Bolsonaro inelegível.

O que tem de gente exaltada a comemorar a inelegibilidade do presidente Jair Messias Bolsonaro não 'tá no gibi.

Mas... Mas... O que tal gente comemora?! Qual o porquê de tanta felicidade?! Qual a razão do foguetório?!

Impressionou-me o espetáculo feérico dos antibolsonaristas, em especial dos de quatro costados; pareceu-me, até, que eles, embriagados, extravavazaram a tensão, que persistiu durante um jogo de futebol, entre Brasil e Argentina, de final de Copa do Mundo, assim que o árbitro finalmente, para a felicidade geral da nação, assoprou o apito, dando por encerrado o jogo, o placar a indicar a vitória do Brasil.

Há um motivo, que seja nobre, para tão intensa ebulição de alegria?! Para os que se felicitaram com o resultado da votação que tira das duas próximas eleições o presidente Jair Messias Bolsonaro, sim, há. E qual é?! Qual aventaram? Quais? Ora, eles alegam que fez-se bem em impedir o presidente Jair Messias Bolsonaro de se candidatar nas eleições para presidente de 2.026 e de 2.030. Fez-se bem por quê?! E para quem?! Nos comentários, que me chegaram ao conhecimento, os que li e os que ouvi, comentários de gente a subscrever, acriticamente, o que chamam de vitória da Democracia, a salvação do Brasil, há ódio, e ódio, e ódio, e apenas ódio pelo presidente Jair Messias Bolsonaro; e desapreço pelas liberdades democráticas, e não o apreço apaixonadamente propalado em prosa e verso, a exibirem os dito cujos olhos marejados e destes escorrerem abundantes lágrimas democráticas, que se encachoeiram pelo rosto imaculado, de amor pela Justiça, pela Liberdade, pelo Povo, pela Pátria. Além de ódio, e de ódio, e de ódio, uma postura orgulhosamente hostil à divergência, o desejo de eliminar toda pessoa que não se curva ao discurso ideologicamente enviesado, o amor insano pela extinção de quem discorda da política vendida como remédio para todos os males da humanidade. Quer porque quer a turminha do ódio do bem, da democracia sem povo, do jogo político e da sociedade expulsos todos aqueles que não se genuflexionam, reverentes, e pusilanimemente, diante dos donos do poder.

Um sentimento epidérmico - atávico, direi, e anímico - de horror ao contraditório, à liberdade das pessoas, impele os festeiros antibolsonaristas a comemorarem a inelegibilidade, por oito anos, do presidente Jair Messias Bolsonaro, um sentimento, digo, também, de fundo histérico, de quem aprendeu a acreditar que, sendo o herói de uma história grandiosa, está a pugnar, num embate feroz, que entrará para a história do universo, contra os fascistas, os nazistas, os genocidas, tipos, estes, que, acredita o herói, estão a ameaçar a democracia brasileira. E quem são para o herói, valoroso herói, os malvados fascistas, os malévolos nazistas, os crudelíssimos, iníquos genocidas contra os quais ele está a bater-se?! Todos os indivíduos que se atrevem a ousar encará-lo de frente, altivos. E a liderá-los o hediondo, monstruoso, o Inominável, assim dizem, Jair Messias Bolsonaro. Mas... Mas... O que há de fascista e de nazista no presidente Jair Messias Bolsonaro?! E de genocida?! É o presidente Jair Messias Bolsonaro genocida?! O que Raphael Lamkin diria a respeito?! E é ele fascista e nazista?! Promoveu o presidente Jair Messias Bolsonaro perseguição a algum grupo étnico, ou religioso, ou político, ou cultural?! Fortaleceu ele o Estado, tornando-o um monstro devorador de almas, um leviatã pantagruélico insaciável?!

Os antibolsonaristas estão a ver pêlo em ovo, chifre em cabeça de cavalo. Estão a tomar as alucinações que lhes atormentam o espírito como coisas reais. Eu quase escrevi que são tais quais Dom Quixote. Detive-me a tempo. Felizmente, não incorri num erro imperdoável: comparar com tais tipos, saídos sabe-se lá de quais catacumbas mefistofélicas, um ancião que tinha lá as suas maluquices, sabemos, mas que era, não ignoramos, um homem nobre, corajoso.

