Reflexões sobre a renúncia do papa.
Com a renúncia (fato raro na história religiosa) do
atual papa, abre-se uma série de questionamentos, a respeito dos quais
tecemos as seguintes considerações :
1 - Cogita-se MANTER O PRONOME DE TRATA-
MENTO "SUA (ou VOSSA, conforme o caso)
SANTIDADE".
No nosso entendimento, a figura papal só
pode e deve ser representada por UMA ÚNI-
CA PESSOA. Não existe a possibilidade da
coexistência de um PAPA TITULAR e um PA-
PA INATIVO (ou aposentado).
Por isso, é inadmissível a manutenção de
tal título ("sua santidade") para o "papa ina-
tivo". Ele deveria, na hierarquia católica, ser
"rebaixado" de PAPA para "FIEL CARDINALÍ-
CIO". E qual o significado de tal título : Ele
seria um CARDEAL (portanto, "desceria"
um degrau na hierarquia católica) e o termo
"FIEL" teria como significado "aquele que pro-
fessa a fé, mas sem função específica". Ou
seja : um cardeal SEM PODER.
Por consequência, não se cogitaria a manu-
tenção do título de "Sua Santidade". Ele se-
ria substituído por "Sua EX-Santidade".
2 - O (outro) título de PAPA "EMÉRITO".
Como o plural (no nosso entendimento) para
PAPA (=papas) só é aplicável quando se refere
ao atual e anteriores (e não de 2 VIVOS com
existência paralela), não seria de bom alvitre
o título honorífico de "papa emérito". Esse "e-
mérito" soa como uma autoridade paralela, o
que poderia ofuscar, pelo menos em termos de
semântica, a imagem de poder do novo papa
a ser brevemente eleito.
O que lhes parece ?