PAPADO, FUNDAMENTALISMO E ILUMINISMO

A renúncia de Bento XVI causou mais repercussão do que outros acontecimentos: o raio que atingiu a cúpula do Vaticano e o meteorito que caiu nos Urais.

Definições do título: papado: a dignidade do Papa; tempo de pontificado, estrutura política do Vaticano. Fundamentalismo: imposição de hábitos, costumes e pensamentos. Iluminismo: a busca incessante pelo saber e a liberdade de pensamento.

Há 50 anos o Papa João XXIII realizou o Concílio Vaticano II propondo mudanças na Igreja Católica. Praticamente nada aconteceu, como nada acontecerá após a atual sucessão papal. A oligarquia da Cúria romana é imutável. Nem os papas conseguem demove-la. E se nos detivermos a lucubrações e pesquisas sobre isso, também iremos de marcha à ré sem freio, tal qual o fundamentalismo católico.

Diante do fato que domina a mídia com perspectivas sobre o que viria, porque nada virá, o mais certo é pensar com as ponderações lógicas daqueles que há duzentos anos discerniam com a razão; e por isso, o que eles disseram naquela época, é como o dissessem hoje. Também, porque Deus está acima da razão humana, não discutiam teologia.

São eles, os heróis do Iluminismo: Tiradentes, Immanuel Kant, Voltaire, John Locke, Lavoisier, Jean Jaques Rousseau.

Uma das máximas do Iluminismo: “ Pensa em grande, e teus feitos vencerão. Pensa em pequeno e irás direto ao chão”. O iluminismo é dinâmico; o eclesiástico é estático.

Se me oferecessem, jamais provaria da lasanha romana com tempero da Idade Média.

M.R.Gomide