"Cimeira da Argélia": unidade e integridade territorial preserva os interesses de Marrocos

O "comunicado da Argélia", culminado com a 31ª sessão da Cúpula Árabe na Argélia, enfatizou sobre a necessidade de trabalhar para fortalecer a ação árabe conjunta, mantendo a segurança nacional árabe.

O pronunciamento final dos trabalhos da cúpula árabe, ontem, quarta-feira, considerou que os países devem contribuir para resolver e acabar com as crises que conhecem os pelos países árabes, de forma a preservar a unidade dos estados membros, a integridade de seus territórios, bem como suas soberanias sobre seus recursos naturais.

O comunicado rejeitou a interferência estrangeira qualquer que seja sua forma nos assuntos internos dos países árabes, buscando meios e princípios, capazes de levar as soluções dos problemas árabes, e de forma a fortalecer o papel da Liga dos Estados Árabes em termos de prevenção e resolução de crises por meios pacíficos, privilegiando as relações árabe-árabes.

Conforme os meios de comunicação, o teto máximo que a Argélia alcançou foi concretizar esta cimeira e aprovar, quando se fala sobre o seu adiamento devido aos muitos pontos controversos entre o país anfitrião e outros países.

A principal preocupação da diplomacia argelina dos últimos meses foi tentar garantir a participação do maior número de dirigentes, após o surgimento de sinais de desculpas por parte de dirigentes influentes.

Quanto aos resultados finais, não acreditamos que houve muita diferença entre esta cimeira e as anteriores, pois a maioria destas cimeiras permaneceram slogans pendurados sem caminho para adoção real e ousadia, em relação ao resultado do aumento da cobiça estrangeira e armadilha para alguns países que aprovam tais decisões.

A falta de confiança entre muitos dos membros que compõem o órgão da Liga Árabe, tornando o um corpo árabe frágil e impotente.

Sobre os resultados, acreditamos que as cúpulas anteriores sempre levantaram o lema de respeito à soberania e não ingerência nos assuntos internos dos Estados membros; mas a realidade tem sido sempre o oposto.

Salientando que a forma como a Argélia se comportou com a delegação marroquina tem sido uma mera exibição das manifestações de ingerência argelina nos assuntos internos marroquinos, sob a máscara do apoio ao direito do povo à autodeterminação, isso é que Argélia não utilizou sobre algumas questões semelhantes refletindo seus interesses com este ou aquela parte.

Considerando através de uma simples comparação entre as cúpulas árabes e as demais regionais semelhantes, encontra-se entre elas uma grande diferença na forma de formular os resultados finais, homologados por unanimidade.

Tais resultados das cúpulas árabes parecem frouxos e sujeitos a interpretação; enquanto que a origem diplomática e os usos exigem destes resultados que sejam técnicas e passíveis de verificação e ousadia, para que essas reuniões não sejam apenas como um valor agregado ou ocasião para troca de votos de felicitações e saudações.

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitário-Marrocos

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 03/11/2022
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