ASCENSÃO DO SENHOR “Pregai o evangelho”
ASCENSÃO DO SENHOR
“Pregai o evangelho”
Palavra da Liturgia – Mc 16, 15-20
Estamos em pleno tempo da Páscoa e paramos para celebrar a Festa da Ascensão do Senhor Jesus, mais precisamente, quarenta dias após a ressurreição, sendo que a Igreja optou por celebrar no VII Domingo da Páscoa.
Quarenta dias após a ressurreição conforme relata o livro dos Atos capítulo um versículo três.
Quarenta é um número figurado bastante familiar para nós os cristãos representa a plenitude.
Número que indica um tempo necessário de preparação para algo novo que vai chegar. 40 dias e quarenta noites do dilúvio (Gn 7,4.12); 40 dias e 40 noites passa Moisés no Monte (Ex 24,18; 34,26; Dt 9,9-11; 10,10); 40 anos foi o tempo da peregrinação pelo deserto (Nm 14,33; 32,13; Dt 8,2; 29,4, etc.); Jesus jejuou 40 dias antes de começar o seu ministério (Mt 4,2; Mc 1,12; Lc 4,2); Quando alguém errava, era corrigido com 40 chicotadas (Dt 25,3) e Paulo também recebeu cinco vezes as 40 chicotadas menos uma (2Cor 11,24).
Jesus em meio aos cinqüentas dias entre a Ressurreição (Páscoa) e o Pentecostes (Inauguração Pública da Igreja) ascende após quarenta dias da Ressurreição ao Céu.
É o tempo completo, a vitória definitiva do povo de Deus que no deserto do pecado canta a vitória da salvação.
Jesus ao ascender pelas suas próprias forças prepara definitivamente a vinda do Prometido, o Espírito Santo que revestirá toda a Igreja do Poder do alto.
Neste dia a Igreja celebra a vitória de Jesus Cristo e da Igreja sobre o pecado e a morte. Toda a humanidade se encontra assentada ao lado do Pai representada por sua Cabeça que é Cristo.
Na Palavra deste final de semana Cristo antes de ascender ao céu deixa uma ordem que soa mais precisamente como um envio missionário dos apóstolos:
“Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”.
Esta é a nossa maior missão como Igreja missionária: a evangelização, pregar o evangelho que significa Boa-Nova.
“Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado”.
Esta decisão de querer e crer são pessoais e cada um escolherá livremente o caminho que quer seguir.
Portanto evangelizar não deve ser uma imposição de idéias e comportamentos e sim um ato de testemunhar o Amor. Propondo a verdade evangélica e a salvação em Jesus Cristo, com absoluta clareza e com todo o respeito pelas opções livres que essa consciência fará - e isso, sem pressões coercitivas, sem persuasões desonestas e sem aliciá-la com estímulos menos retos -, longe de ser um atentado à liberdade religiosa, é uma homenagem a essa liberdade.
Contudo é importante estar atento ao perigo de uma "visão reducionista do conceito de missão", que "não pode ser limitada a uma simples busca de novas técnicas e formas que tornem a Igreja mais atrativa e capaz de vencer a concorrência com outros grupos religiosos ou com ideologias relativistas".
Para os que crerem sinais os acompanharão: milagres, expulsão dos demônios em nome de Jesus, falarão em novas línguas, manusearão serpentes e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal; imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados.
Deus protege e abençoa os filhos e filhas evangelizadoras e confirma seu poder através de sinais visíveis.
Os sinais propriamente ditos e o evangelizador não podem ser mais importantes que Jesus e sua Palavra!
O evangelizador deve ser Cristocêntrico!
Após ter falado com os discípulos, Jesus ascende ao céu e está sentado à direita de Deus.
A Palavra finaliza com a obediência dos discípulos que partiram e pregaram a Palavra por toda a parte com a cooperação do Senhor que confirmava a Palavra com os milagres que a acompanhavam.
Pedimos neste final de semana o desejo de anunciar o Evangelho, que este desejo nasça de um coração enamorado por Jesus, que anela ardentemente que mais pessoas possam receber o convite e participar no banquete da eucaristia.
Gilberto Ângelo Begiato
http://gilbertobegiato.blogspot.com.br/