BUEIRO DA PODRIDÃO

Não adianta agora o choro, vela pra defunto que não presta. Não foram enganados. Sabiam da droga que compravam, mesmo assim, levaram a mercadoria imprestável, estragada.

Paguem o preço pela bobagem que fizeram. A mercadoria podre, com o tempo, vai mais ainda apodrecendo. Quanto mais mexida, fede mais. O pior, é que infecta todas as mercadorias em volta.

Selecionaram o lixo pelo lixo no balcão dos negócios nauseabundos -- o lixão em que tudo transformara-se, aguçando a gula das aves de rapina.

Não são inocentes. Sabem do fruto podre que está sendo distribuído na lavoura pífia, abjeta e tão imunda, onde se colhe os piores frutos, plantados ante tanta imundície, que põe a correr os espantalhos, frente à sujeira que emerge do imenso bueiro que expele podridão por todo canto.