LIDERANDO A AMÉRICA LATINA E RECONSTRUINDO O BRASIL

A participação do Presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a realização da CELAC – Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, realizada na Argentina a partir da segunda-feira (23), que se trata do primeiro compromisso oficial em visita internacional de Lula após a sua posse e representa grande importância na política e economia do hemisfério Sul, porque nosso Presidente reconquista sua liderança e se coloca como referência democrática dessa região do mundo. Com o retorno do Brasil a CELAC se ganha relevância e dinamização nesse processo de integração da América Latina e Caribe.

A CELAC é uma excelente oportunidade para se construir parcerias significativas em diversas áreas do desenvolvimento e, assim, contribuir para a melhor coesão entre os países da América-Latina e Caribe, porque esse bloco econômico necessita ser reconstruído para o bem comum destas nações e buscar melhores possibilidades de interações que viabilizem positivamente a política de desenvolvimento do Mercosul para ganhar poder de barganha em relação a outros blocos econômicos.

Com essas novas relações entre os povos da América-Latina e Caribe objetiva-se construir unidade enquanto bloco econômico e fortalecer a união entre os países, uma vez que faz-se necessário a efetivação de uma estratégia comum que possa beneficiar as relações comerciais e toda a dinâmica econômica, política e cultural. É por essa razão que o Presidente Lula se postou como o grande estadista que é, para alinhavar essas relações e potencializar mudanças que possibilitem o crescimento em diversas áreas e com benefícios compartilhados.

Buscar a comunicação e integração entre estes países é uma solução possível para construir as parcerias e atuar com o peso de bloco econômico, porque isso tem um grande poder de negociação, até mesmo com a interação de outros blocos. Essa aposta é estratégica e Lula soube muito bem apresentar suas ideias que possibilitam maior dinamização e integração, a ponto de chamar a atenção de todos com a possibilidade de ampliar os campos de negociações, através de parcerias, mas também com a possibilidade de essa integração criar uma moeda comum para transações comerciais bilaterais, mas sem substituir as moedas correntes, apenas para proteger a soberania e evitar danosas oscilações do mercado e, talvez voltar com o financiamento internacional do BNDES para financiar a construção de um trecho do gasoduto entre a bacia da Vaca Muerta e o Brasil, bem como alavancar ações nos países do Mercosul.

O Presidente da Argentina, Alberto Fernández presidiu como anfitrião o evento da CELAC e ver com bons olhos a articulação entre os países Sul-Americanos e do Caribe. Acerca da ideia da possível criação da moeda comum, o Presidente Lula fez o seguinte questionamento: "Por que não tentar criar uma moeda comum como se tentou entre os países dos BRICS? É com essa ideia que se busca garantir meios que evitem a utilização do dólar nas negociações. Neste caso, é preciso a criação de um Banco Central Sul-Americano para realizar a emissão da moeda para ser utilizada nas negociações regionais. No momento é apenas uma ideia, mas poderá se tornar realidade futuramente, que apesar das críticas a essa nova conjuntura econômica, parece ser uma boa estratégia para viabilizar as negociações no livre comércio de toda a América do Sul ou pelo menos nos países que fizerem adesão a esse processo. O futuro mostrará se é solução para o problema existente, se é ilusão ou será realidade.

Nas várias reuniões bilaterais que ocorreram no evento o Presidente Lula demonstrou interesse em inovar e ampliar os laços comerciais. Numa dessas reuniões, nosso Presidente se reuniu com Charles Michel, chefe do Conselho Europeu, de cujo encontro surgiu a ideia de se realizar uma Cúpula entre a UE e a CELAC, que deverá ocorrer no segundo semestre de 2023. Interessante ideia de que podem criar oportunidades de negócios. Esse já é um sinal que mostra positividade!

Após a participação na CELAC na Argentina, Lula prossegui sua missão de articulista e foi até o Uruguai na quarta-feira (25), para manter diálogo com o Presidente Luiz Alberto Lacalle Pou e depois com o ex-Presidente Mojica com o objetivo de promover a articulações em favor das negociações bilaterais entre os países do MERCOSUL, como condição primordial de fortalecimento do bloco econômico, onde também comentou acerca da importância das negociações unilaterais com países de outros blocos, a exemplo da China, mas antes diz ser importante melhorar e garantir mudanças nas regras do MERCOSUL com inovações e renovações, antes que se façam as articulações com a China. Priorizar a casa e depois sair para outras possibilidades é o sentido do que Lula deseja realizar.

