Abatido, Bolsonaro submerge após derrota e prepara volta como líder da oposição
Por Ricardo Brito - Reuters

 


BRASÍLIA (Reuters) - Abalado após a derrota nas urnas, o presidente Jair Bolsonaro submergiu do cenário político nacional nas duas últimas semanas, mas prepara uma volta como líder da oposição ao governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, com expectativa de se manter presente e ativo em Brasília, segundo três fontes ligadas a ele com quem a Reuters conversou nos últimos dias.

Bolsonaro praticamente não fez aparições públicas e reduziu drasticamente sua presença nas redes sociais desde o revés eleitoral em 30 de outubro.

Até esta sexta-feira, conforme sua agenda oficial, foram seis dias sem compromissos e os outros cinco com agendas fechadas com ministros e auxiliares.

O único momento em que apareceu em público foi na rápida declaração feita no Palácio da Alvorada depois de mais de 44 horas de silêncio desde a derrota nas eleições, em que disse que continuará seguindo os mandamentos da Constituição, mas não reconheceu a vitória de Lula.

Seu outro único pronunciamento foi um vídeo gravado aos caminhoneiros e demais manifestantes bolsonaristas que bloqueavam rodovias do país em protestos que pediam uma intervenção militar para impedir Lula de tomar posse.

O presidente pediu que as vias fossem liberadas, mas disse que os protestos eram "do jogo democrático" -- apesar do cunho golpista dos atos.

O presidente nem sequer comentou o relatório do Ministério da Defesa entregue ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na quarta-feira sobre o processo eleitoral, que era apontado por ele como fundamental para considerar a eleição "limpa".

O documento atestou não ter havido fraude nas eleições, mas apontou vulnerabilidades hipotéticas no sistema.

No dia seguinte, na quinta, a própria pasta divulgou não ser possível excluir a possibilidade de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral. Havia quem dizia, segundo uma das fontes, que essa poderia ser uma última cartada para Bolsonaro questionar as eleições.

A equipe de comunicação do presidente chegou a pedir para jornalistas se preparem para uma fala de Bolsonaro no Palácio do Alvorada, mas o pronunciamento --que não chegou a ser oficialmente convocado-- não aconteceu.

Pela segunda semana seguida, o presidente também não fez sua live semanal das quintas-feiras nas redes sociais.

Aliados que estiveram com Bolsonaro nos últimos dias, segundo as três fontes, têm relatado que ele está abatido, ainda digerindo a derrota nas urnas e o caminho do seu futuro político.

Um ministro que se encontrou com o presidente disse, reservadamente, que ele está com uma infecção na perna e não pode usar calças, por isso o motivo da reclusão.

Outra fonte afirmou que ele teria contraído erisipela.

Sem apresentar evidências-- não ser possível excluir a possibilidade de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral.

Havia quem dizia, segundo uma das fontes, que essa poderia ser uma última cartada para Bolsonaro questionar as eleições.

A equipe de comunicação do presidente chegou a pedir para jornalistas se preparem para uma fala de Bolsonaro no Palácio do Alvorada, mas o pronunciamento --que não chegou a ser oficialmente convocado-- não aconteceu.

Pela segunda semana seguida, o presidente também não fez sua live semanal das quintas-feiras nas redes sociais.

Aliados que estiveram com Bolsonaro nos últimos dias, segundo as três fontes, têm relatado que ele está abatido, ainda digerindo a derrota nas urnas e o caminho do seu futuro político.

Um ministro que se encontrou com o presidente disse, reservadamente, que ele está com uma infecção na perna e não pode usar calças, por isso o motivo da reclusão. Outra fonte afirmou que ele teria contraído erisipela.


Fonte: (Reuters)