Notícias da terra do Tio Sam.

Contou-me o passarinho que vive de me trazer notícias do arco-da-velha, bizarras pra dedéu, mais uma novidade, que é do balacobaco: a Hillary Clinton, personagem hilária - perdoe-me, querido leitor, o trocadilho ridículo - está em maus lençóis. Envolveu-se a donzela num ato que envolve espionagem; ela participou de um esquema de espionagem que espionou, e espiou, ninguém mais, ninguém menos do que Donald Trump durante o mandato dele. Disseram-me - não sei se procede a informação - que em tal trama envolveram-se James Bond, Jason Bourne, Johnny English, Maxwell Smart e George Smiley.

Espionar o presidente dos Estados Unidos da América não me parece ação de gente decente, e menos ainda um ato sensato. Está correto o passarinho que me deu a boa-nova? A história é tão... tão... como eu direi?! irreal, fabulosa, inimaginável, que parece saída de um livro de ficção.

E aquela história de conluio de Donald Trump com a Rússia era jogo de cena, e nada mais. Falando em Donald Trump (para os americanos, Orange Man; para os brasileiros, Laranjão; para os íntimos de qualquer nacionalidade, Tio Trâmpi), diziam os denodados e aguerridos e bravos e destemidos defensores da humanidade que ele iria destruir a economia americana, e, por consequência, a mundial, e deflagrar a terceira guerra mundial. Tudo indica, no entanto, que durante seu governo a economia americana foi, para surpresa de meio mundo, de vento em popa, de pleno emprego, e sua política internacional pacifista, de acalmar os nervos, inclusive, do norte-coreano que gosta de brincar de arremessar mísseis que passam por sobre a ilha do sol nascente e mergulham no Oceano Pacífico, e que, no governo Brandon (ou Biden, segundo os alienados) está a economia americana a fazer água, a inflação na estratosfera, os índices de homicídios (nos estados sob desgoverno dos burros) aumentando perigosamente, e o presidente americano, que não sabe de onde veio, onde está e aonde vai, a esforçar-se para iniciar uma guerra qualquer, em qualquer lugar - se possível, até em Marte. E o que dizem os hieráticos e heróicos pacifistas? Nada. Eu poderia dizer que eles ignoram o que se passa nos Estados Unidos, mas não posso fazer tal afirmação. Ah! Esquecia-me: era Donald Trump o malvadão que, xenófobo e genocida, deportava milhões de latino-americanos e árabes que adentravam, clandestinamente, as terras do Tio Sam. Que ele tenha deportado muita gente, é fato. Mas por que os seus adoráveis críticos, que se esgoelavam para apodá-lo de tudo quanto é nome feio não concedem ao Brandon igual tratamento, sabendo-se que este senhor, além de saudar seres invisíveis, fantasmas e amigos imaginários, está a promover política migratória e de fronteira ainda mais severa, mais rigorosa, do que a do seu antecessor?

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 21/08/2022
Código do texto: T7587263
Classificação de conteúdo: seguro