Teorias da Conspiração. 11 de Setembro. Inversão dos pólos magnéticos terrestres. HAARP. Chemtrail. MK Ultra. CGI. Mensagem subliminar. Alienígenas entre nós.
Sejamos sinceros: todos adoramos teorias da conspiração, sejam as reais, sejam as fictícias. Se assim não fosse, ninguém admiraria espiões, e livros e filmes de espionagem. A fama de Kim Philby e Mata Hari, e a de James Bond e George Smiley, e a de Ethan Hunt, provam a minha tese. Que digam palavras em meu favor Ian Fleming e John Le Carré, e Sean Connery, Tom Cruise e Matt Damon.
Toda pessoa, ao pensar em teoria da conspiração, pensa, automaticamente, em espiões, em serviços de inteligência, em agências de espionagem, em agentes secretos.
Há, na literatura e no cinema, aventuras de espionagem, recheadas de teorias da conspiração, que atendem a todos os gostos: as de sequência interminável de cenas de ação mirabolantes, autenticamente irrealistas; as repletas de parafernálias e geringonças eletrônicas; as de trama intrincada, bem urdida, sutil; as de clima de suspense e terror; e as infantis; e as que se passam no futuro próximo, ou distante, ou num tempo indeterminado; e as ambientadas em uma determinada época histórica; e as sucedidas, num planeta fictício de um universo desconhecido, em uma era imaginária; e as dadas em países fantásticos. Não há do que reclamar: todos os apreciadores de aventuras de espionagem têm as suas preferências atendidas pelos escritores e pelos roteiristas, muitos deles de mão-cheia.
O mundo, o real, e não o fictício, também tem muito a oferecer àqueles que não perdem oportunidade, uma sequer, de se debruçarem sobre as mais absurdas, e misteriosas, e inverossímeis histórias, que adquirem aos olhos de todos ares de coisa que de todos nós oculta segredos que, é infalível, nos esforçamos para desvendar; não raro desconfiamos das explicações que a elas oficialmente se dá - e aqui nascem as teorias da conspiração, das mais sensatas às mais insensatas, e as pessoas mais sensatas (ou as mais insensatas, não se sabe) entendem que dentre as teorias insensatas há as sensatas, e vice e versa.
Uma das teorias da conspiração que mexe com a mente de onze de cada dez seres humanos está associada com o 11 de Setembro, o de 2.001, dia que já assumiu a figura de uma data histórica cujos eventos trágicos nele sucedidos moldaram a história posterior. Desde aquele fatídico dia, muitas explicações para o ocorrido foram aventadas, e prevaleceu aquela que redundou na caçada a Sadam Hussein e a Osama bin Laden. Houve, ainda naquele longínquo ano de 2.001, quem, diante de tragédia tão grandiosa, o mundo sob o impacto daquelas imagens assustadoramente impressionantes, soube manter fria a cabeça, e pensar acerca dos eventos, inéditos na história da civilização humana, e encontrar para eles explicações que não correspondiam às oficiais, e alguns até a contestaram frontalmente. Não acreditaram algumas pessoas que os dois imensos prédios do World Trade Center caíram em decorrência do impacto dos dois aviões, um em cada um deles. Para uns, os inculpados árabes mussulmanos eram inocentes, e culpados são homens cujos nomes são de todos desconhecidos, muitos deles americanos. Houve, até, quem concebesse uma explicação mirabolante para o tétrico evento: os aviões, e as explosões resultadas da colisão, são imagens holográficas. Mirabolante?! Estava o ambiente preparado para a criação de incontáveis teorias da conspiração. E destaca-se uma delas: a de explosões no subsolo das Torres Gêmeas. Teoria, esta, que para muitos pode ser a verdadeira explicação para o evento apocalíptico.
Outra teoria da conspiração que desperta inusitada curiosidade, e alimenta controvérsias sem fim, está associada às mudanças climáticas, não às mudanças climáticas enquanto discurso planfetário de ambientalistas xiitas regiamente pagos por gente dentre as mais poderosas do universo, mas as mudanças climáticas enquanto fenômenos naturais fruto, ou não, de ações humanas: a da inversão dos pólos magnéticos da Terra, fenômeno que está na origem das catastróficas alterações repentinas do clima em todo o globo terrestre: tempestades diluvianas no Paquistão, seca inédita na Europa; terremotos; maremotos; enfim, fenômenos incomuns, que, para muitos, são, única e simplesmente, consequência da obra humana. Ora, a Terra é dinâmica, viva; e o seu humano mal lhe fere a crosta. E temos o Sol, usina termonuclear, um poderoso personagem da história da Terra. A ação humana por si só teria o poder para alterar, e significaticamente, o clima do planeta, ou apenas o de regiões estas e aquelas? E seria a tese da inversão dos pólos magnéticos terrestres a se considerar, ou ela é apenas uma teoria que nasce de uma idéia que consiste em considerar a inescrupulosidade dos financiadores da teoria das alterações climáticas de origem antropocêntrica, pessoas, estas, que estão a ocultar, para fins políticos e econômicos, de todos a verdade, que não lhes é favorável?
