Argélia: manobra dos "barcos da morte" para afogar a Espanha com imigrantes irregulares

Jorge Descalar, ex-embaixador espanhol no Marrocos e ex-diretor da inteligência espanhola alertou sobre as reações argelinas, visando uma tensão diplomática entre os dois países, cujo Palácio El Mouradia ia utilizar o que se chama de “barcos da morte” para “despejar” Madrid dos imigrantes irregulares.

No comunicado junto ao canal espanhol Cuatro, o Sr Dzcalar trata das repercussões da suspensão do Tratado de Amizade e da Boa Vizinhança entre a Espanha desde 2003, considerando que a Argélia ia vingar da decisão da Espanha ao apoiar o plano marroquino de autonomia para as províncias saranianas.

O responsável diplomático explicou que "a Argélia não se confirmou com a decisão espanhola reconhece o plano marroquino como uma solução para diferendo do Saara, tentando com isso perturbar o reino ibérico, através de manobras e pressões, visando que a Espanha se volte da sua decisão e reconhecimento do plano marroquino de autonomia para o saara marroquino.

A Argélia, com essa decisão espanhola, pode recorrer a barcos da morte, pressionando Madrid através do papel da imigração ilegal, absolvendo a crise através da mídia, apontando o caos que a Espanha pode conhecer devido ao desentendimento entre Marrocos e Argélia na região do norte da África.

Sobre isso, Abdelouahed Ouled Meloud, especialista em segurança e pesquisador em assuntos estratégicos para a região do Norte da África, a Argélia utiliza de todos os meios e ações políticas, para pressionar a Espanha no sentido de mudar a posição sobre a questão do Saara marroquino, utilizando o gás e dossiê de imigração.

A Argélia conhece uma crise diplomática no nível externo, o que evidencia a incapacidade de encontrar uma saída a curto prazo, procurando a interferência nos assuntos internos dos países, sobretudo Marrocos e Espanha, com uma clara violação da ação diplomática internacional e da ONU.

O governo espanhol, juntamente com a União Europeia trabalha no sentido de mudar a posição argelina sobre a suspensão do Tratado de Amizade e da Boa Vizinhança, uma vez que o Palácio El Mouradia, convive com caos, exagerando sobre situações dos direitos humanos, provocando situações dos movimentos no Marrocos, a título de uma crise política, envolvendo a Espanha .

A abordagem marroquina utiliza uma lógica objeto das relações históricas e regionais face à crise diplomática, contradizendo as normas do direito internacional, ao minar a Espanha e a integridade territorial do Marrocos, uma vez que a Argélia cria manobras sem fundamento, no sentido de interferir nos assuntos dos países vizinhos .

Finalmente, o pólo europeu deve tomar posição, enfrentando o comportamento da Argélia com severas penas sobretudo no dossier imigratório objeto de crise humana e económica, ameaçando a segurança e estabilidade do velho continente, priorado devido a crise ucraniana, e a propaganda enganosa da Argélia através da mídia.

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitário-Marrocos

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 13/06/2022
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