Campos de Tindouf: milícias da polisario em guerra sob o poder

Em meio de uma onda de conflitos sem precedentes das milícias da frente “Polisario” sobre o poder, o qual se esconde e se disfarça diante de uma tensão e ebulição das condições miseráveis que vivem os detidos dos campos de Tindouf dos últimos meses, uma vez a frente separatista projeta-se manter uma conferência no início do próximo ano, entre 13 e 17 de janeiro de 2023; segundo a noticia, quinta-feira, 27 de outubro, da pretendida “Comissão Preparatória do XVI Congresso da Frente”.

A pretendida conferência, na qual os separatistas do “Polisario” apostam no seu “sucesso” com o apoio da Argélia, surge num contexto antecedido da luta incessante da milícia sobre o poder, depois de diferentes ativistas associativos terem rejeitado a iniciativa de “reconciliação”, lançada pela frente, ex-vítimas das violações de direitos humanos, culpando a Argélia por essas violações, ocorridas no seu solo regional.

Além disso, as violações da Frente Polisário são exacerbadas e denunciadas pela comunidade internacional, devido às condições sociais tensas causando a indignação do povo detido nos campos de Tindouf, no meio de apelos de direitos humanos para isolar as milicias da frente separatista no cenário interno, diante da exacerbação dos intensos conflitos entre as partes sobre o poder da entidade separatista.

Comentando esses desenvolvimentos, Al-Bashir Al-Dakhil, ex-líder da Frente “Polisario”, disse que “a data próxima da próxima conferência exacerba a luta tribal sobre o poder, que veio à tona”, evocando contextos históricos não revelados da integridade territorial de Marrocos e da inteligência argelina, artefato da Guerra Fria.

Al-Dakhil explicou no comunicado que "a Argélia apresenta as milícias terroristas da Polisario como propaganda, sobre a última colónia em África, saara marroquino, à luz de uma situação anterior prevalecente a única narrativa ´proposta argelina expansionista", salientando sobre "a liderança controlada pela argélia em termos de segurança, sem portanto explicar a razão de manter as condições dos campos, na qual a situação demora miserável, conforme os apelos da ONU nos relatórios oficiais.

“Os campos de Tindouf, sujeitos ao cerco das forças argelinas, desrespeitam a ajuda humanitária destinada aos povos dos campos, a qual foi desviada e instrumentada; Isso visa a aumentar e exacerbar as condições sociais baseadas na fragilidade.”

Al-Dakhil , ativista anota que “os fatos sobre os conflitos internos dos separatistas começaram a vir à tona com o desenvolvimento da mídia e do surgimento de uma geração jovem consciente do lado terrorista das milícias, eles roubam propriedades das pessoas”, à luz de “ aparição e surgimento de vozes rejeitando francamente a criminalidade e o terrorismo dos atuais e antigos líderes radicais”.

O ex-líder da “Frente Polisário” concluiu que “a verdade tornou-se clara para os países que viviam com as falácias do dossiê do Saara”, recorrendo a parlamentares e assessores do Peru e da Colômbia, “bem cientes do que está acontecendo nos acampamentos da vergonha”.

Concluindo que o relatório anual do Secretário-Geral das Nações Unidas confirmou a credibilidade dos argumentos jurídicos e de direitos humanos defendidos pelo Marrocos junto à comunidade internacional sobre as condições dos detidos sarauís nos campos de Tindouf, revelando o perigo sobre “a população corre o risco da deflagração da insegurança alimentar”

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitário- Marrocos

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 28/10/2022
Reeditado em 07/11/2022
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