Sergio Moro e Flavio Dino.

Aqui não me esquecerei do Sergio Moro, pois, afinal, além de pôr-lhe o nome no título deste piruá esfarelado, decidi tratar, e o mais logo que me for possível, dele, e antes de qualquer outra coisa seja a outra coisa o que quer que seja.

Muitas pessoas que viram as fotos dos dois amicíssimos juízes, o Moro e o Dino, ambos a sorrirem de orelha a orelha, gargalharem, sentiram, indignadas, ganas de esfolar vivo o Moro, mais ele do que seu ilustre amigo camarada. E dentre as que sentiram, e ainda sentem, o desejo de esganá-lo, de fatiá-lo, de esfolá-lo, de comprar-lhe uma passagem de ida para o inferno, estão gentes apoiadoras do presidente Jair Messias Bolsonaro. Algumas delas, surpresas com a postura do outrora herói brasileiro, bufam de raiva. E surpreenderam-se por quê?! Esqueceram-se do que ele fez em verões passados?! É urgente tais pessoas banquetearem-se com cérebro de elefante, animal de memória proverbial.

Este e aquele homem perspicaz, assim que viram o juiz de voz de marreco aos beijos e abraços com o então candidato à vaga do STF, entenderam que ele estava a apertar a corda ao próprio pescoço, e o fez porque, nada aprendendo de guerra política, estaria a querer, tal qual uma ovelhinha ingênua e inocente de uma fábula de La Fontaine, passar mel nos dentes afiados de um sedento, insaciável lobo. De onde tirei tão bela figura de linguagem?! Da minha cabeça, que, sendo minha, e só minha, premia-me vezes e outras com algumas peças de retórica de rara beleza literária.

Não sei o que o futuro reserva ao juiz de Curitiba; sei, no entanto, que, se procede aquela história que ensina que os comunistas devoram criancinhas...

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 19/12/2023
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