Infiéis

Não vou dizer que é fácil conviver com a ideia do ateísmo: não é. É como se você descobrisse que a pessoa em quem você confiou toda sua vida e em quem você apostou todas suas fichas traísse você. E o que mais me dói é que por muito tempo tentaram me enganar com a existência de Deus. Todos, todos tentaram. E o pior de tudo: por um bom tempo, conseguiram. Não foi do nada, óbvio, que eu descri. As razões não cabem aqui, por serem muitas, mas eu descri.

O ateísmo, na minha vida tornou-se um câncer incurável, que me domina e me atormenta todo dia, mais e mais. Pobre de mim, que fui enganado tanto tempo, que inocente eu era. Cheguei mesmo a acreditar que não me preocupasse tanto, que algo superior regia minha vida: merda! Nunca houve nada além da matéria. Pobres também os que me enganaram, coitados manipuláveis, fiéis marionetes dos senhores. Acreditar naquela historinha tosca de que eu sou uma bichinha de uma ovelhinha (ui ui ui) e que o pastor cuida de mim? Vai cagar, sô! E querem saber? Vão todos tomar no cu, que e vou tomar um drink.

Antônio Carlos Policer
Enviado por Antônio Carlos Policer em 14/07/2012
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