Há quem entenda - aqui, outra teoria da conspiração - que uma tecnologia, e criada pelos humanos, e não por alienígenas, a HAARP, acrônimo para High Frequency Active Auroral Research Program, está a alterar o clima da Terra. E não podemos nos esquecer das chemtrails, que não poucas pessoas já vislumbraram, no céu, em todo o mundo.
Agora, pensemos em outra teoria da conspiração, esta mais próxima de nós, e de nós mais distante: a da manipulação da mente humana via lavagem cerebral. É este um tema deveras perturbador, que muita gente prefere ignorar, a ele ser indiferente, fingir que não existe, de tanto incômodo provoca nos homo sapiens. Ninguém gosta de ser manipulado. Todos preferimos acreditar que é obra fictícia tal tema, e que sâo os alienígenas, bode expiatório que cai como uma luva, os manipuladores da mente humana, coisa, portanto, a manipulaçâo, de ficção científica. Que Erich von Daniken dê o seu testemunho contrário. Mas, e no mundo real, somos manipulados? Quem nunca ouviu falar de mensagem subliminar, cgi (sigla para, em inglês de Shakespeare, computer-generated imagery; e em português de Camões, lê-se imagens geradas por computador) e outros truques de prestidigitação?
A mente humana também sofre sob efeitos deletérios de remédios, muitos destes a manipular a consciência humana, a reduzir a capacidade intelectual humana, desfibrá-la, destruí-la. Absurdo?! Para muita gente não; gente que sabe que a indústria farmacêutica financia o desenvolvimento de remédios, pesquisas médicas, institutos de pesquisas independentes, editoras de livros especializados em medicina, faculdades de medicina, órgãos de classe médica. Resumo da ópera: tem a indústria farmacêutica o controle total do processo de pesquisa e desenvolvimento de remédios e tratamentos médicos e dos órgãos de fiscalização. E os teóricos da conspiração vêem um complô mundial a ocultar do povo a verdadeira verdade acerca das atividades da indústria farmacêutica.
E estão os alienígenas, seres adventícios,oriundos de planetas externos ao Sistema Solar, a orbitarem outra estrela, ou de além da Via-Láctea, a controlar a mente humana, usando de telepatia, de instrumentos, inseridos no cérebro humano, invisíveis a olho nu, e outros recursos que a pobre imaginação dos homens não pode conceber?
E até a história do Brasil está envolta em mistérios. E aqueles que não acolhem, e carinhosamente, como verdadeira, a história oficial, estão, intemeratos, e atrevidamente, a aventar, insanamente, as suas teorias acerca dos primeiros habitantes destas paragens e da chegada aqui dos portugueses. Para uns, Portugal, ao contrário do que reza a lenda, sabia da existência das terras a leste e a oeste das Tordesilhas; e antes de aqui chegar Cabral e os seus já aqui pés lusitanos haviam pisado; outros, dizem que fenícios já conheciam, no século XIV, as terras dos ancestrais de Peri e Ceci; e uns pensam que Eric, o Vermelho, um viking, aqui, em terras americanas, já havia louvado Tor e Odin. Está sob véu a história do Brasil, a verdadeira história oculta dos brasileiros. Teorias da conspiração as dos que contestam a história oficial?!
Percebe-se que toda história que não confirma a oficial é chamada, indiscriminadamente, de Teoria da Conspiração; assim, penso, exclui-se as que não são do agrado dos conservadores da história oficial; e prevalece a que é do agrado, e do interesse, consequentemente moldando o imaginário dos povos, suas crenças, sua mentalidade.
Que James Bond, George Smiley e Ethan Hunt adentrem as academias, os laboratórios, os museus, os castelos, os palácios, acessem documentos secretos, e ajudem os humanos desprovidos do talento que lhes faz a fama a aprenderem a separar das teorias da conspiração as teorias da conspiração.