A corrupção da linguagem. Femenagem. Pessoas sem vagina. Mulheres. E outras notas breves.

Toda pessoa já percebeu, acredito, que ultimamente faz-se uso de certas palavras - e de sequência de letras que, pensam muitos, são palavras - que parecem saídas da cabeça de gente insana. Fazem uso das estranhas, bizarras, palavras intelectuais que a imprensa tem na conta de donas de intelecto poderoso e autoridades morais e sábios autênticos. E coça a cabeça muita gente, com um risinho no canto da boca, perguntando-se porque se usa tais palavras, tão escalafobéticas. De que palavras trato, afinal? Quem nunca ouviu falar de feminicídio, que indica assassinato de mulheres, diferente de homicídio, assassinato de homens, e femenagem, homenagem às mulheres, distinto de homenagem, homenagem aos homens – aliás, não se pode dizer que femenagem é homenagem às mulheres. E quem nunca leu por aí “pessoas sem vagina” e “pessoas com vagina”. E aos ouvidos ou aos olhos de quem nunca chegaram “alune”, “menine” e outras bizarrices. E quem nunca leu em algum documento “alunx”. Que alguém me faça a gentileza de pronunciar “alunx”. É impossível, pois é “alunx” uma sequência de letras, e não uma palavra. Mal sucedidos no esforço de emplacar sequência de letras como substantivos neutros – meninx, etc. - e adjetivos neutros “bonitx”, etc. -, reconsideraram a política de destruição da linguagem, e, por consequência, da inteligência, e inventaram de enfiar um “e” onde se escrevia um “o” ou um “a”. E tal insanidade é criada, e não por gente insana, em laboratórios de engenheiros sociais, e repetida, mecanicamente, por justiceiros sociais, pessoas que se têm na conta de superiores morais e intelectuais.

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Muda-se o discurso conforme a narrativa. Até alguns dias atrás, feministas defendiam o direito de as mulheres andarem para cima e para baixo sem que fizessem uso, durante o período menstrual, de absorventes íntimos, e se manchassem de sangue, pois, entendia-se então, era direito delas não se submeterem à cultura da tal sociedade patriarcal opressora. Agora, diz-se, para constranger o presidente Jair Messias Bolsonaro, que tem o Governo Federal de distribuir, e gratuitamente, absorventes femininos para as mulheres de baixa renda – é sempre assim: sempre que desejam constranger seus oponentes políticos, os politicamente corretos amparam suas idéias estúpidas, demagógicas, numa alegação: é em benefício dos pobres, das minorias, que são injustiçadas pela sociedade burguesa, capitalista, ocidental.

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Os bem-pensantes dizem que têm as mulheres o direito de decidirem que tipo de vida levam, mas cospem na cara das que decidem viver uma vida pacata de filha, esposa e mãe. É a mulher esposa dedicada? Que horror! Antiquada, e quadrada, não tem consciência de que o seu marido a oprime. Dedica-se a amamentar seu filho, a mantê-lo sempre bem asseado, e não se perde, com estupefacientes, nas discotecas e bocas de fumo? Que horror! Respeita pai e mãe? Que horror! São femininas? Que horror!

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,,, e a China faz água. Maurício Alves e Ruy Pratini, dedicados a pensar o mundo, entendem que está o país dos mandarins em crise, e crise séria. A expulsão, da bolsa de valores de Nova Iorque, das empresas chinesas, que não apresentaram demonstrativos contábeis que possam ser submetidos à auditoria, foi a pá de cal no túmulo do Xi Jinping.

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Artistas brasileiros – os famosos (pincipalmente os famosos que ninguém conhece) – acreditam que os brasileiros estamos em débito com eles. Presunçosos, superestimam-se.

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 11/10/2021
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