Comunistas, unidos! De onde saíram tantos comunistas, assim, de repente?! Das catacumbas?!

Que diabos! De onde saíram, de uns dias para cá, tantos comunistas, se o comunismo, assim que puseram o muro de Berlim abaixo, havia partido desta para a melhor?! Era o que diziam os estudiosos, que se esgoelavam: "O comunismo acabou! Só teóricos da conspiração e loucos vêem comunistas em todo lugar! Caiu o muro de Berlim. Não há mais comunismo." E agora estou a ouvir pessoas que até outro dia afirmavam, com ares sapienciais, que não havia mais comunismo, declararem-se comunistas e fazerem, pasmém! a apologia do comunismo, declararem que é o comunismo ideologia humanitária que há de acabar com a desigualdade, com a injustiça, com a miséria; e tais pessoas jamais, é claro, evocam os crimes de Stálin, Mao, Fidel, Che, Pol Pot, e tantos outros. Dos crimes perpetrados pelos comunistas jamais ouviram falar; digo que jamais ouviram falar dos crimes comunistas apenas para fazer graça: eles são comunistas e louvam o comunismo porque os comunistas perpetraram crimes tão horrendos quantos os dos nazistas e em maior escala. Ou eles jamais ouviram falar do Holodomor, e dos fuzilamentos, por Che, dos dissidentes cubanos, e da Revolução Chinesa e da Revolução Cultural, e do Kmer Vermelho? Não há inocente em tal história. Sempre que alguém põe na mesa os crimes dos comunistas, os comunistas tratam, é infalível, de justificá-los, de tirar da cartola dados que tratam de crimes que a Igreja cometeu, que o capitalismo cometeu, e na conta da Igreja e na do capitalismo debitam mortes de humanos provocadas, na era paleozóica, por terremotos, tempestades, enchentes e erupções vulcânicas. São mortes imaginárias, claro. Mas, e daí?! para os comunistas, que não podem varrer para baixo do tapete os crimes dos comunistas, servem para desviar o foco, o que fazem com a elegância e a serenidade que os identificam.

Algumas, poucas, palavras, para encerrar este piruá: conheço um professor de filosofia que, de esquerda, até há pouco tempo constrangido sempre que alguém associava marxismo, esquerdismo e socialismo e comunismo, usava de argumentação das mais disparatadas para, reconhecendo-se de esquerda e marxista e socialista, dissociar-se do comunismo, que, entendia, nenhuma relação possuía com o marxismo, o socialismo e o esquerdismo, e era coisa asquerosa, repulsiva; a atitude de tal professor, compreensível, afinal o comunismo estava em maré baixa, aliás, morrera em 1.989 - era o que os intelectuais diziam (e o professor em questão, que tem senso critico e pensa por si mesmo, jamais questiona os intelectuais de esquerda); e agora está o digno e respeitável professor, todo pimpão, sorridente, com seu majestoso ar professoral, orgulhosamente declarando-se comunista. Pergunto-me: Onde está a filosofia de tal professor? E digo: Há muita gente igual a ele.

Os comunistas são mortos-vivos, nada me arranca tal idéia da cabeça; emergiram das catacumbas, no interior das quais estavam desde 1.989.

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 15/10/2023
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