Eleições brasileiras 2.022. Pesquisa de intenções de voto. Economia responsável.
Que ducha de água fria, hein!? Acreditaram os fanáticos endeusadores daquele candidato que tem, em uma de suas mãos, um dedo a menos do que os cinco costumeiros, que ele ganharia a eleição, em primeiro turno, e de lavada. Davam certa a vitória, pois, afinal, dizia-se, o outro candidato, seu rival imediato, o atual ocupante do Palácio do Planalto, tem, seguindo-o, robôs unicamente, e um punhado insignificamente de gatos pingados, e nenhuma popularidade. E o que se viu?! O que os da religião canhota não quiseram ver: tem o ilustríssimo capitão do povo um fiel e leal contingente de soldados - para o bem do Brasil.
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A sensação de derrota é visível nas hostes dos orcs - mas que não se enganem os homens de bem: eles destilam raiva, ódio, espírito de vingança. Compreensível. Eles não admitem, e jamais admitirão, que alguém, seja quem for, se interponha entre o líder, aquele que é a idéia personificada, corporificada num molde grotesco, desgracioso, repulsivo, e o outro mundo possível, aquele prometido e que, de impossível ereção, jamais será cumprido. O paraíso está logo ali, à vista de todos, anunciam os fanáticos adeptos da seita cefalópodiana, disruptiva e revolucionária, inimiga da civilização. Infelizmente, há pessoas que não o querem - e estes têm de ser eliminados, entendem os cefalopodianos.
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É verdade! Creiam! Trago aos meus leitores verdades, e verdades verdadeiras. Li, em páginas de imprensa internética, o seguinte: os economistas que criaram o Plano Real estão a opoiar o ser das profundezas dos mares revoltos, aquele que à superfície subiu para assombrar os homens de bem. E completa a reportagem: para o progresso do Brasil faz-se indispensável uma economia responsável. Em que planeta, de qual sistema estelar, de qual galáxia, situada, esta, em qual universo, este de qual dimensão, vivem as criaturas que estão a falar que precisa o Brasil de uma economia responsável, dando a entender que o Posto Ipiranga, que ora comanda a pasta da Economia, e seus auxiliares, são irresponsáveis? O desemprego, no Brasil, cai a nove por cento da população economicamente ativa - em alguns estados da federação está-se a ponto de se ver o índice de pleno emprego -, a inflação está sob controle (e para os inimigos do atual governo são prejudiciais à economia brasileira a inflação, a deflação e a estagflação). E projeta-se, para este ano, um crescimento robusto do Produto Interno Bruto. E para o ano vindouro, igualmente. E vêm os doutos realistas dizer que precisa o Brasil de uma economia responsável! Pasmem! O que eles entendem por "economia responsável"? Deve ser a que se vê na Argentina e nos Estados Unidos.