Governo Lula: impeachment. Deputados bolsonaristas. CPI da Invasão. Cuba: cartão de racionamento. Notas breves e brevíssimas.

De textos publicados em sites e redes sociais, tirei notícias, que dão o que falar, e sem pedir licença aos seus autores. E que ninguém pense que as notícias, porque saídas de fontes que não a imprensa oficial, são falsas, ou fake news, dizendo, e dizendo melhor, em língua do bardo de Stratford-upon-Avon, o autor da mais famosa e requintada versão de Romeu e Julieta e marido da atriz de O Diabo Veste Prada. Assim, aos ouvidos de milhões dos descendentes de Peri e Ceci soa melhor. Os de linguajar castiço exigem, e com razão, que se use o idioma do mais famoso dos menestréis lusitanos, homem de um olho bom, que via por dois, e cujo olho ruim via por mil, para se referir às notícias falsas. Ora, se são falsas as notícias que se diga que elas são falsas. Todavia, porém, diz-se fake news como se estivesse a se referir à coisa que não tem relação com notícia falsa, como se fake news fosse coisa distinta da que é indistinta. Fake News e Notícia Falsa são a mesma e única coisa, sem tirar nem pôr. E dá-se a saber ao vulgo que fake news só se vê na internet, nas redes sociais, e meios assemelhados, e que é a imprensa imune à tal praga. Enganam-se os ingênuos.

Não possuindo meios para ir às fontes primárias, tampouco para saber o que se faz nos labirintos dos edifícios das gentes poderosas, contento-me, resignado, com as fontes de, deixe-me ver, sexta mão, ou sétima, se não estou em erro; portanto, estou ciente de que não tenho autoridade para afirmar se as informações que eu enfio nas minhas notas breves e brevíssimas estão corretas, e, se corretas, exatamente contextualizadas. Todavia, cabeça dura que sou - cabeçudo, pode alguém me dizer -, não me vexo de dizer algumas palavras acerca do que me chega ao conhecimento - pronto, sempre, a reconsiderar o que penso, se outras informações me fazem coçar cabeça e me põem uma pulga atrás da orelha.

Diz o ditado: cautela e caldo de galinha não fazem mal a ninguém.

Assim sendo, nesta edição das minhas Notas Breves e Brevíssimas, dou a conhecer ao meu seleto grupo de leitores uma sequência de notas com informações do balacobaco.

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Profetiza-se a quebradeira do sistema bancário internacional, que está caindo de podre tanta falcatrua concretizou desde há umas oito décadas. Não se sustenta. E os bancos centrais estão ruindo, literalmente.

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Rússia e Japão saíram às compras. Mas não de qualquer porcaria: compram ouro, e em boa quantidade, e de boa qualidade, e o estocam em cofres protegidos por paredes capazes de suportar a detonação de todas as bombas termonucleares.

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E direto dos Estados Unidos: a câmara dos deputados pedem pela cabeça do Baiden numa bandeja. Impeachment! Agora vai?!

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Há não muitos dias, contou-me o passarinho que sempre me traz notícias do arco-da-velha, queriam porque queriam algumas figurinhas carimbadas da política tupiniquim uma cepeí a investigar a arruaça que se viu, no dia 8 de Janeiro, em Brasília. Agora, contou-me o mesmo passarinho, elas da cepeí não querem ouvir falar.

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São populares os Conselhos Populares?

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É organizada a Sociedade Civil Organizada? Quem a organiza?

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Direito de Cuba. Dizem as más línguas, e línguas muito más, viperinas e maledicentes, que o governo de Cuba é deveras maldoso, desumano, tão desumano e maldoso que só dá de comer - se assim se pode dizer - aos cubanos se eles apresentam um cartão de racionamento. Que desumanidade! Para cada cubano a sua ração diária! E se a ração que o governo cubano tão generosamente distribui aos cidadãos que com tanto amor trata e que tão bem quer não lhes atende às necessidades nutritivas?! Pouco importa! Que apresentem o cartão de racionamento, ou não terão arroz e feijão no prato, tampouco pão com mortadela, e picanha, e cerveja. Absurdo! Ninguém há de negar. Mas, para surpresa do mundo, e desmentindo os seus difamadores, e dando mostras de que está, num gesto de amor pelos direitos humanos, a respeitar os cubanos, o governo da mais famosa ilha caribenha não mais deles exigirá, para que eles possam receber os alimentos que os mantêm fornidos, o tão mal-falado cartão de racionamento: acabou-se o papel que se usa para se imprimir os cartões! E aos quatro ventos declaram as más línguas que o governo de Cuba é cruel, crudelíssimo!

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E a respeito dos deputados bolsonaristas que estão no título desta edição das minhas Notas Breves e Brevíssimas o que tenho a dizer?! Esquecia-me deles.

Eles, tudo indica, não são benquistos pelos detentores do cetro do poder. Aventa-se a possibilidade de impedi-los de assumir cada qual o cargo para o qual foi eleito.

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Aqui encerra-se esta edição das minhas Notas Breves e Brevíssimas.

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"E o impítima?! Você esqueceu-se do impítima!" "O Baiden, ou Brandon, em maus lençóis..." "Não me refiro a ele, mas ao tal "L"" "Ah! É. 'tá no título desta minha edição das Notas Breves e Brevíssimas. Há quem diga que o impeachment dele já está no forno, mas não sai antes de ele completar dois anos de mandato." "Por quê?!" "Ora, o reserva, aquele homem que é um poço de carisma, quer ser o titular. Se vier o impeachment pra já, convoca-se eleições, e ele, junto com aquele que melhor reflete e interpreta, do povo brasileiro, o sentimento de esperança, sai de cena; mas se ele tiver um pouco mais de paciência, quem sabe senta-se na cadeira de presidente daqui uns dois anos e meio, ou três anos. E com direito à eleição e à reeleição. Que ele, açodado, premido pelo ávido, indomável sonho de vergar a faixa presidencial, não troque os pés pelas mãos." "E os brasileiros ganharemos, neste caso, o quê?" "E há vantagem em se trocar seis por meia dúzia?!"

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 29/01/2023
Código do texto: T7706520
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