O DRAGÃO, A JAGUATIRICA E AS POSSIBILIDADES DE UM NOVO TEMPO
A parceria sino-brasileira é irreversível, mas tem que adentrar concretamente no modo e modelo de vida do povo brasileiro.
Precisamos acelerar a construção de complexos habitacionais prediais planejados para a população favelizada, que acabem com a favelização e zere o nosso imenso déficit habitacional.
No campo, essa parceria com os chineses, precisa contribuir efetivamente para a reforma agrária e multiplicação de cooperativas de produção e agrovilas, que abasteçam o mercado interno de alimentos, e zere a fome.
O agronegócio segue na sua vocação exportadora de commodities, contudo, com mais tecnologias agroindustriais que nos garantam mais valor agregado às suas exportações.
Ciências e tecnologias compartilhadas, que nos incentivem e financiem os nossos conhecimentos e nos auxiliem no desenvolvimento humano.
Aplicabilidade concreta na aceleração da modernização das nossas infra-estruturas, indústrias de base, de metal pesado, ferroviária, aquaviária, de novas energias limpas, de logística, e até bélica, que nos possibilite a efetiva defesa nacional.
São muitos os atrasos do Brasil, e será que de fato os chineses estão dispostos a nos ajudar a encurtar distâncias, superar lacunas, e serem efetivos aliados do nosso tardio, porém viável, desenvolvimento?
Será que a intenção da China não passará das mesmas intenções dos colonizadores europeus e do "império" predador estadunidense?
Não saberemos se não arriscarmos, e nisso o Luiz Inácio Lula da Silva está certo.
Que o dragão chinês seja de fato aliado da jaguatirica, e não apenas mais um explorador predador, como têm sido, nos últimos 500 anos, as espadas e cruzes europeias e, do século XX até hoje, a águia adestrada pelo tio Sam.
Que tocar a melodia o 'Novo Tempo' não tenha sido apenas uma demagógica esperteza mandarim para seduzir o presidente Lula e emocionar Ivan Lins, Vitor Martins e uma grande parte dos brasileiros.