Lula e o Agro. E Alckmin. E os governos europeus.

... e o tal "L" insiste em anatematizar os agropecuaristas do Brasil, que aos brasileiros dão incontáveis razões para se orgulharem do país e que fortalezam a economia nacional ao alimentarem, além dos duzentos e quatorze milhões de bípedes implumes que perambulam por terras cabralinas outros um bilhão e um bom punhado de gente que erram por outras terras, umas próximas das que desbravou o Marechal Rondon, onde, havendo palmeiras, cantam os sábias, e nas distantes, além de muros inexpugnáveis, onde, havendo bambus, cantam os picanço-rabilongos (não sei se tais pássaros cantam, e tampouco sei se vivem nos bambuzais; eu apenas pretendi fazer poesia - e o fiz mal, reconheço). E o tal "G", ou "A", o tal que, certo dia, de triste lembrança, afirmou, com a sua eloquência sensaborona, que o tal "L" é aquele que melhor representa, e interpreta, do povo, o sentimento de esperança, participou, num festival de comes-e-bebes, de um têtê-a-têtê com integrantes de coletivos sociais que conquistaram a reputação de heróicos justiceiros sociais, abnegados, a construírem uma sociedade justa e igualitária tirando aos donos das terras suas terras e distribuindo-as àqueles que delas irão fazer - sabemos (e quem há de dizer o contrário?!) - bom uso.

Enquanto isso, no outro lado do Atlântico, políticos europeus estão a assinar decretos que dificultam a importação, por europeus, de alimentos produzidos em terras brasileiras, sob a alegação de que está o Brasil a destruir a Amazônia - aquela patacoada de sempre.

Então, ficamos assim: no exterior, em especial na Europa, políticos, sob quaisquer pretextos, para proteger os ineficientes agricultores e pecuaristas do Velho Mundo - e não sob quaisquer pretextos, corrijo-me a tempo, mas sob pretextos bons, e justificados, e nobres, e louváveis: a defesa da floresta amazônica, da biodversidade da Terra, para evitar o tal Aquecimento Global de origem antropocêntrica e o apocalipse profetizado por Al Gore - , estão a criar barreiras alfandegárias, fitossanitárias, e de quaisquer outras espécies, à importação, pela Europa, de coisas que os agropecuaristas brasileiros plantam, cultivam, e colhem, e produzem. E quais serão as consequências de tal decisão dos políticos europeus? Para os europeus: a redução da oferta de gêneros alimentícios, e melhores, e mais em conta; o aumento do custo de vida: terão de desembolsar mais dinheiro para exibirem, no prato, todo santo dia, o arroz-e-feijão - mesmo que no prato não ponham nem arroz e nem feijão - sem o qual não podem, tais quais sacos vazios, sustentarem-se em pé. Para os produtores brasileiros, que não irão se lamentar, tampouco chorar pelos clientes que irão perder na Europa: o avanço ao oriente, o próximo, e o distante, o extremo, e à África (ora, há mais bocas para se alimentar na Índia, que agora é o país mais populoso da galáxia, do que em toda a Europa - e à Índia adicione-se a China, e a Indonésia, e o Paquistão...). Para os brasileiros, que não irão se queixar dos europeus: num primeiro momento, enquanto não se substituir os consumidores europeus de coisas brasileiras pelos asiáticos, mais comida no prato, por um preço mais ao alcance do bolso.

Em terras brasileiras, o tal "L" e o seu fiel escudeiro, o tal "G", ou o tal "A", agridem os agricultores e os pecuaristas brasileiros, aquele a alcunhá-los fascistas, este a se esbaldar, num banquete, com os justiceiros sociais que não se vexam de invadir terras alheias. E em terras estrangeiras, os tais europeus a, blindando os seus agricultores e pecuaristas, criar empecilhos à compra, por europeus, de coisas brasileiras.

Parece-me que os das terras do outro lado do Atlântico e os das terras do lado de cá aliaram-se para prejudicar o Brasil.

Os chineses, presumo, estão pulando de alegria, afinal, agora que os europeus recusam-se a comprar o que o Brasil produz, poderão com o Brasil negociar em situações mais favoráveis; terão em abundância, no prato, o arroz-e-feijão, mesmo que no prato não ponham nem um grão de arroz e nem um de feijão, que irão comprar, do Brasil, e por menos iuans do que o compram atualmente.

Os ataques que o tal "L" faz ao Agro, e as facilidades com que hoje se empreende invasões de terras, e a via-crucis que os proprietários delas têm de enfrentar para delas manter e retomar, conforme o caso, a posse de direito, encarecem os produtos, desestimulam a produção, geram insegurança, no campo, e jurídica; consequentemente, os atacadistas e os varejistas venderão os gêneros alimentícios por um preço maior, o que terá impacto inflacionário significativo, o que redundará na queda considerável do poder de compra de todo cidadão brasileiro, e isto feito as pessoas que criaram o problema, atribuirão, diante do aumento do preço dos alimentos e o dos índices de inflação, aos empresários e aos proprietários dos supermercados e aos donos de terras e aos agropecuaristas as dificuldades que o povo irá enfrentar, e os acusarão de praticar aumento abusivo de preços, injustos, e os alcunharão gananciosos inescrupulosos, egoistas, o que não surpreenderá, vindo tal a se dar, ninguém, e irão propôr, para conter-lhes os abusos, políticas de controle de preços - pelo bem comum, é claro. A culpa será atribuída às vítimas das políticas malsãs; e os verdadeiros responsáveis pelas calamidades assumirão ares de heróis nacionais, impolutos.

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 02/06/2023
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