Numa das falas de Lula em visita a Montevideu no Uruguai, na qual o Presidente Luiz Inácio afirmou que Dilma sofreu um golpe, foi motivo de polêmica junto àqueles que negam essa possiblidade, entre estes, o ex-Presidente Michel Temer e a mídia corporativa. O impeachment foi apenas uma estratégia para mascarar o golpe aplicado contra uma Presidenta honesta e justa em suas ações governamentais e pessoais. Todos os poderes, que assumam ou não, se uniram entorno desse propósito horrendo e “caçaram” Dilma Roussef. A atitude machista revelou o caráter misógino com que foi tratado a situação, claro, sem deixar de lado o controle do poder político, legislativo e judiciário, uma vez que todos estes entes federativos se irmanaram no cometimento desse vergonhoso crime político, como também pactuou o mercado financeiro. Sim, Dilma sofreu golpe!

A esperança em ter uma nova onda de desenvolvimento na América Latina com o retorno de Lula à presidência é fato estimulador e de ampla possibilidade de unidade de interesses e união de esforços, fatores que estavam ausentes do cenário político da região há muito tempo. Essa motivação deverá também estimular iniciativas de integração e parceria com outros blocos econômicos que representam relevante potencial econômico e político, capaz de gerar novos arranjos produtivos e desenvolvimento sustentável. Lula, em menos de um mês de trabalho já realizou metade das articulações com outros países, quando comparado com o ex-Presidente Bolsonaro em todo seu mandato. É um excelente sinal de mudança de postura!

Enquanto Lula realizava sua primeira viagem internacional como novo Presidente da nação, o Vice-Presidente Alckmin governa o Brasil em sua ausência. As interações com cada pasta vão se ampliando, de forma que aos poucos tudo vai se encaixando bem. Por exemplo as ações de saúde, educação, economia, comunicação, meio ambiente, justiça e segurança, assim como em todas as demais áreas estão sendo trabalhadas em conjunto, onde um segmento se coaduna com o outro, para gerar maiores integrações e resultados compartilhados.

O Presidente em exercício, Geraldo Alckmin se reunião com o General Tomás Paiva, Militar que assumiu a chefia do Exército Brasileiro, para colocar ordem na casa e, pelo que parece tudo está seguindo bem, afinal, esse General está honrando a farda e a Constituição, ao efetivamente cumprir com suas funções em conformidade com a Lei Nacional. Sobre a possibilidade de punir os militares envolvidos nos atentados e atos golpistas, o General Tomás Paiva afirmou que ninguém está acima da Lei. Ninguém!

A questão da tentativa de extermínio dos indígenas do povo Yanomami continua sendo explorado na divulgação e, mais importante ainda, nas tomadas de decisões e atitudes para minimizar ou resolver o grave problema humanitário gerado pela ganância de inescrupulosos gestores nacionais do último governo, que não apenas se omitiu, mas engendrou esquemas para prejudicar e provocar a dizimação desse povo originário, em cujas terras tem ouro.

Entre os Yanomamis e o governo federal tudo que foi denunciado foi negligenciado. Tudo que foi solicitado foi negado ou ficou sem respostas, mas em contrapartida, os garimpeiros ilegais foram autorizados por Mourão a explorar as áreas vizinhas na exploração mineral que se utilizava de mercúrio, agente causador de contaminação e mortes de animais e pessoas. Estas terras foram invadidas por mais de 20 mil pessoas, gerando um caos sem precedentes. Isso é crime grave que precisa ser investigado a fundo para punir os responsáveis pela tragédia. Agora, essas providências estão sendo tomadas e a Policia Federal finalmente abriu inquérito para investigar, o que já deveria ter ocorrido na gestão anterior.

