Avenida Paulista, um símbolo.

Quantas eram as pessoas aglomeradas, na Paulista, dia 25 de Fevereiro, chamadas pelo presidente Jair Messias Bolsonaro?! Trinta mil?! Cento e oitenta e cinco mil?! Seiscentas e cinquenta mil?! Um milhão?! Um milhão, trezentos e sessenta e duas mil, e mais quarenta e oito cachorros, dezenove gatos, trinta e duas lagartixas, cento e vinte sete pombos e quatrocentos e oitenta e duas maritacas?! Não sei. Eu não estava lá. Além do mais, suspeito, ninguém se deu ao trabalho de contar, uma por uma, as pessoas que lá se acotovelaram. Penso eu que não importa quantas pessoas estiveram na Paulista, e quantas brotam na Paulista sempre que lá se promove manifestação seja de que tema for; penso que importante é o que a manifestação representa.

Além das pessoas que, no dia 25, pisaram na Paulista, quantas, que não aparecem nas fotos, estiveram nas ruas e avenidas transversais, e nas perpendiculares mais próximas à Paulista? E quantos são os brasileiros do Oiapoque ao Chuí irmanados com os que, de verde e amarelo, na Paulista exibiram a beleza, mesmo os que não são belos, para todo o mundo ver? Não nos esqueçamos que no último pleito eleitoral o presidente Jair Messias Bolsonaro ganhou mais de cinquenta e oito milhões de votos. É erro, portanto, supor que dezenas de milhões de brasileiros em espírito estiveram, domingo, dia 25 de Fevereiro, na Paulista? Não, não é. E todo comentário que não considera este detalhe tem de ser arremessado na lata de lixo.

E não erra quem pensa que muitos brasileiros, mesmo não sendo bolsonaristas, assistindo aos desmandos da nossa democracia relativa, e com os bolsonaristas compartilhando de muitos valores nobres, estão a rilharem de raiva os dentes. São dezenas de milhões os descontentes.

Ilustre Desconhecido
Enviado por Ilustre Desconhecido em 02/03/2024
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