A popularidade do Bolsonaro e a dos seus concorrentes.

Estou, aqui, no aconchego do meu lar, humilde lar, doce lar, a pensar com os meus botões acerca da política brasileira, concentrando-me num fenômeno que estamos a assistir, interessados, ou não, do que vemos, e desejosos de entender o que se passa, e o que se diz que se passa, e a saber se o que se diz que se passa corresponde ao que se passa.

De todos os fenômenos que ora nos envolvem, queiramos, ou não, nos envolver, o da, ou falta de, popularidade dos políticos que almejam sentar-se na cadeira de presidente do Brasil a partir do dia primeiro de Janeiro do ano de 2.023, é o, se assim posso dizer, mais controverso, mais envolvido em diz-que-diz, desconversa e narrativas enviesadas. Dentre os candidatos quem é o popular, aquele que arrasta multidões por onde passa, aquele que mobiliza brasileiros de todos os quadrantes do universo, aquele que, conquanto verborrágica, ferina, violenta, a oposição que lhe fazem jornalistas, artistas, políticos e cidadãos comuns, segue, animado, firme em sua posição, a trazer atrás de si, nele confiante, o povo, o povo que da terra tira o seu sustento, o povo que, faça chuva, faça sol, arregaça as mangas, põe as mãos na massa, povo que ama o Brasil e quer vê-lo grande, forte, e poderoso? Quem dentre os candidatos não precisa comprar lealdade com alguns trocados, tampouco vender de si imagem inexistente, falsa, ideal, menos ainda discorrer, raivoso, boquirroto, a esgoelar-se defecando perdigotos mefíticos, a fazer-de de herói?

Aquele que fala o que pensa, expondo-se ao povo por inteiro, com suas falhas, que são muitas, aquele que joga dentro das quatro linhas da Constituição, ciente de que seus inimigos dão-lhe carrinhos assassinos por trás, para quebrar-lhe as pernas, e tirar-lhe do jogo, aquele que, em manifestações públicas de enorme sucesso, pacíficas e alegres, cívicas e democráticas, é alcunhado ditador, genocida, fascista, nazista, etecétera, e tal, aquele que, enfim, dá provas, provas inegáveis, de superioridade moral, de elevada consciência de suas responsabilidades, é aquele que o povo escolheu para seu representante. Já o outro, que move-se à álcool, empurrado por gente que vive de pão e mortadela...

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 27/09/2022
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