O quadro é por demais assustador com cenas inimagináveis em território nacional, é cenário de guerra, daí sua semelhança com a situação de um campo de concentração. Apesar dos esforços envidados pelo governo Lula e instituições parceiras, muitos indígenas continuam morrendo vitimizados pelo mercúrio e pelo alto nível de desnutrição, ocasionado pela fome de anos de maus tratos. Lembrando que toda a Região Norte foi entregue de propósito aos militares, veja agora o nefasto resultado... Situação irresponsável, horrenda e vergonhosa para o Brasil, que está assustando o mundo inteiro, pois foi divulgado que Bolsonaro sabia da existência de metais nobres e de madeira raras em Roraima e Amazonas, desde 1993, quando era Deputado Federal e sugeriu o fim da Reserva indígena Yanomami (Projeto de Decreto Legislativo, N/º 365, de 1993) se pondo a demarcação destas terras em duas oportunidades (1993/1998), mas que não logrou êxito na má intenção. Para que finalidade e a quem beneficiaria essa proposta? O que se passa atualmente é um verdadeiro holocausto tupiniquim. Toneladas de ouro e de madeira em troca de vidas humanas ao longo de quatro anos... É ou não uma prática de Genocídio? O que mais virá à tona?

Internamente, nosso País vive uma transição importante, saindo do caos administrativo para uma condição de governabilidade responsável e coerente. É nessa óptica que tudo precisa ser devidamente analisado e, certamente, é uma missão difícil para realizar e que irá precisar de muito tempo até conseguir sanar a sangria desatada existente. Entretanto, nos dá um alento o esperançar por dias melhores para todos os brasileiros.

A situação da saúde brasileira é grave porque o atraso na quantidade de exames, tratamentos e cirurgias está numa condição desesperadora, de modo que a retenção destes serviços para a população carente é muito grande. Nesse sentido, a Ministra da Saúde, a doutora Nísia Trindade, realizou reunião com o Conselho Nacional de Saúde, na qual afirmou que pretende estabelecer uma relação direta com o CNS, para atuar com o controle social e suas urgentes demandas. Ela anunciou essa semana que será feito um trabalho de fortalecimento do SUS com pactuação que pretende liberar seiscentos milhões de reais para equalizar essas necessidades. Trinta por cento destes valores serão liberados em fevereiro e o restante até o meio do ano. A saúde vai entrar nos trilhos!

A Polícia Federal voltou a cumprir sua correta missão institucional e está atuando bem nas investigações contra o movimento terrorista em Brasília e em outras circunstâncias, pois está demonstrando vontade em trabalhar de forma coerente e prestimosa. Da mesma forma o Ministério Público Federal e até a Procuradoria Geral da República e todo o sistema judiciário atuam conjuntamente para enfrentar as dificuldades existentes. As coisas parecem entrar nos eixos, mas ainda longe da normalidade, porém estamos vendo que o andamento melhora a cada dia, pois estamos vendo ações de investigações, prisões, busca e apreensões, Audiências de custódia, bloqueio de bens e tudo mais que está em curso. É o básico em operacionalização. Também havemos de louvar as boas ações das Forças Armadas que estão se organizando e entrando em estado de reflexão e atuação em prol da democracia, bem como realizando significativas ações humanitárias, junto aos povos originários, por exemplo.

Com o retorno de Lula ao Brasil, tivemos no âmbito político a realização da reunião do Presidente com os Governadores, ocorrida na sexta-feira (27). Nessa reunião, o Presidente fez articulações governamentais com os Estados da Federação, para demonstrar que trabalhará por todos e que é preciso haver integração para em conjunto solucionar os problemas existentes. Inclusive, anunciou que os Bancos Púbicos poderão financiar um projeto dos sonhos de cada Governador/Estado. Ele anunciou também a criação de conselho para negociações para prioridades de Estados e Municípios. Após a reunião, o Palácio do Planalto divulgou a Carta em Defesa da Democracia, chamada de “Carta de Brasília” cuja condição foi posta como valor inegociável.

A batalha pela eleição no Congresso Nacional começa a ficar quente e as negociações estão a todo vapor, cuja eleição está marcada o dia 1º de fevereiro de 2023. Os atuais presidentes são candidatos a reeleição, Arthur Lira (Câmara) e Rodrigo Pacheco (Senado) e até o momento a oposição na concorrência pela presidência do Senado Federal será feita pelo Ex-Ministro de Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, que tem o apoio dos partidos do PP, PL e Republicanos. Também se candidatou ao cargo o Senador Eduardo Girão do PODEMOS – CE. Na Câmara dos Deputados o concorrente de Arthur Lira é do PSOL, o Deputado Chico Alencar. Os atuais presidentes do Senado e da Câmara recebem o apoio do PT e do Presidente Lula para tentar a reeleição. Vamos ver no que dará essa contenda, mas tudo indica que o status quo se manterá.