Prosperidade: uma bênção muito desejada e mal interpretada por muitos que a desejam

A palavra prosperidade deriva de próspero, adjetivo que significa: 1. Favorável, propício. 2. Afortunado, venturoso, feliz. Superlativo absoluto sintético.

De tal amplitude que os seres humanos não a entendem, como não entendem o poder divino em conceder bênçãos maiores e mais amplas do que a capacidade humana para saber pedi-las.

Devido à visão humana extremamente limitada, incapaz de compreendê-la, tais seres a engessam, amarram - na em uma “invisível camisa de forças espirituais”, dentro do cubículo - cercado, apertado e sem ventilação – que é sua compreensão acerca do poder divino em fazer muito mais do que nossa escassa capacidade para saber pedir.

Na atualidade muitas pessoas, inclusive escritores com bom “pedigree cultural - mestrados e doutorados” e líderes evangélicos menos dotados, têm uma visão míope sobre o que é a verdadeira prosperidade e o poder divino. O exemplo disto pode-se ler na Internet - comentários maldosos - feita por alguns líderes, como o africano Isaias Uaene, ao referir-se sobre o fenômeno das Igrejas neopentecostais que estão sempre lotadas e, segundo este pastor batista africano, estas igrejas lotam devidos seus bispos orarem por prosperidade e maridos para a mulherada, como se o fato de alguém pedir a Deus um bom marido fosse algum pecado. O mesmo Deus que salva a alma pode inclusive dar um bom marido a alguém, aliás, só se consegue um bom marido se o mesmo for dado por Deus, na sorte ou pela escolha humana pode não dar bons resultados.

“Então são estas as razões que levam as pessoas a encherem as Igrejas Evangélicas?

Pastor Isaías Uaene: Existem várias razões além destas, pois existem dois tipos de Igrejas Evangélicas: as que pregam a palavra do senhor e que acreditam que Jesus é o caminho, a verdade e a vida, e que é através dele e só Dele que se chega ao “Pai”; e a segunda que oferece prosperidade aos fiéis. Aquelas igrejas que prometem riqueza, marido, ou seja, sorte. São essas igrejas que ficam “lotadas”, pela promessa e busca da prosperidade”.

Veja artigo na Internet Pastor Isaías Uaene:“Oferta de prosperidade faz encher as Igrejas-25 de Abril de 2011, 08:45”.

Ao mencionarem prosperidade, possivelmente tais pessoas referem-se ao único conceito que tem em mente sobre a mesma como sendo: um pacote de dólares, uma casa moderna e confortável, ou um carro de luxo na garagem com motorista particular, em tal casa confortável. Quando, na verdade, esta é apenas uma visão fragmentada, tosca, fosca e minúscula sobre parte do significado desta palavra. Prosperidade relaciona-se a outros aspectos no viver diário como a evidencia do amor de Deus nas ações diárias do individuo para com os demais seres humanos ao seu redor.

Em I Carta de João 4.18, encontramos:

“Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois, quem não ama a seu irmão, ao qual viu, não pode amar a Deus, a quem não viu”.

Isto é uma afirmação da Palavra de Deus, não é minha invenção ou interpretação. Se as lideranças: africana e brasileira, não conseguiram amar na prática a David, o moçambicano que eles conhecem bem, como poderão afirmar que amam a Deus, o qual nunca viram?

Também em S. Mateus 5.44 e 46, Jesus disse, não sou eu a dizê-lo: “(Eu, porém vos digo: Amai aos vossos inimigos, e orai pelos que vos perseguem, para que vos torneis filhos de vossos pais que está nos céus 9...)”. “Pois se amardes aos que vos amam, que recompensa terá?

Não fazem os publicanos também o mesmo?.

Que sentimento levou os Batistas de Moçambique a nunca interferirem junto a Convenção Batista Brasileira e JMM, para providenciarem o retorno do africano David, para Moçambique? Foi amor ou ódio? Pelos frutos se conhece a árvore. Quais tem sido seus frutos com relação a esta situação?

E estão preocupados em criticar os neopentecostais por orarem para que as mulheres tenham maridos de verdade dentro dos lares?

Maridos que sejam crentes na prática, esposo de uma só mulher, e não aquele tipo de esposo – casado no papel com uma mulher, e comprometido na mente, alma e coração com outra mulher, via de regra, jovem, mais atraente e portadora de feromonio da atração, que lhe causa mais atração física, - é uma bênção que somente Deus pode dar a qualquer mulher.

Maridos que, mesmo não possuindo tal mulher jovem na cama, a possui no coração, o que na prática é uma poligamia emocional a olho nu, acaba sendo uma poligamia acobertada e invisível, pois, tal mulher mais bela ocupa espaço especial no seu coração deste marido dividido, amando tal mulher jovem em secreto. Secreto para as vistas humanas, pois, de Deus e do Espírito Santo, nada se esconde. Jesus afirmou em S. Mateus 5.28, não sou eu a fazê-lo: “Eu, porém vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher para cobiçá-la, já em seu coração cometeu adultério com ela”. Olhar, desejar no coração, tudo tem a mesma conotação pecaminosa.

O apóstolo Paulo, - não eu – foi bastante claro quando escreveu em Aos Efésios 5 1 a 5 : “Sede pois, imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós (...) Mas a prostituição, e toda a sorte de impureza ou cobiça, nem sequer se nomeie entre vós, como convém a santos, nem baixeza, nem conversa tola, nem gracejos indecentes, coisas que não convém a santos” (santos quer dizer: pessoas separadas das atitudes mundanas).

