Sergio Moro e Flavio Dino aprovado com louvor. E reservas indígenas e desoneração da folha de pagamento.

Estou, aqui, no aconchego do meu lar, doce lar, encasquetado, a coçar-me a cabeça com meus dez dedos, cinco de cada uma de minhas mãos, que são duas, pois não sou uma anomalia da natureza, pensando acerca da aprovação, pelos patrióticos senadores nacionais, do Flavio Dino à vaga, que lhe era de direito, do STF - e pensou mal quem pensou que o resultado podia ser diferente: "No mesmo dia, ou um dia antes, ou um dia depois, sei lá eu, não cuidei consultar o calendário, o congresso votou contra duas políticas do governo do tal L: uma, a que acaba com a desoneração da folha de pagamentos; a outra, a que dá fim ao marco temporal das reservas indígenas. Seriam estes dois contratempos que o tal L enfrentou o preço, nos bastidores acordado entre os governistas e a oposição, que o governo foi obrigado a pagar pela aprovação do Flavio Dino ao STF? Não sei. Não faço a mínima idéia do que se passa em Brasília. Mas, pensando, e pensando não sei se bem, se mal, parece-me que houve uma troca de figurinhas entre os personagens que disputam a ferro e fogo o poder no Brasil. E para encerrar este farelo: não tenho a mínima idéia de quem está no time dos governistas e quem no time adversário. Talvez não exista time nenhum; talvez os personagens se arranjem a depender da conveniência: Fulano e Beltrano são aliados em certa questão e adversários em outra. E assim o mundo gira, e capota. Ah! Esquecia-me: e na equação entra um fator, que não é desprezível: emendas parlamentares da ordem de uma dezenas de bilhões do rico, e suado, dinheirinho dos brasileiros."

- E o Sergio Moro, caro cronista?!

- Sergio Moro?! Puxa vida! Esqueci-me dele!

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 15/12/2023
Reeditado em 15/12/2023
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