Sete de Setembro de 2.023, a mais popular festa cívica do Brasil.

Sete de Setembro de 2.023.

Na avenida onde o desfile acontece, um ambulante anuncia a plenos pulmões:

- Picanhas! Picanhas! Picanhas quentinhas! Picanhas! Picanhas! Pi... Ué?! Cadê todo mundo?!

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Perguntou um homúnculo de aparência animalesca e voz cavernosa e peçonhenta, a expelir vapor mefítico, para um homem, que passava ao seu lado:

- Companheiro, por que você não foi ao desfile?

- Eu fui.

- Foi, companheiro?!

- Fui.

- Mas eu não vi você lá, companheiro.

- A minha ida ao desfile é metáfora.

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O desfile de Sete de Setembro de 2.023, ontem, foi o mais constrangedor, o mais sem graça, o mais ridículo, o mais vazio, o mais triste, o mais depressivo da história do Brasil.

É e não é compreensível o que se viu ontem. É, porque temos na presidência e na vice-presidência as duas figuras mais sem-graça, mais sem sal e sem açúcar, mais ridículas, mais patéticas, e etecétera e tal, da política nacional - e não falei da primeira-dama, dos ministros e de outras figurinhas do atual governo. Não é, porque são mais de sessenta milhões os votantes do tal "L", e todos eles são patriotas, e todos eles amam o Brasil, e todos eles respeitam os símbolos nacionais, e o Sete de Setembro, portanto, todos eles deveriam ir ao desfile para mostrar o amor que têm pelo país, mas não foram. E não foram por quê?!

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Caíram por terra, ontem, três mentiras que os anti-bolsonaristas têm aconchegados em seu seio: a de que eles amam o Brasil, respeitam os símbolos nacionais, e o Sete de Setembro - ora, sabemos que eles são uma legião, mas, ontem, por obra da magia, sumiram; a de que Lula é popular - ano passado, nas urnas, Lula ganhou mais de sessenta milhões de votos, e todos estes, ontem, viraram pó; a de que no tempo do presidente Jair Messias Bolsonaro só uns sete fanáticos gato-pingados bolsonaristas participavam das manifestações (diziam que o presidente Jair Messias Bolsonaro tinha transformado o Sete de Setembro numa festa em comemoração de seu aniversário) - e ontem e hoje vemos, num mesmo quadro, duas fotos justapostas, ou uma sobreposta à outra, uma a exibir o Sete de Setembro de 2.022, outra a de 7 de Setembro de 2.023, e nas de 2.022, presidente Jair Messias Bolsonaro, vê-se multidão alegre, feliz, esperançosa, e nas de 2.023, presidente Luis Inácio Lula da Silva, o povo em metáfora.

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Faltou mortadela, ontem.

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No governo Lula, picanha é metáfora; e o povo brasileiro também.

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Cabia aos lulafazoelistas, ontem, resgatarem das mãos do presidente Jair Messias Bolsonaro e dos bolsonaristas os símbolos nacionais e o Sete de Setembro que eles sequestram em anos passados, mas nada fizeram.

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O Sete de Setembro deste 2.023 foi uma lição para todo brasileiro que deseja apreendê-la: os esquerdistas desprezam o Brasil, não tão nem aí para os símbolos nacionais que eles, até ontem, diziam respeitar, e Lula não é popular, não é um líder carismático, e não é um herói nacional, tampouco o dono do Brasil, e nem os eleitores dele acreditam nele.

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Há uma lição a se tirar deste Sete de Setembro:

ao ficarem em casa, os bolsonaristas não ofereceram aos seus inimigos nenhuma oportunidade para eles empregarem algum artifício para agredi-los - não há imagens que possam ser usadas para ridicularizá-los, não há vândalos que, infiltrados em multidões, que não existiram, promoveram quebra-quebra; em outras palavras, os bolsonaristas para os seus inimigos não ofereceram de mão-beijada munições - às vezes o melhor a se fazer é não fazer nada, a manfestação silenciosa é melhor do que a revolta barulhenta.

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 08/09/2023
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