A oposição legitima o governo - e não o contrário. Todo governo, independentemente de seu espectro ideológico, e mesmo que não atenda à nenhuma ideologia, tem de contar com uma oposição para lhe frear os arroubos autoritários se porventura venha a embriagar-se de poder. No jogo político os jogadores, homens, seres falíveis, portanto, facilmente cooptados pelo Mal, desejam acumular poder; para evitar que tal se dê, dois ou mais partidos políticos, cada um deles a defender os seus interesses, a sua visão-de-mundo, têm de, em confronto direto, conter os adversários, vigiá-los, denunciá-los, limitar-lhes o poder, impedindo-os, assim, de promoverem políticas que avançam para o estabelecimento de um governo autoritário,que pode, encorpando-se, tornar-se totalitário.

Eliminando-se a oposição, que, democraticamente instituída, representa uma parcela considerável - a derrotada nas urnas - da sociedade, tem o governo caminho desimpedido para a ereção do edifício autoritário, e a partir de então suspende, com o uso da força, os direitos dos cidadãos, e o faz sem encontrar resistência, afinal não há vozes dissonantes.

Quem está, portanto, em nome da Democracia, arvorando-se seu legítimo porta-voz, por ela nomeado, a comemorar um ato que impede, e por razões obscuras, um personagem importante, de invejável popularidade - que os adversários (inimigos, diria melhor) dele temem, e sabem ser ele imbatível - e de inegável força política,personagem que representa os anseios e os valores de dezenas de milhões de brasileiros, de participar, na condição de candidato, de eleições, não está indo em favor de uma política que fortalece a Democracia, mas de uma que, se persistir, a enfraquece a tal ponto que pode vir a matá-la.

Se bem sucedidos em eliminar a oposição, impedindo-a de entrar na arena política, os políticos que ora compõem o governo,convertidos em um poder autoritário, serão vitoriosos em todas as suas demandas, explicitamente vindo a oprimir os brasileiros, tirar-lhes os meios de sustento, suprimir-lhes as propriedades, com o emprego violento do aparato estatal, ou, então, com a sutileza de um rato com o rabo de fora, que muita gente, vendo-o, decide fingir não vê-lo, irão se cobrir com uma demão de verniz democrático, respeitar um simulacro de Democracia, fazer-se de dois grupos antagônicos ambos os dois sob o comando de uma e mesma cabeça - é a ilusão democrática resumida no sufrágio universal.

A oposição ao governo, repito, legitima o governo, e mantêm vivas as chamas da liberdade.

É o papel da oposição ao governo vigiá-lo. Os políticos derrotados nas urnas representam desejos, interesses e valores de milhões de pessoas, seus eleitores, que não concordam com as políticas dos políticos que nas urnas receberam o maior apoio popular.

Quem está, hoje, a comemorar a inelegibilidade do presidente Jair Messias Bolsonaro pede pela supressão à liberdade não apenas dele, mas de todas as pessoas cujos valores nele estão resumidos.

As mesmas pessoas que apóiam, incondicionalmente, sempre em nome da Democracia, prisões de políticos e de jornalistas que não se curvam à agenda política que ora domina o cenário político e cultural e de costumes, estão, neste momento, a comemorar a inelegibilidade de um político que é o símbolo de um conjunto de valores que parcela considerável do povo esposa. Tais pessoas estão a dar tiros no pé, e o fazem, algumas, sinceras em sua demonstração de autêntica felicidade, com a certeza de estarem a lutar, bravamente, em defesa da Democracia, e não percebem que estão a atacá-la; acreditam, piamente, incapazes de ver um palmo à frente do nariz, a mente atulhada de palavras de ordem, de clichês, de rótulos difamatórios, de associações espúrias entre pessoas e adjetivos, que estão a revigorá-la, quando estão a desvigorá-la. Enceguecidas de ódio pela pessoa de Jair Messias Bolsonaro, na certeza de estarem a salvar a Democracia das mãos de um - li e ouvi por aí e por aqui - genocida, um crápula autoritário, um nazista, um fascista, estão a matá-la. Estranha é a democracia de tais pessoas: ela não contempla a liberdade de expressão, e em nenhuma hipótese o povo pode expôr publicamente seus pensamentos, se estes não vão ao encontro dos valores que o governo entende serem os corretos. Em tal democracia deve o povo obediência canina aos donos do poder.

