Lula, e o cartão corporativo. E Bolsonaro.

Os fazuélles - ou fazuéles, ou fasuéles, ou fazoéles (não sei qual é a ortografia correta deste substantivo - já incorporado ao vocabulário nacional - há poucos meses concebido pela fértil, e impressionante, e admirável, imaginação do brasileiro comum, que ainda conserva, e milagrosamente, viva, a sua sarcástica inteligência telúrica; e os dicionários ainda não o incluíram, entre outros verbetes, em suas centenas - de alguns milhares - de páginas, como alguns já fazem com "Pelé", que está a provocar, entre professores de português, celeumas acaloradas, e que é o epicentro de uma controvérsia que está a afetar a estrutura da Língua Portuguesa, na sua vertente brasileira); os fazoéles, prossigo (e prossigo com a ortografia, que, usando de minha liberdade literária, dela a abusar, e abusar descomedidamente, imoderadamente, a dela usar desabusadamente, e ela a descer-me redondo, enquanto não dicionarizarem o subtantivo "fazoéle", ou fasuéle, ou "phazuélle", e etecétera e tal, com a ortografia que entendo apropriada, até o dia em que os dicionaristas dêem-lhe uma certidão de nascimento, dispensando-se da ingente, e ingrata, e infrutífera tarefa de lhe nomearem os genitores - os fazoéles, prossigo uma vez mais, hoje, em pleno desgoverno do tal "L", insistem em falar - e falar mal, sempre - do presidente Jair Messias Bolsonaro, e exclusivamente dele, e dos pecados dele, e dos crimes que lhe atribuem, enquanto do tal "L" não falam nem sequer um pingo. Compreensível. O que dele, do tal "L", têm a dizer, além do ramerrão encomiástico de sempre, abstraídos da realidade, a pintarem-lo com as cores que não são dele, as mais vívidas, as mais chamativas, as mais elegantes?!

Recordo-me de que, antes da era fazoelística da história do Brasil, capítulo, este, que será de triste memória, mesmo que os historiadores o cantem em prosa e verso, e dele o povo não venha a guardar memória, nem boa, nem má, e do seu principal personagem digam louvores, dizia-se, em tom acusatório, a dar Jair Messias Bolsonaro o tipo humano mais asqueroso da história da humanidade, e desde que o primeiro homem pisou na face da Terra, numa era em que, antediluviana, a memória dos homens alcança, antes da ereção da primeira caverna, que ele torrava, usando de um cartão, o corporativo, em um ano, trilhões de Reais que o pobre, miserável povo brasileiro imprimia com sangue, suor e lágrimas. O que digo?! O que digo eu digo mal! Os fazóeles fazem do presidente Jair Messias Bolsonaro o mais asqueroso tipo humano?! Foi o que eu disse; e o que eu disse, repito, eu disse mal, afinal, para os fazoéles, seres de moral ilibada, de alma imaculada, o presidente Jair Messias Bolsonaro nem humano é. Roubaram-lhe - e com a autoridade que eles se atribuíram - a condição humana.

Falava-se até há pouco tempo, e ainda se fala aqui e ali, desde que se possa vilipendiar a pessoa de Jair Messias Bolsonaro, do cartão corporativo do presidente da república; mas não do do atual mandatário da nação, homem que no Brasil está a mandar e a desmandar, sempre que lhe dá na telha; fala-se, única e exclusivamente, do do seu antecessor, o Jair Messias Bolsonaro, que alcunham dissipador irresponsável do patrimônio dos brasileiros, do rico dinheirinho que os brasileiros recolhem, de livre e espontânea vontade, aos cofres públicos. E está na casa dos dezessete, ou quinze, os milhões de Reais que no ano passado, o de 2.022, o senhor Jair Messias Bolsonaro jogou pelo ralo, desperdiçando-os sabe-se lá com o que. E não se perguntam os fazoéles se o tal "L" usa um cartão corporativo, e, se usa, quantos Reais do cartão já debitou e que destino deu ao dinheiro debitado.

Hoje, aventurosamente hoje, por vias acidentais, chegou-me ao conhecimento: o tal "L" já torrou, no primeiro trimestre deste ano de 2.023, uns insignificantes doze milhões de Reais. Se a notícia procede, não sei. Independentemente de sua procedência, o caso é para se pensar: se o presidente brasileiro, seja ele quem for, tem à disposição um cartão, que é de seu uso por direito, por que os fazoéles insistem em ignorar a existência do cartão que o tal "L" tem nas suas mãos e concentram-se no que estava nas mãos do presidente Jair Messias Bolsonaro? Não estou a insinuar, tampouco a declarar, que está o tal "L" a desviar dinheiro público, a desperdiçá-lo, a dissipá-lo com jóias, sofás, hotéis luxuosos, e banquetes que, além de encherem o bucho, alimentam os olhos; estou, única, e exclusivamente, a perguntar-me por que os fazoéles ignoram o uso que o tal "L" dá aos recursos públicos, via cartão corporativo (que seja outro o nome que se dá a tal cartão - destaco este ponto, pois, prevejo, algum fazoéle, fingindo ignorar, ou ignorando deveras, a questão que apresento neste artigo, irá chamar a atenção para o nome "cartão corporativo" como se tal detalhe fosse relevante, assim querendo desmerecer-me e considerar nula a questão que aqui proponho) e falam de Jair Messias Bolsonaro, e dele, unicamente, em tom acusatório, condenando-o ao fogo do inferno, sem lhe conceder o direito à defesa.

No tribunal revolucionário, em justiçamentos, os condenados voltados para o paredón: para os fazoéles é ato civilizatório a expurgar a civilização dos elementos nocivos, para a ereção do mundo melhor, o outro, que é possível, o perfeito, o que a mentalidade revolucionária em imaginação concebeu. Jair Messias Bolsonaro, antes mesmo de vir à luz, está condenado à prisão, à morte, à inexistência, por todos os crimes que lhe atribuem.

A questão é, e que fique bem claro: que se passe um pente-fino no cartão corporativo (tenha este cartão o nome que tiver) que estava nas mãos de Jair Messias Bolsonaro e no que está nas do tal "L".

Afinal, os tais fazoéles têm interesse em, e o desejo de, saber se o tal "L" está a fazer bom uso do dinheiro público?

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 29/05/2023
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