Natal vazio e sem sentido, muitos comemoram assim...

Natal vazio e sem sentido, muitos comemoram assim...

Viva, chegou o natal, que alegria, que felicidade é hora de comemorar... No dia 24, um pouco antes da meia noite começa a comilança, outros bebem até cair e não ter mais controle sobre mente e corpo, outros não tem nem noção do que estão comemorando.

Chegou o momento tão esperado... Ceia de natal! Casa bem arrumada e decorada com um montão de luzinhas piscando, a árvore de natal no canto da sala, um luxuoso carrão na garagem, dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender... Agora é o momento de comer e beber até não agüentar mais... Isso são privilégios de poucos. Mas e o próximo? Que se dane ele que não tem o mesmo privilégio que eu. No dia seguinte, depois da festança acordam com uma tremenda ressaca e dor de cabeça, pois a ingestão de bebida foi exagerada. Chega a hora do almoço de natal, e mais uma vez a tradição e o ritual se repete.

Muitas pessoas comemoram o natal assim. Vazio e sem sentido!

O Natal deveria ser um momento de reflexão, um momento de revirar o nosso baú espiritual. Um momento de procurar sermos um pouquinho a imagem e semelhança daquele que deu a sua vida em favor dos justos e também dos injustos... Agora é o momento de analisar a nossa conduta e indagar a nós mesmos... O que fizemos de bom durante o ano que está para terminar? Em relação ao Espiritual, plantamos alguma semente que possa crescer e dar bons frutos no futuro? Praticamos o direito e a justiça, independentemente se poderíamos ou não causar prejuízos a nós com essa atitude? Ajudamos com amor a quem precisou de alguma coisa que naquele momento tínhamos em nosso alcance? Fomos imparciais e justos nos julgamentos? Por fim, se durante a nossa vida obtivemos grandes conquistas como: carro, uma bela moradia, dinheiro para viver um futuro tranqüilo, demos graças a Deus por isso, não sejamos soberbos e orgulhosos ao ponto de pensar e dizer: “Foi pela minha força que consegui tudo isso”. Não! Mas foi por amor e misericórdia Dele. Tudo adquirido é concedido a nós por empréstimo, e no momento da nossa partida, tudo vai ficar aqui. E na hora da prestação de contas, (lembrando que até o nosso sopro de vida, foi concedido por empréstimo) à marca do nosso carro não será importante para Deus, o que vai importar realmente é quantas pessoas transportamos no momento que precisaram. Não importa o luxo e a grandiosidade da casa, mas quantos desabrigados acolhemos nela. Em relação ao dinheiro não importa a quantidade que acumulamos. O que importa é a qualidade com que gastamos esse dinheiro, a quantidade de pessoas que auxiliamos durante o ano.

Para o ano que se inicia procuremos ser melhores para não sermos pegos de surpresa acumulando pecados e mais pecados. Revertamos o prato da balança para que as nossas transgressões sejam leves em relação a nossas obras.

Desejo a todos um feliz Natal com sobriedade, sabedoria e muita saúde e paz, e viva Jesus!

José Renato Bueno

Teólogo Eclesiástico, formado pelo seminário Teológico de Ituiutaba-MG e Jornalista Profissional.