O Presidente da África do Sul recepciona o Líder da Polisario

O presidente sul-africano Cyril Ramaphosa recebeu, terça-feira passada, em Pretória o líder da Frente Polisario, Ibrahim Ghali, realizando um vista a este país num perspectiva de provocar a hostilidade a integridade territorial do Marrocos, afirmando o seu total e absoluto apoio a esta entidade separatista, localizada no sudeste da Argélia, sem tomar contra da realidade histórica e relacional e mostrar neutralidade com relação às resoluções da ONU e soberania do Marrocos sobre suas províncias do sul.

O presidente sul-africano, em declarações veiculadas pela televisão estatal, atacou a soberania de Marrocos sobre o Saara, chamando para que os separatistas da Polisario pudessem aceder a este espaço geográfico.

Sr Cyril Ramaphosa manifestou o seu apoio à FLN no “exercício da autodeterminação”, salientando que a África do Sul apoia a organização Polisario, justificando a sua ideia pela “ implementação das obrigações internacionais de direitos humanos”.

Diante disso "a África do Sul mantém há anos boas relações com a Frente Polisario", contra qualquer iniciativa marroquina de paz, sublinhando que esta visita "envia mensagens fortes aos envolvidos no conflito, a África do Sul ia continuar a apoiar a liderança da Polisario", contra os interesses de Marrocos, um verdadeiro desafio ao direito inalienável dos estados membros da ONU e soberania nacional em detrimento de uma entidade revolucionária e comunista da guerra fria.. .

A"África do Sul tem apoiada o plano ultrapassado de autodeterminação contra qualquer os interesses do povo saharaui, suportando a Polisario, criado por Argélia, para defender seus objetivos expansionista e mercantilistas, pretendendo mobilizar apoios regionais, continentais e internacionais para alcançar uma solução sustentável do conflito do Saara, em favor dos separatistas, de acordo com as disposições do acordo de cessar-fogo de 1991".

O presidente sul-africano chamou ainda ao “retorno do Reino de Marrocos e Frente Polisário à mesa de diálogo sem pré-condições”, ignorando qualquer papel de Argélia neste dossiê pinoso, cuja argelina parte principal do conflito, conforme o reconhecimento oficial do secretário-geral das Nações Unidas, bem como dos membros do Conselho de Segurança da ONU.

Com isso, a África do Sul eleva o grau de escalada política contra o Reino de Marrocos, suportando dezenas de apoiantes da frente “Polisario”, num protesto em frente à embaixada marroquina em Pretória, segunda-feira passada, isso foi antes da chegada do líder da frente separatista a África do Sul.

De acordo com os dados publicados nos jornais sul-africanos, a ministra da Solidariedade do governo sul-africano, na qualidade de responsável dos negócios estrangeiros do governante Congresso Nacional Africano, tem participado na vigília ou passeata contra a embaixada do Reino de Marrocos.

Tal passo não vai contribuir para nada a não ser envenenar a situação entre os dois povos irmãos, agravando as relações políticas entre Marrocos e África do Sul, dada a inédita relação histórica que une os dois povos em termos de luta contra a colonização e independência do século XIX.

Aguarda que o Marrocos mantenha uma certa distância, analisando os fatos, e a situação na qual se insere este encontro da Frente Polisario com África do Sul, atrás da Argélia, provocador de inimizade através do dossiê do Saara marroquino.

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitário- Marrocos

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 19/10/2022
Reeditado em 19/10/2022
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