Declínio dos Estados Unidos e ascensão da China. Ex-bolsonaristas anti-bolsonaristas. Borba Gato e os revolucionários. Transhumanismo. E outras notas breves.

Em sua página no Facebook, Maurício Alves sugere um interessante exercício de imaginação. Observador perspicaz, projeta luz sobre o que se conta acerca do caos que nos aflige. Penetrante em suas análises, apresenta, de um ponto de vista inusitado - dir-se-ia uma teoria da conspiração (às idéias dele talvez assim se refiram pessoas que nada sabendo do assunto e nada desejando saber declaram que de tudo estão inteirados, tecem a respeito comentários infundados, pior, escabujando de ódio ou simulando tranquilidade de espírito, limitam-se a ofendê-lo).

Não é Maurício Alves um replicador de informações, tampouco um disseminador de análises ideologicamente enviesadas. Diz ele que o flagelo que nos atormenta é obra de homens que almejam a derrocada dos Estados Unidos da América e a ascensão da China à superpotência mundial; dentre tais homens, além, é óbvio, dos membros do Partido Comunista Chinês, estão bilionários ocidentais e políticos do Partido Democrata americano. É o objetivo dos inimigos da América, e, por extensão, do mundo livre, demolir as instituições americanas, que são a salvaguarda do poder do Dólar como a moeda do comércio internacional, moeda cujo lastro é a confiança que o mundo deposita nas instituições democráticas criadas pelo Tio Sam. Compra-se Dólar porque confia-se que o Tio Sam honra os seus compromissos.

As restrições ao comércio, a fraude eleitoral nas eleições americanas de 2020, as políticas sanitárias iníquas, e as políticas de passaporte sanitário e a consequente obrigatoriedade da vacinação contra o Covid-19 concorrem para o mesmo objetivo: enfraquecer os Estados Unidos da América.

E estão com pressa os inimigos dos Estados Unidos, afinal, poderá em 2022 Donald Trump obter a maioria nas duas casas legislativas; e a auditoria das eleições americanas, de 2020, no Arizona e em outros estados americanos tem para revelar segredos que muitos não desejam que venham a público, o mesmo se pode dizer da investigação da origem do coronavírus, investigação que revelará o papel de Anthony Fauci e outros ilustres personagens na condução da pandemia.

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Ricardo Santi e Guillermo F. Piacesi Ramos atentam para o erro que não poucos bolsonaristas cometem ao respeitarem as opiniões de youtubers que nada entendem de política e que atuam sempre em defesa de seus interesses pecuniários - nem sempre com a verdade, a justiça, lançando mão de expedientes reprováveis com o objetivo de ampliar seu público, ter seus vídeos popularizados - em vez de confiar no presidente Jair Messias Bolsonaro, cuja experiência política não é desprezível, e além disso, tem ele informações que lhe dão uma idéia melhor da situação, informações que nenhum outro brasileiro, por mais perspicaz que seja, pode imaginar quais sejam.

Quem também repreende tais bolsonaristas é Fernando Vaismann, que trata como ingênuos, imaturos, quem pede por intervenção militar, a aplicação do artigo 142 da Constituição Federal, e suplica ao Exército a prisão de vândalos e personagens folclóricos da política brasileira.

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E pela segunda vez trato de comentários de Maurício Alves aqui nesta edição das minhas Notas Breves. Em uma de suas publicações feicebuquianas (ou facebookianas?), ele, ao falar do ato vandálico contra a estátua do bandeirante Borba Gato, prevê a ocorrência possível de conflitos em futuro próximo, o que justificaria, pelo STF, um golpe branco, e assim estaria alijado o presidente Jair Messias Bolsonaro da cadeira de presidente do Brasil. Não é o único brasileiro que chama a atenção para o recrudescimento dos atritos entre os apoiadores do presidente Jair Messias Bolsonaro e os inimigos dele; estão os nervos à flor da pele, e basta um estopim para que a dinamite social exploda, o que obrigará as Forças Armadas a agirem no intuíto de restabelecer a lei e a ordem. Está por um fio, prevê-se, o conflito. Fernando Vaismann (o Bituka du Bronx) é um dos que alertam para o perigo da ocorrência de convulsão social no Brasil. E os sinais que evidenciam a sua iminente eclosão estão diante dos olhos de todos, mas apenas os treinados podem vê-los.

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O transhumanismo, pensa Neto Curvina, hoje, 25/07/2021, no Facebook, acompanhado da Agenda 2030 (da ONU) e do Great Reset (Grande Reinício), está no âmago de política satânica que redundará na ruína do Homem.

A criação de seres híbridos humanos-animais e humanos-máquinas, em gradativo aprimoramento, é, diz Jayson Rosa, do canal Casando o Verbo, a última tentação do homem. Já em andamento o hibridismo, preparam os Senhores do Universo os povos para a aceitação do novo ser que nascerá da mistura de homens, animais e máquinas num mesmo organismo. E os monstros serão, é certo, inúmeros. Dentro de poucos anos, conviveremos com minotauros, quimeras, centauros, equidnas, esfinges e sátiros.

