É o servo maior que seu Senhor?

“Não é o discípulo maior que o mestre, nem o servo maior do que o seu senhor” (Mt 10.24).

Primeiramente quero declarar que creio na revelação bíblica tendo como fonte inspiradora o Espírito Santo. Creio que a Bíblia é a Palavra de Deus. Creio também que, se estiver em seus propósitos, Deus pode usar, da maneira que quiser, qualquer pessoa, em qualquer lugar e a qualquer momento.

Em segundo lugar, entendo que a recomendação do apóstolo Paulo aos irmãos da igreja em Corinto, é absurdamente aplicável aos nossos dias! Estamos vivendo dias em que "evangelhos" diferentes estão sendo pregados. O Cristo Senhor tem sido "substituído" pelo "servo". O Espírito Santo que convence o homem do pecado, da justiça e do juízo, e que conforta e consola os corações sofridos, foi trocado por um "super-herói" que está pronto a atender o chamado dos "necessitados". Deus agora está subordinado à voz humana: "Ele tem que atender!". Muitos, embalados pela gritaria, numa explosão de emoções e no auge do clímax, “chacoalham” no espírito e “caem no poder”. O que dizer da "privilegização" aos que tem os chamados "dons especiais"? As "curas", os "prodígios" e "os sinais" são usados para demonstrar maior poder desta ou daquela igreja e, assim, vão se aglomerando os "fiéis", na busca da "solução" de seus problemas. Deus, Jesus Cristo e o Espírito Santo são colocados de lado, enquanto "apóstolos", "bispos", "reverendos", "pastores", "missionários" e outros tantos "poderosos", tomando seu lugar, "determinam" que os milagres aconteçam.

Paulo admoestando aos coríntios traz a seguinte questão: "Acaso Cristo está dividido?" (1Co 1.13), "... nós pregamos a Cristo crucificado [...] poder de Deus e sabedoria de Deus" (1Co 1.23,24). Fomos chamados para anunciar que Jesus foi enviado para possibilitar uma nova oportunidade para que a criatura pudesse se reaproximar do seu Criador. Deus, por um amor indizível, enviou o seu Filho para que em nosso lugar pagasse o preço da reconciliação: A Morte. A dívida (PECADO) do homem precisava ser paga e como "Não há um justo nem um sequer" (Rm 3.10), Jesus se fez homem e cancelou a "dívida que era contra nós... encravando-a na cruz" (Cl 2.14). Agora, com os pecados perdoados, "nenhuma condenação há, para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito Santo da vida, em Cristo Jesus, [nos] livrou da lei do pecado e da morte" (Rm 8.1,2).

Queridos, vamos anunciar que a Solução é Cristo. Chega de "Milagragens"! Basta de “assoprões”, “unções da esquisitice”, uivos e gritaria! Não é necessário inventar absolutamente nada. É só isso mesmo! Simples assim: Jesus Cristo é a única opção que possibilita união entre a criatura e o Criador; entre Deus e os homens. A Dívida já foi paga! Cumpre-nos agora obedecer a Deus: Amá-lo sobre todas as coisas e também ao nosso próximo (Dt 6.5; Mc 12.30,31). Anunciar o evangelho é anunciar as boas novas. Boas novas são as notícias a respeito de Cristo, seus ensinamentos e sua vida, enfim. Ser cristão é, portanto, testemunhar a respeito de Cristo; ou seja, anunciar o Evangelho. Sem “espetaculismo”.

Para refletir:

1. “Não é o discípulo maior que o mestre, nem o servo maior do que o seu senhor” (Mt 10.24);

2. “Convém que ele cresça e eu diminua” (Jo 3.30);

3. “Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo” (Gl. 2.19,20).

4. "Rogo-vos irmãos que ... digais uma mesma coisa", é uma forma de Paulo dizer que só há um Cristo, um mediador (1Tm 2.1-6); portanto, só há um evangelho.

PaPeL
Enviado por PaPeL em 27/03/2012
Código do texto: T3578520
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.