MULHERES NA VITRINE DO MACHISMO

MULHERES NA VITRINE DO MACHISMO

Valéria Guerra Reiter

A Revolução Industrial mudou as bases do pensamento humano: e pariu uma sociedade de consumo, onde as mulheres também foram aferroadas.

Mas não foram todas elas.

Mulheres burguesas com suas famílias burguesas ficaram na vitrine do Bel prazer, nutridas de sombra e água fresca.

E o operariado feminino foi explorado amargamente. A fúria avassaladora dos caçadores de lucro não poupou seus esforços em subjugar a “fragilidade” feminina sob todos os ângulos. Quantas mulheres feneceram pelas mãos “invisíveis” do celerado Mercado?

Milhares, dentro de uma evolução histórica que não poderia ficar imperceptível aos olhos das alunas e alunos do Brasil e do mundo. A opressão é histórica, e o historiador olha para o fato e depois, como dever de ofício, o deixa translúcido diante dos olhos humanos ávidos de saber, porém sufocados pela sombra dos fascismos, machismos e outras ideologias nefastas.

O manancial historiográfico nos lega que em 25 de março, em Nova York, ocorreu um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwais devido às portas trancadas, algumas pessoas saltaram pelas janelas o que levou-as à morte assim como trabalhadoras morreram no local de trabalho. Estudos mostram que 146 pessoas morreram, sendo 125 mulheres e 21 homens, na maioria judeus e jovens mulheres imigrantes. Alguns dizem que é lenda...será?

.

E se já não bastasse tudo isso existe uma vitrine de mulheres transformadas em mercadoria, e isso reflete muito bem , o quanto o grande plano do capitalismo formatou homens e mulheres na talha da irreflexão; a contar a história das massas alienadas pelo hiperconsumo.

O modelismo, com seu esteticismo criou um balcão de ilusões que fatiou o corpo e a mente do gênero feminino, mais desavisado, no que tange

a historicidade. E por isso, muitas meninas e mulheres apostaram suas fichas no mundo empresarial artístico, sendo levadas por raposas (atravessadoras) direto às garras de abutres, como o senhor “Stromboli” gerente da Ilha dos Prazeres, à guisa do que aconteceu com o Pinóquio no desenho da Disney, lançado nas telonas, em 1940.

O preço pago pelos efêmeros prazeres, ao final, seria ser transformado em burro, sob a pena de escravização eterna.

Espero da fundo da minha alma, que todos as brasileiras e brasileiros conquistem o direito à igualdade social, através de um processo educacional digno e não eleitoreiro.

E toda minha solidariedade às companheiras e companheiros do PARTIDO DA CAUSA OPERÁRIA ,em relação aos constrangimentos sofridos em Oito de Março de 2024.

#ValReiterjornalista

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 08/03/2024
Reeditado em 13/03/2024
Código do texto: T8015113
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.