Israel usa de força desproporcional?!

Há quem pede, melhor, exige, de Israel, o uso de força proporcional no seu embate com o Hamas. Força proporcional?! Querem força proporcional?! É possível?! Querem que Israel dedique ao Hamas tratamento equivalente ao que o Hamas lhe dedica?! Equivalência de tratamento, de uso de força bélica entre duas forças militares em conflito?! O que querem dizer os que condenam Israel pelo uso de força desproporcional, se é que têm em mente dizer alguma coisa, o que quer que seja?! Será que estão a pedir que Israel limite-se a genuflexionar-se diante dos seus algozes e a beijar-lhes os pés e agradecer-los por os decapitar, enforcar, matar das maneiras as mais horrendas, animalescas, desumanas?! Parece-me que se está, ao se pedir, melhor, exigir, de Israel, pelo Hamas tratamento proporcional ao que este lhe dedica, a submissão pusilânime, suicida. Ora, se o Hamas sequestrou, estuprou, seviciou, matou mulheres e crianças israelenses, então Israel tem de sequestrar, estuprar, seviciar, matar crianças e mulheres palestinas?! Se Hamas estuprou dez israelenses, tem Israel de estuprar dez palestinas?! Se o Hamas desviscerou vinte israelenses, tem Israel de desviscerar dez palestinos?! Se o Hamas mata dez israelenses, todos de olhos vendados, alvejando-os na nuca, tem Israel de matar dez palestinos usando de meios similares?! É este o uso proporcional das forças que se exige de Israel?! Estou a ver muitos, e muitos, e muitos anti-semitas retirando-se do armário, em vão a disfarçarem o fedor da podridão de seus espíritos.

Ou querem os que ora se opõem a Israel que este use de poder bélico que se iguale ao de seu inimigo?! Ora, se ambos os dois protagonistas da guerra a que ora se assiste a se desenrolar em terras longínquas do Brasil têm equivalente poder bélico a guerra há de se estender indefinidamente, e nenhum deles disparará o tiro derradeiro, que lhe dará fim, e nem depois do Juízo Final.

Estou a, escarvando-me a cabeça, e furiosamente, a ponto de me rasgar uma fresta na caixa craniana, imaginando os Aliados a usar de força proporcional ao do Eixo: na segunda-feira, o Eixo mata mil soldados Aliados, e em resposta os Aliados matam mil soldados do Eixo; na terça-feira, o Eixo mata dez mil soldados Aliados, e o Aliados do Eixo matam o mesmo tanto; e na quarta-feira, o Eixo... Penso, e penso mal, que estaríamos, até hoje, a viver as agruras da Segunda Guerra Mundial?!

Ora, numa guerra um dos dois exércitos em conflito tem de superar o outro; do contrário, a guerra se perpetua. E que sobrepuje o seu oponente o exército que defende a liberdade, a justiça, a paz.

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 23/10/2023
Código do texto: T7915416
Classificação de conteúdo: seguro