Motivo do embaixador do Reino de Marrocos deixar a França e suas repercussões

A França tem agido durantes os últimos anos de forma a praticar chantagem contra as instituições do Marrocos, mandando mensagens de provocação, tal situação levou Rabat a tomar algumas decisões para defender e proteger a sua soberania nacional.

Interroga-se sobre tal hora, que levou Marrocos a mandar o embaixador deixar a França , resumindo como disse uma simple gota de água pode transbordar o copo, cheio de água, são as claras intenções da França de prejudicar o Marrocos, cujas posições excludentes e malversação levando a esta decisão, da retirada do embaixador de Marrocos da França, Mohamed Benchaaboun, sem nomear, portanto, outro sucessor, exacerbando ainda mais a tensão diplomática, e isso decorre também da sequência da decisão do Parlamento Europeu, condenando as instituições governamentais do reino, por falta de direitos humanos e mecanismos de defesa e justiça.

Um dos motivos desta situação nas relações franco-marroquinas, perdurando por muitos anos, sem nenhum sinal positivo por parte da França, objeto de colocar um termo as funções do embaixador, Benchaaboun em Paris, 19 de janeiro, segundo instruções régias, datada mesma da sessão do Parlamento Europeu que fez criticar a liberdade de imprensa e direitos humanos no Marrocos, chamando para colocar um “fim ao processo judicial que condena diferentes jornalistas”.

Em 19 de janeiro, o Parlamento Europeu adotou por maioria uma resolução não vinculativa pedindo às autoridades marroquinas para “respeitar a liberdade de expressão e a liberdade de imprensa”, bem como pôr um fim ao “assédio de todos os jornalistas”.

Os Políticos e parlamentares marroquinos acusaram a França de ter "orquestrado" uma campanha anti marroquina em Bruxelas. O chefe da comissão parlamentar mista entre Marrocos e a União Europeia, Lahcen Haddad, apontou o “estado profundo francês” por trás desta decisão anti-marrocos.

Para o sr Christophe Lecourtier, embaixador francês no Marrocos, considerando este texto “não obriga Marrocos e nem vincula a França de forma ou de outra”. Uma vez que Paris tem refutado qualquer crise entre Paris e Rabat.

Tal visita de Emmanuel Macron, almejada, tem sido por várias vezes adiada, hoje com o posto vácuo do embaixador marroquino em Paris indica que no horizonte das relações é necessário rever as cartas, partindo do papel do embaixador em questão .

Alguns preconizam que a decisão partiu dos processos funcionais de Benchaaboun, procedimento administrativo, consequência da sua nomeação pelo rei Mohammed VI, 18 de outubro de 2019, como chefe do Fundo de Investimento Mohammed VI.

Este embate diplomático inédito entre Paris e Rabat iniciado desde o final de 2021, quando a França anunciou que iria reduzir em 50% o número de vistos concedidos a cidadãos marroquinos, face à “recusa de Rabat entregar seus cidadãos encontrados em situação anormal .”

O que alimenta a atenção ainda mais com Rabat foi que o Marrocos não vê de bom olho a aproximação entre Paris e Argélia, em razão da visita oficial de Macron, encontrando o presidente Abdelmadjid Tebboune, assinando muitos acordos de cooperação.

Apesar de tudo isso é errado acreditar que a retirada ou mudar o embaixador para suas atividades, e como diretor de uma instituição financeira marroquina, atribui-se a uma crise entre Paris e Rabat.

Porque quando o Marrocos expressa as suas exigências junto à França, fá-las através do Ministério dos Negócios Estrangeiros de forma clara e através dos canais diplomáticos, bem como através de um diálogo político contínuo, sem a necessidades de convocar ou mudar um embaixador , assim não existe qualquer crise no sentido candente da questão, mas há uma incompreensão francesa da questão do Saara marroquino, e dos marroquinos a título de exigência de sair da dita região nebulosa, que a diplomacia francesa preserve prejudicando o processo unisiano e relações históricas e socioeconômicas entre as partes.

Finalmente, o Marrocos, ao manifestar o seu descontentamento, não convocou o embaixador, como aconteceu na Argélia, Mas sim fez um termo ao mandato que chegou ao termo, objeto da retirada do embaixador de Paris a não ser considerado como indício da crise, tanto quanto a frieza diplomática devido à omissão de Paris em responder às exigências legîtimas dos Marroquino sobre o Saara, e a questão fundamental do desacordo entre a abordagem marroquina, reconhecendo o estatudo do Saara marroquino.

Lahcen EL MOUTAQI

Pesquisador universitário- Marrocos

ELMOUTAQI
Enviado por ELMOUTAQI em 15/02/2023
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