A imprensa, e Bolsonaro, e Lula.

Que a imprensa brasileira tenha batido no presidente Jair Messias Bolsonaro durante os quatro anos de seu mandato, entendo. Que a imprensa brasileira não esteja batendo no presidente Luis Inácio Lula da Silva neste primeiro ano de seu mandato, não entendo. E tampouco entendo porque a imprensa, neste ano, bateu no antecessor do atual presidente. E entendo menos ainda porque a imprensa sai, açodadamente, em socorro do atual governo sempre que este se vê em maus lençóis: foi assim no caso a envolver certa ministra apontada como amiga íntima de milicianos cariocas; foi assim no caso da ação irrefletida e da realidade desconectada da vice-presidenta ao desembarcar na terra dos hindus enquanto o Rio Grandre do Sul estava submerso; foi assim no caso escabroso da respeitável senhora, cujo cônjuge é um respeitável senhor do Comando Vermelho, em visitas oficiais a representantes do governo; e é assim em relação às queimadas na Amazônica, à seca no norte do país, às enchentes no sul do país, à violência no Rio de Janeiro, na Bahia, no Rio Grande do Norte, e outras coisinhas insignificantes.

Não entendo, juro que não entendo, e juro de pés juntos (ou seria de mãos juntas?!) as posturas da imprensa, a de ontem e a de hoje. Não entendo porque a imprensa bateu no Bolsonaro, e bateu tanto, a ponto de culpá-lo por fenômenos naturais devastadores que ele não causou - e é o melhor, o mais emblemático, e o mais historicamente relevante, a extinção das girafas da Amazônia -, e porque está a agir sempre em favor do governo Lula. Não entendo. Talvez um dia eu entenda tal fenômeno, tão singular! tão inusitado!

E para encerrar este farelo: percebi que de um mês até a presente data portais da internet e sites de vídeos, que até outro dia dedicavam-se apenas a um tema, Bolsonaro, do Bolsonaro, o Jair, e da família dele, quase nada mais falam; os temas, agora, são outros: guerra entre Israel e Hamas; fissura, provocada por tremores de terra causadas pela erupção de um vulcão, no chão de uma pequena cidade da Islândia; briga, e briga feia, entre uma bela, esguia, de talhe escultural, porte helênio, modelo brasileira de nome, penso, germânico, e seu marido; acidente de avião que vitimou não sei quem; colisão entre duas espaçonaves alienígenas nos arredores da constelação de Órion; o buraco negro racista; a tempestade solar que atingirá a Terra em 2.024; e outras coisinhas mais. Parece-me que a imprensa não tem mais histórias do grotesco e do arabesco a envolverem o presidente Jair Messias Bolsonaro, e tampouco está disposta, sabe-se lá porquê, a repetir, como o vinha fazendo, aquelas histórias que explorava à exaustão e que reeditava de tempos em tempos: a das jóias; a do ráquer; a do golpismo; e sei lá eu quantas outras. Diante do que se vê, pode-se prever que daqui em diante a imprensa tenderá a bater no Lula Paz e Amor, o homem que ao povo prometeu picanha e não cumpriu a promessa?! Oxalá tal se dê! Alvíssaras!

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 18/11/2023
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