O Saara marroquino

Sobre o futuro das relações entre Israel e Marrocos, muitas interrogações devem ser colocadas, depois de mais de 2 anos do acordo tripartite ( Marrocos, Estados Unidos e Israel, qual a razão da frieza política deste acordo Abraham?.

Trata-se num primeiro momento da falta de clareza por parte do governo israelense sobre a questão do Saara marroquino e da situação em Jerusalém.

Isso foi, porém, a principal razão por trás da decisão de Rabat de participar dos Acordos de Abraham, em 2020.

Embora autoridades israelenses, individualmente, tenham expressado anteriormente apoio à ideia, o Ministério de Relações Exteriores do país, até agora, não chegou a adotar precisamente uma posição clara que rompa com a incerteza.

Segundo os especialistas na matéria, base do relatório dos USA, descrevendo o atraso em emitir uma posição clara sobre o Saara, poderia ser um “erro fatal”.

Porque, para os marroquinos, o Saara não é apenas um projeto de governo, mas sim um tema central de sua identidade nacional.

De fato, muitos marroquinos lembram de muitos parentes de origem judeus que participaram pessoalmente da marcha do sul rumo a libertar o território do controle espanhol, foi quase meio século atrás.

Como tal, a posição que os parceiros internacionais devem assumir em relação ao Saara, é que o reino e seu saara passa a ser uma medida fundamental pelo qual se define a saúde dessas relações bilaterais.

Tal fato determina que Israel não é uma exceção, uma vez que a influência de Jerusalém no Saara torna-se uma prova importante para sua parceria futura com Rabat, pioneiro e fator mostrando como as relações vão se desenvolver. Sabendo dos pontos traz enormes benefícios, facilitando uma maior cooperação entre os dois países em questões que vão desde a insegurança alimentar na África até as incursões do Irã no continente.

Finalmente , chama-se Benjamin Netanyahu, formador desses acordos durante seu último mandato como primeiro-ministro, a reconhecer a soberania marroquina sobre o Saara como um bom ponto de partida para sua política externa.

Lahcen EL MOUTAQI

Professor universitário- Rabat

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 17/01/2023
Reeditado em 17/01/2023
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