Sobre vingança e ser cristão
Reflexão sobre a vigança e o ser cristão
Numa conversa com um grupo de pessoas, foi citada uma outra que sofreu um gravíssimo acidente. Alguém do grupo disse: “Foi bom ter acontecido isso, tomara que aconteça mais miséria na vida do mesmo”. Outra pessoa disse: “Que isso fulano! Tomara que Deus esteja dormindo uma hora dessa para não ouvir”. O vingativo disse “tomara que ele esteja bem ereto”.
Reafirmou suas palavras de desgraça “que aconteça mais coisas ainda, isso é pouco”. Pois, foi na frente do contador falou que não me devia, quando na verdade ficou devendo quatro mil reais, trabalhei e não me pagou”.
Argumentei: “que adiantou pra você?”. – “Adiantou muita coisa, gastou dinheiro do bolso dele”. Finalizei “E dai? Não foi um centavo pra seu bolso”.
Imagino agora o sorriso da pessoa ao saber da notícia do mal na vida do outro. Um sorriso, uma alegria pelo mal na vida de alguém. Assim, segue: pagar o mal com o mal, mesmo que indiretamente.
Se perguntar a uma pessoa dessa se tem religião dirá que sim. Se perguntar se acredita em Jesus dira que sim. Mas e, se perguntar se vive a mensagem de Jesus?
O que será ser cristão? Dizer que acredita em Jesus? Acreditar que Jesus pode salvá-lo?
Pense de outro lado, uma pessoa que não tenha religião ou que seja ateu, entretanto, procura viver a partir de pressupostos éticos da honestidade, da justiça e que o fato de alguém não lhe pagar um divida, seguramente, a pessoa não efetivou seu compromisso; embora, não dê o justo direito de desejar o mal ao outro.
Ser cristão é muito mais uma postura e coêrencia com a mensagem de Jesus do que um amontoado de doutrinas e crenças. Como não será o coração de uma pessoa que deseja a vigança? Um caldeirão de desejos, sentimentos malditos, ardentes, que lhe tira a paz, o equilibrio e a oportunidade de se libertar através do perdão e viver mais feliz.