O judiciário, o congresso nacional e a democracia

À luz da história, a democracia tem suas raízes nos antigos gregos, especialmente os atenienses, que deram origem a uma miríade de estudiosos e pensadores. No entanto, no cenário político contemporâneo, é evidente a lacuna entre a democracia almejada pela sociedade brasileira e a realidade nos meandros dos partidos políticos. É essencial reconhecer que, em um sistema democrático, a verdadeira essência da democracia reside em atender aos anseios da maioria.

O ideal é uma democracia que trabalhe em prol do bem comum, em oposição à proteção de interesses particulares de uma minoria privilegiada. O objetivo é forjar uma nação inclusiva, onde todos os estratos sociais se sintam representados e onde a equidade de oportunidades seja promovida. Infelizmente, nossa democracia muitas vezes reflete valores conservadores e é obstaculizada por um Estado ineficiente.

Um passo crucial para alcançar essa visão é compreender os verdadeiros desejos do povo. Tanto os detentores do poder quanto a oposição precisam estar mais alinhados com as demandas contemporâneas da sociedade. Afinal, na democracia, tudo deve ser debatido e negociado.

Além disso, é inadmissível que o Judiciário e a classe política desfrutem de privilégios excessivos, enquanto o cidadão comum é desvalorizado. É imperativo direcionar recursos para áreas vitais como saúde, educação e segurança, em detrimento dos interesses egoístas de alguns poucos.

É evidente que a sociedade deseja um Congresso Nacional comprometido com o bem-estar coletivo, afastando-se de práticas políticas centradas em si mesmas e no clientelismo. Uma mudança de mentalidade nas elites políticas é urgente para que reconheçam a importância de investir em setores fundamentais para o desenvolvimento sustentável do país.

Para alcançar uma democracia na qual o poder é exercido em favor da maioria, as instituições representativas devem verdadeiramente refletir a vontade popular. Sem mudanças significativas, continuaremos enfrentando obstáculos sem avanços substanciais, perpetuando a sensação de estagnação. Precisamos de políticas públicas abrangentes que beneficiem a grande maioria da população.

Por fim, para o Brasil se tornar uma sociedade democrática verdadeira, é necessário transcender além do ato de votar. Devemos buscar justiça social e ambiental, pois somos assolados pela pobreza e por uma desigualdade social alarmante. Democracia implica igualdade e liberdade. Para Aristóteles, a democracia degenera quando o povo é manipulado por demagogos ou por uma elite oligárquica, minando a noção de uma justiça social equitativa.