Javier Milei, o Bolsonaro argentino, o Trump argentino, destruirá a Argentina.

Mal o garboso Javier Milei deu as caras nas primárias da eleição argentina, a todos os profetas surpreendendo, ele, o Bolsonaro argentino, dizem os brasileiros, ele, o Trump argentino, dizem os americanos, a ir de encontro aos esquerdistas, a arrostar as criaturas do pântano, a, sem papas na língua, mostrar para o que veio, e os mal-amados espíritos-de-porco trataram, de imediato, de defecar a cantilena revolucionária: Javier Milei, da extrema-direita nazifascista neoliberal, ultra-radical, preconceituosa, racista e machista... - e dá-lhe pancada no lombo. E pasmem! os indignados autonomeados antifascistas, no uso de seus dons proféticos, antevêem futuro tenebroso para os argentinos se o senhor Milei sentar-se na cadeira da Casa Rosada: ele destruirá a Argentina, afinal é ele, o Bolsonaro argentino, ele, o Trump argentino, da extrema-direita fundamentalista hiperautoritária, megaditatorial.

Blablateram os esquerdistas. Javier Milei destruirá a Argentina, pergunta-se toda pessoa que tenha no mínimo lambido com a testa a capa de um livro de história recente do universo. Quem ao ver a figura do senhor Milei declara que ele destruirá a Argentina aterrissou, hoje, na Terra, sem ao menos se informar acerca de alguns capítulos da história recente da civilização humana?! Sabemos que é a Argentina um país periférico, mas, convenhamos, há certas coisas que ninguém pode ignorar, e da Argentina qualquer pessoa, inclusive as criaturas que hoje desceram em terras terrestres, tem de saber de Menem, e dos Kirchner, Néstor e Cristina, um casal adorável, e do Fernández, todos os quatro seres heróicos que fizeram da Argentina um paraíso edênico.

Os tipos que hoje, com a certeza dos seres omnissapientes, prevêem tempos difíceis para os argentinos se Javier Milei arrumar as suas tralhas e mudar-se para a Casa Rosada, são aqueles que anteviram para os americanos, se Donald Trump arrumasse suas trouxas e se transferisse para a Casa Branca, tempos dificílimos, e, para todos os povos, a catástrofe nuclear, e para os brasileiros, se Jair Messias Bolsonaro carregasse consigo seus trens para o Palácio do Planalto, o inferno na Terra. Parece-nos que a bola de cristal dos esquerdistas está quebrada - ou é defeituosa desde a sua invenção.

E que o que seja o Bolsonaro argentino ou o Trump argentino, mesmo que nas urnas seja derrotado, faça das suas e ponha nas fuças das criaturas do pântano verdades das quais eles fogem com a mesma desenvoltura satânica do diabo ao fugir da cruz.

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 19/08/2023
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