BRASIL: O PARAÍSO DOS BANQUEIROS

Uma questão crônica atravessa a história ao longos dos muitos governos: as exacerbadas margens de lucros auferidas pelos bancos.

O curioso é que, recentemente, a liberação quantitativa de créditos está numa indireta proporcional à lucratividade dos bancos. Num momento em que as empresas mais precisam de acesso ao crédito essas instituições fortalecem suas políticas de restrições, favorecendo somente aqueles que oferecem a mais absoluta segurança. Exemplifico com um caso em que um empresário foi preterido em seu pleito por crédito pelo fato de ter realizado uma renegociação de dívida, há mais 13 anos, quitando ele o seu débito,mas que ainda figura numa “lista negra” interna. E o que é pior, em Bancos oficiais esse rigor é ainda mais acentuado - um contrassenso. Até mesmo as linhas no PRONAMPE são obstaculadas.

E a sociedade calada, ocupando-se das disputas verborrágicas em torno de uma polarização que prioriza o poder, não a defesa de uma atmosfera saudável para a sobrevivência dos geradores de postos de trabalho.

Inocentes úteis destruindo amizades, desferindo o que há de pior dentro de si contra o outro, na estrita defesa de um partido, de uma ideologia. As opções devem ser forjadas na solidão de raciocínios críticos para culminar numa decisão nas urnas. Impor ideias é uma forma primitiva de desrespeito à liberdade de pensamento.

Há uma pauta importante que não está sendo priorizada pela classe política - que é o compromisso com o desenvolvimento do país através da adoção de um pensamento único voltado para questões que deveriam contribuir para esse objetivo.

A violência nas defesas ideológicas prejudica a nação, o povo, principalmente os mais vulneráveis, na medida em que projetos adequadas que deveriam ser gestados pelo Legislativo acabam sendo permeadas e negociadas à luz de interesses outros.

Nem esquerda, nem direita, dever-nos-íamos importar com o que está no CENTRO - as famílias dos milhares de brasileiros que lutam por dignidade, por oportunidade, por justiça e que sonham com um futuro sustentável para seus filhos.

Abaixo, seguem os números da lucratividade dos principais bancos. Nada contra os números, somente convido para uma reflexão se essas instituições cumprem mesmo seu papel dentro de uma política que viesse a tornar o sacrifício do empreendedor mais respeitado. Basta de falácias políticas, de retóricas que cansam os ouvidos, adormecem o ânimo e a esperança de uma sociedade, que jaz marcada pela enganação e pelo desvio de propósito na condução dos seus destinos.

MARCO ANTONIO BREGONCI
Enviado por MARCO ANTONIO BREGONCI em 20/09/2022
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