Fanatismo

Como justificar o fanatismo? Conhecemos essa particularidade do ser humano bem, sob diversas denominações. Mas não conseguimos controla-lo. Um estado de embriaguez que toma conta das pessoas. Nos faz perder a capacidade de raciocínio lógico e racional, de tomar decisões lúcidas baseadas na razão e decidir impulsivamente cometendo barbaridades quando possuídos por este mal.

Ao ler sobre os relatos dos fascistas do começo do século passado, ou dos nazistas, ou mesmo antes no período das cruzadas é impressionante a capacidade dos indivíduos, quando engajados por determinadas idéias de cometer atrocidades. Jovens que antes nunca tinham cometido atos de violência entravam em caminhões e viajavam por toda a Itália cantando cantigas de companheirismo e se embriagando antes de espancar até a morte os inimigos comunistas (os comunistas também fizeram o mesmo em países como a China ou a Rússia), matar infiéis ou coisas do gênero. Há uma espécie de romantismo nisso, um senso de companheirismo. Mesmo quando as atitudes são irracionais como por exemplo negar teorias cientificas, vacinas ou absurdas como questionar a esfericidade da terra.

Será um mal mental? Um estado patológico como a ansiedade, a depressão, os transtornos afetivos e do humor tão conhecidos dos psiquiatras. Se for terá tratamento?

Ou é um efeito de manada? Uma sensação de segurança que temos quando estamos em um grupo, protegidos. Uma espécie de tribalismo do qual participamos. Será que a vontade de pertencer a um grupo é capaz de subjugar uma das nossas capacidades que mais nos causam orgulho. A de sermos racionais.

Honestamente não sei a resposta. Mas enxergo o fanatismo como uma força que puxa para traz a roda da história. Deixo aqui estes questionamentos. Penso que essa característica. A tendência ao fanatismo deve ser combatida em um futuro próximo para enfim melhorarmos como espécie.