Foi o Lula. E se fosse o Bolsonaro?!

Aquele político que do povo brasileiro melhor representa e interpreta o sentimento de esperança, aquele político que é a encarnação da democracia, aquele político que irá salvar o Brasil, aquele político que está a impedir que o Brasil caia na mãos de fascistas e nazistas, aquele político, enfim, que ora a ocupar a cadeira de presidente do Brasil, sua de direito, durante o seu périplo pela Ásia, em visita à terra dos mandarins, na posse de sua sabedoria inata, que todos lhe reconhecemos, afirmou, de viva voz, ao vivo e em cores, que tem a Ucrânia de entregar a Criméia à Rússia e que tem o Brasil, juntamente com seus parceiros do BRICS, de, nas transações internacionais, substituir o Dólar por outra moeda, até por sal e conchas, se assim se fizer necessário.

Que me perdoe o leitor a liberdade literária, iconoclasta, e qualquer equívoco que eu porventura tenha cometido ao dar a síntese das informações que, não necessariamente atendendo ao meu desejo, vim a colher aqui e ali.

Vim a saber que um e outro personagem do respeitável jornalismo tupiniquim criticou o presidente brasileiro, constrangidos, a pedirem licença para exporem observações que não lhe enaltecem a inteligência e a sabedoria divinas. Exceções que confirmam a regra. Qual regra? Os jornalista, em peso, elogiam o presidente.

Veio-me, também, ao conhecimento, que os Estados Unidos, não apreciando nem um tiquinho as palavras do chefe da nação brasileira, esbravejou, e o fez indignado. E após a reação dos EUA, o que se leu na imprensa brasilera? Platitudes. E alguns elogios ao presidente brasileiro, que defende a independência do Brasil, e deste grande país a soberania, e coisa e tal.

E qual é o papel do Bolsonaro nesta história? Nenhum. Não é ele o tema deste artigo, e tampouco o Lula, embora os nomes de ambos estejam no título. O tema é a imprensa. Recordo-me de dois episódios da história do Brasil, ambos escritos durante o governo Bolsonaro: atrito entre Bolsonaro e Biden, que se pronunciara a respeito da Amazônia, em defesa desta; e, a viagem, na antevéspera da detonação do primeiro míssil russo em território ucraniano, do presidente Bolsonaro ao Putin. Não foram poucas as vozes que viram em tais capítulos uma razão para o impítima do presidente Bolsonaro, que punha, dizia-se então, o Brasil em rota de colisão com os Estados Unidos. E agora, as ações do Lula não põem em rota de colisão com os Estados Unidos o Brasil?!

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 17/04/2023
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