Venezuela declara guerra à Guiana. E Lula e suas lulices.

- Caramba!

- Caramba?!

- Pensávamos que estávamos livres de desgraça, e agora o Maduro, aquele filhotinho-de-cruz-credo, dá de querer uma guerra aqui perto de nós.

- Livres de desgraças jamais estivemos; desde o tempo-do-onça enfrentamos desgraças das mais desgracentas que se pode imaginar. Quem algum dia acreditou que estávamos livres de problemas tem a cabeça na Lua.

- A cabeça de quem?!

- Tu, a tua, oca.

- O certo é "pobremas". Em português castiço do padre Vieira.

- Não tive o prazer de me ser apresentado para o dito cujo e tampouco o de tê-lo apresentado para mim.

- Ele é dos bão.

- Desconheço-lhe a figura.

- Quero-te te dizer que ao dizer que pensávamos que estávamos livres de desgraça, eu quis dizer que nunca enfrentamos guerras por aqui.

- E a do Paraguai?! Tu nunca ouviste falar de Caxias e de Tamandaré e de Sabugosa e de Itararé, quatro heróis brasileiros?!

- Que mistureba! Sei da tal guerra. Mas estou a falar da política de hoje em dia, da de uns quarenta anos pra cá. Não enfrentamos conflitos em terras sulamericanas.

- Não?! E os entre corinthianos e palmeirenses, e os...

- Deixes de abobrinhas. Há guerras por aqui?! Ouvimos de guerra na América?! Não. Ouvimos falar de guerra na Cachemira, na Armênia, na Síria, na Ucrânia, em Israel. Por aqui, não. Tudo 'tava na santa paz. 'tava; não 'tá mais. O tal de Maduro quer porque quer arrancar um pedaço da Guiana, e dos grandes.

- Que coisa! Que turma de gente besta que está sempre à procura de sarna para se coçar.

- A mando de quem?!

- E eu sei?! Do Putin, talvez. Do Jiping, quem sabe?! Do sheik não sei das quantas lá das arábias, por que não?! Ou da própria cabeça cheia de caquinha, não é improvável.

- Ele convocou um referendo...

- Reverendo?! Puxa vida! É de morrer! Enfiou até a Igreja no meio da bagaça.

- Referendo! Referendo!

- E quem inventou tal porcaria?

- Os romanos, que também inventaram o plebiscito.

- Legal. Continues. Quero ouvir um pouco mais da história.

- O tal Maduro, amigo-do-peito da mais honesta alma brasileira, chamou por um referendo. Tinham os venezuelanos de decidir por uma de duas opções: arrebentar a Guiana; e, não estraçalhar a Guiana. Os venezulanos votaram. E ficou decido que tem o governo da Venezuela de cortar a Guiana ao meio, de alto a baixo.

- E por que cargas-d'água quer o governo venezuelano fazer o cão no país vizinho?!

- E precisa de motivo?! Não havendo-se um, inventa-se um. Tu nunca leste a fábula do lobo e do cordeiro, ambos a beberem água do rio?!

- Li, reli, tresli. E não foi da água de um rio que eles beberam; foi da de um riacho

- Que diferença faz?! A fábula é emblemática. Vale a lei do mais forte.

- Mas é a Venezuela a personagem mais forte nesta história, a que, além de envolvê-la, envolve a Guiana?!

- Se, ingênuos, acreditarmos que Venezuela e Guiana são as suas únicas personagens, sim.

- Não somos ingênuos a este ponto.

- Mas não é este ponto que eu quero apontar.

- Não?!

- Não. O ponto é outro.

- Aponta-o.

- O ponto que aponto é este: um país, a Venezuela, ameaça invadir um país vizinho, a Guiana, para se apossar, dela, de uma região riquíssima em petróleo e gás, e para justificar a ação belicosa inventa umas histórias do arco-da-velha. Um país é o agressor; o outro, mais fraco, o agredido. E o que diz a respeito o nosso querido e amado presidente?! Uma lulice: Que a Venezuela e a Guiana tenham bom-senso ao tratar da questão a envolver a região de Essequibo, a terra da Guiana que o Maduro quer para si. É de lascar! O que seria uma ação de bom-senso da Guiana?! Deixar-se violentar pela Venezuela?! E por que o de nove dedos não condena o governo da Venezuela?! Que lulice!

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 09/12/2023
Código do texto: T7950280
Classificação de conteúdo: seguro