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Somos os humanos ratos de laboratório, segundo Welton Nehemiah, ontem, 24/07/2021, em sua página do Facebook. Para ele, os humanos desessencializados, corrompem-se em sua integridade, em seu espírito, em seu ser, em sua natureza original, a humana, para se converter em sabe-se lá o que. Em nome da saúde eterna, de uma idéia fantasiosa de saúde, estão a se curvar perante os que os oprimem. Não todos os humanos, é claro, mas aqueles, que são muitos, que acolhem, bovinamente, as ordens de seus algozes e condenam ao ostracismo e ao fogo do inferno os que se dignam a se respeitarem em sua condição humana. O pensamento de Welton Nehemiah coincide com o meu e com o de outras pessoas, que não são poucas.

E pergunto-me se se avizinha de nós o mais desumano e assassino governo da história. Há quem já o vislumbre, ao longe; e há quem afirme que estamos no, dele, átrio de entrada, ao enquadramento da porta principal; e para outros já estamos dentro dele, e ele está a nos massacrar, mas, anestesiados pelas comodidades modernas, a gozar de uma vida de entretenimento e descompromisso e de prazeres ilimitados, desenssibilizados, não nos damos conta da nossa situação deplorável.

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Davi Marciglio informa que o governo francês criou um comitê interministerial para proteger do islã em sua vertente fanática a República; para os franceses é o secularismo inegociável.

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Alfredo Vieira é um pintor brasileiro. Suas obras, de óleo sobre tela, reproduzem as coisas com realismo estonteante - diz-se escola hiper-realista. Na sua pintura "Casebre", ele retrata uma casa antiga, rústica, em área rural, à volta chão de terra e à frente uma cerca de madeira; ao fundo, colinas cobertas de vegetação verde, rasteira, e árvores. É uma pintura que agrada aos olhos. Bucólica.

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Bill Watterson era dono de sensibilidade incomum. Nas estórias de seu mais famoso personagem, Calvin, que está sempre acompanhado de Haroldo, seu tigre de pelúcia, ele é bem-sucedido em reproduzir a alma de uma criança em toda as suas simplicidade e complexidade, traduzindo-lhe, numa associação perfeita de desenhos e textos, a casmurrice, a ingenuidade, a tristeza, a alegria, a euforia, enfim, todos os sentimentos que fazem de um ser humano ser humano.

Em uma das curtas estórias protagonizadas pelo menino Calvin, de quatro quadrinhos, vê-se, no primeiro, Calvin a tropeçar em uma pedra; no segundo, ele, enraivecido, a dar-lhe um pontapé, arremessando-a longe; no terceiro, a pedra a acertá-lo na cabeça; e, no quarto, Calvin com a cara enfiada no chão. O conto narrado nestes quatro quadrinhos é simples; os desenhos de Bill Watterson confere-lhe o tom cômico, a graça; é uma prova, e bem simples, de que o importante não é a estória que se conta, mas como se conta a estória.

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Quatro pinturas que admirei na página Ars Europe. Uma de cada um dos seguintes pintores: Jan van Balen; Titian; Gianantonio Guardy; e, Bartolomeo Veneto. A de Jan van Balen, Feast os Bacchus, um óleo sobre tela, representa uma cena, num bosque, dionisíaca. Adornam a cena cupidos. Era o pintor um colaborador de Jan Bruegel. E sua obra insere-se no período barroco. Titian, italiano, num óleo sobre tela, apresenta "Worship of Venus", um rito romano à deusa que dá título à obra. Estão presentes na pintura crianças com asas. Em sua pintura, Gianantonio Guardy ilustra uma cena do poema de Torquato Tasso; estão representados Ermínia, Valfrino, e Tancredi, este, ferido, estirado no chão. E por último, um quadro animado por Maria, e Jesus, criança, ao Seu colo. Ao fundo, vê-se camponeses, animais e um cavaleiro montado em um cavalo; e mais ao fundo, montanhas e construções.

Acompanha cada uma das quatro pinturas um texto curto que dá notícia do pintor e do tema da pintura.

Embora não tenhamos acesso às pinturas originais, podemos admirar réplicas em formato digital; podem muitos alegar que a experiência de admirar réplicas de pinturas numa tela de computador não se iguala à, superior, insubstituível, de admirá-las em seu estado original; pode-se concordar com tal afirmação, mas há de se reconhecer que muitas pessoas jamais terão diante de seus olhos as pinturas originais; portanto, as réplicas, incluídas as reproduções digitais, têm o seu valor; da mesma forma as reproduções em vinil, fita-cassete e digital de espetáculos de música, e em vídeo de apresentações teatrais.

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 28/07/2021
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