane” tem chegado a um beco sem saída, cujo fracasso do plano de Paris de estabelecer a segurança nas áreas dias “quentes”, diante do retorno do espectro do “ terrorismo ”e dos grupos armados atuantes nos países, “ nascentes ” gracias as transições democráticas.

O chefe do Estado-Maior do Exército argelino, Said Chanegriha, efetuando uma visita a Paris nestes dias objetivando discutir formas de participar nas operações de segurança, militares e diplomáticas na região do Sahel da África, segundo as fontes francesas.

Tal visita de Chanegriha à França coincide com o anúncio de Macron do fim da Operação Barkhane na região do Sahel,  lançada em 2013, cuja determinação da França manter a Operação dita Takoba, na qual vários países europeus e africanos  participam, num momento em que o Agrupamento dos países " Sahel 5",  criado pela França para ajudar a região a sair o Sahel, após o fracasso das suas abordagens.

A Argélia já pode enviar suas unidades terrestres, marítimas e aéreas para outras regiões no exterior de seu país, o que os especialistas vêem como um indício de um retorno da Argélia à frente regional, de modo que o vizinho oriental o Reino   busca também um certo apoio militar nos processos da fronteira com outros países africanos.

Professor Mohamed Al-Tayyar, especialista em segurança e militar considerou que a visita de Chanegriha à França ocorre após a emenda da constituição argelina,  permitindo o envio do exército e participar nas manobras fora da Argélia, tal emenda veio para servir a França e confirmar os laços que unem os militares argelinos com o regime francês.

Segundo o artigo do jornal eletrônico Hespress: "A Argélia considera a região do Sahel seu quintal,  tornando desta zona uma quadra insegura, uma vez que os grupos terroristas e organizações do crime organizado ligadas à segurança militar argelina, implantando um plano atendendo aos interesses dos países ocidentais, mantendo uma certa influência na região no contexto da luta pelas riquezas da região.”

Tal militar explicou que “o fracasso da França nestes planos de segurança permitiu  ao poder  da Rússia entrar no Mali, motivo para buscar ajuda da Argélia, devido à sua localização geográfica e seu compartilhamento das fronteiras com vários países da região, além da crise que ameaça o regime militar e o apoio do Presidente francês, Macron, ao presidente argelino Abdel Majid Tebboune, em diferentes ocasioes, ligadas às escolhas político-militares.

Acrescentando que «a participação do exército argelino na região do Sahel tem por objetivo preservar os interesses da França, sem descartar os envolvimentos externos,  tornando-se mais confirmado tal atitude a cada dia, uma vez o Marrocos, em virtude das suas relações históricas e sociais atua no sentido de chamar atenção, cada vez mais presente, visando a resolver o dilema de segurança sobretudo na região do Sahel. "

Segundo o analista de segurança e militar, el sublinhou que “a França, como a Espanha, utilizam os militares argelinos para impedir o retorno de Marrocos à África Ocidental, revelando o papel dos planos coloniais e manobras estratégicas do estado francês que não são diferentes dos da Espanha”, considerando que “a França até agora não tomou nenhuma decisão sobre a seguranca e estabilidade da zona ameacada pelo terrorismo e conflitos territoriais.

A França e Espanha, próximos países e estratégicos do Marrocos têm outra posição quanto a importância da soberania de Marrocos sobre o seu saara, seguindo um comportamento, conhecido da política de duplo engajamento sobretudo em relações do Marrocos e Argélia, visando a preservar a crise artificial em torno do Saara marroquino, diante da sua responsabilidade e posição histórica na região do Sahel, bem como para os países da África Ocidental como tudo.

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitário, Rabat, Marrocos

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 17/06/2021
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