Leia-se ainda São João cap. 8, o relato da mulher pega em adultério. Os evangélicos, mesmo lendo sobre a atitude de Jesus: Quem não tiver pecado atire a primeira pedra. Na atualidade, é comum assistirmos até pela TV, o absurdo de povos que matam a mulher pega no ato do adultério, e os evangélicos se calam. No entanto, uma mulher não adulterou sozinha, foi preciso a participação de um homem, para juntos praticarem a conjunção carnal. No entanto, critica-se apenas a mulher, o homem sai ileso.

Os evangélicos não lutam para que seja revista tal atitude de preconceito contra a mulher. Dois são necessários para se consumar o adultério, no entanto, só a mulher e apedrejada, seja com pedras da rocha, seja com discriminação por ela carregar no corpo o feto resultante do adultério. Feto gerado com o semem de um homem, que muitas vezes se nega a assumir a paternidade e ainda sai livre da culpa, deixando a mulher sobrecarregada com a vergonha do ato e o resultado na barriga, além de ficar com a responsabilidade de manter tal filho.

E muitos evangélicos descomprometidos com a palavra de Deus, se calam ante tal absurdo. E Jesus foi bem claro! Quem não tiver pecado atire a primeira pedra.

Se alguém deseja continuar amando “secretamente” outra mulher, e portanto queira discordar disto, fique à vontade, arranque esta página de sua Bíblia. Ou nunca mais cobice mulher alguma alem da sua própria esposa.

Prosperidade no contexto do cristianismo tem a ver com prosperidade de atitudes de justiça, O cristão precisa ter sede de justiça, vemos isto em S. Mateus cap. 5 verso 6. Vivemos em um mundo cheio de injustiças, os crentes tem a obrigação de excederem em atos de justiça para darem o testemunho da ação do Deus do evangelho em seu agir e falar, não apenas no discurso falado. Falar é relativamente fácil, praticar é onde reside a maior dificuldade. Não se praticou justiça para com o estrangeiro David. Cobram-se muitas coisas, mas, não se praticam outras que também estão na Bíblia. Vejamos no Antigo Testamento em Êxodo 21.21 “Ao estrangeiro não maltratarás, nem o oprimirás; pois, vós fostes estrangeiros no Egito”. Talvez há quem diga: Bem, este mandamento é para os antigos, nós estamos na pós modernidade. Depois da graça.

Vejamos o que Cristo ensinou sobre o tratamento a ser dado ao estrangeiro: São Mateus 25.35 a 46. "Porque tive fome e deste-me de comer, tive sede e deste-me de beber; era forasteiro e me acolheste” (...) Ao que ele lhes responderás: Em verdade vos digo que, sempre que o deixaste de fazer a um destes meus pequeninos,deixaste também de o fazer a mim”. É a Bíblia no Novo Testamento que afirma isto não sou eu! Quem não gostar desta verdade, arranque-a de sua Bíblia, ficar bravo comigo não mudará tal verdade!

Ser cristão é mais que pregar no púlpito um sermão com três pontos e fazer apelo no final da prédica. Ser cristão é pregar o que se vive e viver o que se prega. Isto não é fácil, criticar, alguém por usar um lenço ungido é fácil. Curar um enfermo exige fé e vida cristã que aquele que critica nem sempre tem.

Prosperidade tem a ver com viver um ministério na forma como Jesus vivia: EM São Marcos 6.12 e 13 encontraram uma prática que as Igrejas criticadas elos Batistas fazem, prática que Jesus adotou. Então quem a critica, deverá criticar Jesus também. “Então saíram e pregavam que todos se arrependessem; e expulsavam muitos demônios, e ungiam muitos enfermos com óleo e os curavam”.

Também em Tiago capitulo 5. 13 e 14 encontramos prática semelhante: “Está aflito alguém entre vós? Ore. Está alguém contente! Cante louvores. Está alguém doente? Chame os presbíteros e anciãos da Igreja e estes orem sobre ele, UNGUNDO-O COM ÓLEO, em nome do Senhor”. Quem discordar desta prática fique à vontade para arrancá-las de sua Bíblia! Quem acredita que prosperidade é só na área do dinheiro, tem muito que aprender na Bíblia!

Além de estar perdendo muito das bênçãos do eterno, por viver no preconceito, sem procurar conhecer a verdade, como faziam os bereanos, na época do apóstolo Paulo, e por buscarem o conhecimento foram achados mais sábios que os demais. Vivamos o cristianismo e toda a prosperidade que ele nos proporciona, não estejamos engessados em conceitos carecas, sem embasamento Bíblico.

Conceitos fixados por homens sujeitos às mesmas paixões que qualquer mortal. Jesus é o exemplo maior de prosperidade, ele disse: “Eu vim para que tenham vida e vida com abundância”. É um péssimo testemunho, uma pessoa servir a um Deus rico e ser pobre até no entendimento da palavra.

Vivamos a prosperidade na íntegra, não apenas a financeira. A financeira, pode se acabar por qualquer contratempo, a prosperidade espiritual e intelectual, esta ninguém pode roubar, nem Satanás, nem vodu, nem macumba.

nana caperuccita
Enviado por nana caperuccita em 13/09/2011
Reeditado em 19/11/2012
Código do texto: T3217100
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