Com qual democracia os que hoje festejam a inelegibilidade do presidente Jair Messias Bolsonaro sonham para o Brasil? Com a de Cuba, a da Nicarágua, a da Venezuela, a de um país que tenha apenas um partido político com seus cinquenta tons de vermelho, a de um país que suprime as eleições, o voto, a do povo a liberdade para escolher os seus representantes. Inocentes, não entendem que sem a oposição o governo tem caminho livre para erigir um Estado autoritário, talvez totalitário.

Os antibolsonaristas injetaram na veia uma dose cavalar de estupefaciente. Resta saber se há remédio para se debelar o mal que de tal vício resultou.

Inelegível o presidente Jair Messias Bolsonaro, os eleitores dele irão votar em políticos que se lhe opõem?! Não. Irão procurar outro político com perfil igual ao dele, um político que lhe siga os passos, um político que com ele compartilhe dos mesmos valores: o do respeito, e amor, à Liberdade, à Família, às Religiões, e não aos que seus inimigos viscerais lhe atribuem. Neste ponto, entendo corretas as observações de Maurício Alves e as de Jairo José da Silva, aquele em seu canal no Telegram, este na sua conta no Facebook, ambos a entenderem que agora está aberto o caminho para um personagem político que representa o eleitorado do presidente Jair Messias Bolsonaro, personagem político, que está para se apresentar, que dê continuidade à política dele, e que o faça com mais fervor, mais vigor, mais veemência, e inteligência superior. Jairo José da Silva entende que o presidente Jair Messias Bolsonaro conserva sua força política, que não pode ser subestimada, desprezada tampouco; Maurício Alves, por sua vez, acredita que é a vez e a hora de Tarcísio Gomes de Freitas, governador do Estado de São Paulo - a fortuna sorri para o Ministro Tarcísio do Asfalto.

Os eleitores do presidente Jair Messias Bolsonaro irão votar em políticos que não compactuem com os donos do poder. Se suportaram, durante mais de quatro anos, ofensas e xingamentos e injustiças sem fim, desistiriam, agora, da luta?!

O presidente Jair Messias Bolsonaro está firme e forte, e seguirá, firme e forte, a lutar pelo Brasil.

Mal sabem os antibolsonaristas que, imprevidentes, ora estão a dar pulos de alegria, o mal que estão a fazer ao Brasil e a si mesmos ao apoiar, incondicionalmente, a política de supressão das liberdades democráticas, da qual o caso a envolver o presidente Jair Messias Bolsonaro é apenas um episódio - e talvez não seja o mais importante, mas é o mais simbólico. Regozijam-se ao verem eliminados do jogo político os personagens que eles odeiam, e os odeiam de morte porque a imprensa, e intelectuais, e artistas, e políticos os ensinaram a odiá-los.

A irracionalidade campeia as hostes antibolsonaristas, muitos de seus membros, incapazes de unir lé com cré, a errarem amalucadamente para a direção contrária à que dizem seguir. E sempre que tomam conhecimento dos desmandos do atual governo, ao qual dedicam apoio incondicional, esgoelavam-se com mais doentio furor, e ódio assassino mais vigoroso, e fúria fanática mais insana. Não admitem críticas aos seus ídolos políticos que esculpiram em ouro.

Encerrou-se um capítulo do folhetim repleto de reviravoltas rocambolescas que é a história do Brasil; e principia-se outro capítulo.

O epílogo do folhetim está para se escrever num futuro muito distante.

Sigamos a acompanhar os próximos capítulos de tão emocionante aventura.

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 02/07/2023
Reeditado em 02/07/2023
Código do texto: T7827307
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