Lula e a paz universal.

Ninguém ignora: É o tal "L" um ser celestial, divino, supradivino, ultracelestial, uma entidade cósmica mega-onipotente, sobrenatural, omnissapiente, onipresente, superplenipotente, de poder infinitamente infinito, a soma de todos os infinitos, de todos os superlativos, de todas as hipérboles, maior do que a soma de tudo o que existe e do que não existente. Em poucas palavras: o tal "L" é, simplesmente é, e com todas as palavras se pode descrevê-lo. O ser que ele é, de tão infinitamente grandioso, é inabarcável pela inteligência humana.

Limito-me, humildemente, genuflexionado, a indicá-lo com a inicial de seu nome sagrado, em maiúscula, o respeito exige, porque pôr em tipos alfabéticos, por inteiro, seu sagrado nome é sacrilégio, impiedade, e se eu em tal ato leviano incorrer, imprudente, e inconsequentemente, condenar-me-ão ao fogo eterno do reino das profundezas infernais, destino que para mim não desejo, e tampouco para outro ser de carne e osso (e que tais palavras sirvam de alerta para os que me lêem: tomem tento - palavras de um amigo).

Há não muitos dias, noticiou a imprensa que iria o tal "L" dar fim à guerra na Ucrânia, que, decorridos os dias que separam de hoje aqueles dias, ainda é bombardeada pelos militares que respondem ao Putin e não recuperou um milímetro sequer do território que para os russos perdeu desde há um ano. Perdeu seu poder divino o tal "L"?! Não, sabem as pessoas que lhe entendem a mentalidade, elas agraciadas, por "L", com uma infinitesimal parcela do poder divino que lhe preenche o ser infinito. O tal "L" está apenas a esperar o momento propício, que só ele, em sua infinita sabedoria sabe qual é, para, exercendo o seu irresistível poder, dar fim à guerra que na Ucrânia arrasta-se há um ano.

Na sua viagem à terra dos chins, o tal "L", que tinha um plano de paz perfeito - e tudo o que ele faz é perfeito, sabem os seus hagiográfos e quem já lhes leu que seja uma de suas hagiografias -, manifestou-se contra a Ucrânia e os Estados Unidos, consequentemente indo em favor da Rússia e a desta mais importante aliada, a China, no que desagradou os Estados Unidos, cujo presidente torceu-lhe o nariz, e esbravejou. Agora, declaram os hereges, ávidos por apequenar o divino "L", que ele não tem autoridade, porque não assumiu postura de neutralidade, o que lhe seria apropriado, para se impôr como um ser da paz. Quem assim pensa, engana-se redondamente, pois não entende o que está na cabeça dele, ultradivina, supracelestial, mega-omnissapiente, superplenipotente. Ingnaros! Azêmolas! Alarves! O tal "L", em sua sabedoria ingênita, sabe o que se passa na cabeça dos homens, e sabe que o que tem planejado para a Rússia e a Ucrânia redundará no fim da guerra, e na criação de uma nova era, a da paz universal. E que não tenham o desplante de se atreverem a ousar questionarem-lo os javardos presunçosos e estúpidos! O tal "L" é, simplesmente é. É maior do que a soma de tudo o que existe e do que não existe.

E ele também já sabe que fim dará ao caos que há poucos dias se instalou no Sudão.

Que não se percam em picuinhas, maledicências e mesquinharias os adeptos de religiões pagãs.

Que todos os homens reconheçam, humildemente, a ultraplenipotente e a mega-omnissapiente sabedoria infinita do divino celestial "L"!