O Agro é fascista.

Que de fascista quem segue a agenda política mais nefasta, e demoníaca, diabólica, jamais concebida pela inteligência humana concebeu xinga, ofende, humilha, difama quem não a subscreve é de domínio público. E agora sabemos que há um candidato à presidência do Brasil que entende ser de fascista todo um grupo social que trabalha dia e noite, faça chuva ou faça sol, para alimentar duzentos milhões de brasileiros e mais não se sabe quantas outras centenas de milhões de pessoas neste e em outros planetas - e admira-me saber que tal criatura, asquerosa, de timbre de voz roufenho, criatura que deseja vir a vergar, no dia primeiro de janeiro de 2.023, a faixa presidencial, conta com a admiração idolátrica de milhões de brasileiros. Bem escreveram a respeito do sórdido personagem Paulo Cursino e Maurício Mülhmann Erthal - e dele em outras ocasiões ouvi e li comentários percucientes de Percival Puggina, sempre elegante e firme em suas palavras.

São fascistas as pessoas que produzem alimentos, segundo o candidato que, conforme o seu vice, quer voltar à cena do crime - e pergunto-me o que fez aquele que tem a nobre alcunha de Picolé associar-se com aquele seu arqui-inimigo de quem ele falava tão mal e que dele ouvia palavras depreciadoras.

Apóiam o ex-presidente, hoje candidato à presidência, pessoas que têm alma igualmente pútrida à dele.

Não conheço, dentre os apoiadores do principal rival de Jair Messias Bolsonaro, quem não seja dono de uma alma carcomida, e não esteja de mal com a vida, e que não odeie tudo o que é bonito, belo, harmonioso; e que não tenha mal-gosto em praticamente tudo que diz admirar; e que não tenha ódio assasassino pelo que, entende, lhe impede a felicidade, lhe impede a realização de seus sonhos, que são para todas as outras pessoas pesadelos; e que não quer ver a caveira de toda pessoa que não o idolatra, diante de si não se curva, de cabeça baixa, humilhando-se, para dele receber cusparada na cara. Não conheço, e não uso força de expressão, dentre os que louvam, amam de paixão, aquele que melhor reflete, interpreta, o sentimento de esperança do povo brasileiro e que representa a própria democracia, aquele que é de todas as almas a mais honesta do Brasil, um que tenha amor à vida - em tais pessoas só vejo ódio, desamor, senso depravado de justiça.

É o Agro - segundo aquele que para muitos é o dono do Brasil e cujas obras deste país seu atual presidente não poderia concluir -, uma parcela representativa da população brasileira, fascista; carrega, portanto, toda uma cultura das mais horrendas que já se conheceu, e tem a sua figura igualada à de personagens que estão entre as mais desprezíveis que a História registra.

Qual, pergunto, grupo social será taxado de fascista nos próximos dias? O dos fãs de Guerra nas Estrelas? o dos torcedores do Corinthians? Eu já ouvi falar que é fascista quem passeia de moto, quem bebe leite, quem ajeita a lapela, quem monta à cavalo. Agora, ouço dizer que é fascista quem produz alimento, e o faz independentemente dos movimentos revolucionários. Amanhã ouviremos, e que ninguém se assuste, que é fascista quem penteia o cabelo a partir da direita, quem bebe água em caneca de plástico, quem coça o nariz com a ponta do mindinho, quem usa chinelo-de-dedo com tiras azuis e sola branca, quem dorme de bruços, quem ensaboa-se com sabonete de flores de laranjeira, quem usa óculos de aros verdes. Asneira? Não. Afinal, àqueles que vivem de rotular de fascista toda pessoa que não lhes subscreve as idéias é fascista toda pessoa que eles assim definem. E que ninguém ouse dizer o contrário.

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 27/08/2022
Código do texto: T7592006
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