Raízes do Protestantismo no Brasil: “da invasão a legalização”.

Autor do Livro: Alexandro Cabral Rabelo.

Título: Raízes do Protestantismo no Brasil: “da invasão a legalização”.

Imprensa: Goiânia, GO. Kelps, 2009.

Autor da Resenha: Joas Araujo Silva.

Nesta obra o autor procura com afinco atender as necessidades de conhecermos de forma bem enxuta à questão religiosa dentro de seu contexto histórico, e isso observamos nesta esplendorosa obra onde o autor apresenta o cunho histórico europeu e o momento histórico Brasileiro dentro da perspectiva protestante. Nesta mesma esfera de idéias o autor ainda fala de forma conhecedora do assunto apresentando um personagem protestante por nome de Calvino que apareceu no século XVI, logo no tempo do cisma de 1517. O autor trabalha em sua obra um enredo histórico rico e bem apresentado a todos os públicos. No capitulo I, autor trabalha vários assuntos e entre eles esta O contexto Histórico no século XVI e O protestantismo de invasão, no caso os atores.

O capitulo em foco tem por titulo Invasão protestante na colônia portuguesa, com base neste tema que o autor trabalha o contexto histórico no século XVI. O autor nos mostra o cenário em que ocorreria a primeira tentativa de implantação do protestantismo no Brasil, este sistema é conhecido como “padroado régio’’, que significa: sistema em que o Estado, umbilicalmente ligado a Roma por meio de fidelidade religiosa. Neste caso, o Estado é que delibera as ordens, e Roma passa a ser subordinada ao Estado por meio de uma aliança fiel, já nesta altura tudo se encontra sobre o pleno domínio do Estado. Ainda no capitulo I, o autor apresenta “O protestantismo de invasão: os atores”, que significa: presença temporária do protestantismo na colônia. Este protestantismo no Brasil é marcado pelo pleno esforço dos huguenotes franceses em correr o Novo Mundo em busca de conquistas e riquezas, logo também fugiam das estremas perseguições do Velho Mundo. No capitulo I, o autor fala do segundo tópico que é os holandeses, esta invertida holandesa não tinha como objetivo a elevação da fé reformada. De acordo com a expulsão logo mais tarde dos holandeses do Brasil em 1654.

(Capitulo II, neste o autor fala da semente que caiu em boa terra, e neste lema dividido em tópicos de alicerce para fortalecimento de suas idéias, a) base legal para o protestantismo no Brasil, b) protestantismo de imigração, c) protestantismo de missão. São tópicos que o autor trabalha nesta capitulo levando ao conhecimento acadêmico a tese que a historia mostra, com base no contexto histórico do século XIX. Sabemos que a uma relação entre a Era Napoleônica com a inserção do protestantismo no Brasil, a relação se dar por completa quando em 19 de fevereiro de 1810, com o Tratado de Comercio e Navegação.

A base legal para o protestantismo no Brasil, o autor trata esta questão de forma bem resumida mais apresentando pontos cernes para a compreensão do fato. A base legal para este avanço protestante no Brasil se dar pelo legal Tratado de Comercio e Navegação de 1810, fica claro que com este Tratado os portos Brasileiros foram liberados para as nações vizinhas, ou seja, as amigas, com este tratado foi garantida a chegada constantes de ingleses ao Brasil e por fim se consolidando o culto protestante no Brasil.

Protestantismo de imigração, nos efeitos do Tratado ora estabelecido o autor dar a luz de que os motivos foram muitos que contribuíram para a primeira constituição do Império Brasileiro, e com comando de efeito deste Tratado foi que as portas foram abertas para as religiões não Católicas para o Brasil, no caso se ver os anglicanos súditos ingleses, foram os primeiros de muitos a conectar-se com esta liberdade.

Protestantismo de missão, este teve impacto fulminante na Era Missionária, onde os missionários se posicionavam em favor da expansão da fé reformada. Este campo crescia mediante a distribuição de bíblias, estes distribuidores de bíblias foram os grandes pioneiros do protestantismo no Brasil. Grande foi o avanço que teve esta tática de evangelização protestante por meio de distribuição de bíblias.

Depois deste avanço foi que os metodistas americanos enviaram em 1835, o ver. Pitts a América do Sul, com o objetivo de estudar um trabalho missionário. Depois em 1836, o ver. Pitts volta aos Estados Unidos da América, e aconselha a Confederação Anual do Tenessee, que enviasse missionários a Montevidéu, Buenos Aires e ao Rio de Janeiro. Mais tarde em 12 de Janeiro de 1862, nesta época onde os ventos eram favoráveis aos missionários foi que se deu a fundação da Primeira Igreja Presbiteriana Brasileira. Com este avanço em 05 de Março de 1865, o ver. Black Ford organiza a Segunda Igreja Presbiteriana Brasileira com 18 pessoas, a partir daí que os Presbiterianos avançaram rumo ao sucesso missionário.

CONCLUSÃO

Observando toda a narrativa do autor dar pra absorver a lição, que os protestantes missionários no Brasil do século XIX, deixaram as marcas de uma guerra com êxito, vemos muitos sofrimentos, perseguições, tudo que aparentemente se via como uma perseguição é um progresso alcançado e sem explicação. O protestantismo se implantou no Brasil para ficar, e ate os dias atuais vendo todas as religiões nao-catolicas no Brasil, sentimos o ar de sucesso destas religiões nao-catolicas que abraçaram a causa protestante e não negaram a sua Fe reformada.

Joas Araújo Silva
Enviado por Joas Araújo Silva em 27/10/2011
Reeditado em 05/12/2022
Código do texto: T3300868
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