Religião e Educação Religiosa no Brasil: Tolerância zero?

Sou Educadora Religiosa de formação, pois, conclui um curso que me outorga tal direito a esta formação, não posso omitir minha opinião. Admito que nos últimos meses voltei a ler um pouco mais sobre Religião em contraste com o que a Palavra de Deus tem a nos ensinar. Muito embora este não faça parte dos meus temas prediletos, pelo fato de que Religião sob a ótica e abordagem de diversos jornalistas e estudiosos seculares nada tem a ver com a visão sobre religião no contexto Bíblico, sendo esta um estilo de vida centrado e embasado na afirmação do Apóstolo Tiago e do Senhor Jesus. Embasamento infinitamente distante da visão difundida na atualidade.

Diante da visão difundida: secularista, unilateral, distorcida e carente das lentes Cristocêntrica, acredito ser necessário estimular-se estudos mais profundos na busca por um entendimento bíblico, analítico, crítico, racional, sem preconceitos secularizados. Necessário se faz uma busca norteada pelas diretrizes propostas por Jesus nas Escrituras Sagradas e pelo apóstolo Tiago distanciada das lentes capitalistas ocidentais, as quais são adornadas ou adereçadas com um $, dólar ou euro, toda vez que se menciona sobre o evangelho nos meios midiáticos.

Necessário se faz a elaboração de revisões literárias e abordagens reflexivas centradas na Bíblia, não apenas nas teorias de humanos avessos ao conteúdo Bíblico. Homens e mulheres que escrevem sobre o que provavelmente, sequer leram- a Bíblia-, prova é que, nenhum deles menciona a Bíblia como obra consultada ao efetuar afirmações jocosas sobre o comportamento do cristão e sua experiência de fé. Apenas a inferiorizam, ridicularizam como sendo um livro retrógrado, arcaico por manifestar-se contrária à conduta pecaminosa adotada por milhares desde Sodoma e Gomorra, desde o Império Babilônico, não apenas na Era da Informação ou da mídia televisiva.

Durante várias décadas a TV exerceu controle massivo sobre as camadas sociais inferiores e desfavorecidas culturalmente, desprovidos da capacidade crítica que lhes permitisse avaliar sobre o grau de manipulação sobre eles exercida. Somente nestes últimos dez ou vinte anos em que o ensino bíblico chegou à telinha, grupos de alunos e professores nas grandes Universidades, marketeiros e publicitários desperdiçam tempo precioso elaborando textos visando alfinetar esta ou aquela igreja presente em espaços midiáticos outrora ocupados apenas pela igreja Católica, bem como por programas elaborados visando a formação de uma massa consumidora de produtos comerciais nem sempre úteis ou necessários como: roupas de marcas, objetos de apresentadoras de programas “infantis”, cuja aquisição sempre enriqueceu apenas seu produtor, nunca os pais ou consumidores infantis desprovidos de senso crítico. Sapatos de marcas “famosas”, perfumes importados- quem nunca adquiriu o “famoso” gelato do Paraguai- nos anos 70?

Por mais que os governantes se esforcem por combater males sociais como a pirataria de CD’s e outros objetos, a força do tal combate vaza pelo ralo do incentivo do famoso “jeitinho brasileiro” para burlar leis. Nos últimos cinqüenta anos formou-se uma população de consumistas compulsórios de quinquilharias desnecessárias. Compradores compulsivos de roupas importadas desde os tempos da LEE americana, CD’s pirateados da mesmice regravada para se criar o senso de “pertencimento” .

No entanto estudiosos somente enfatizam a criação do “senso de pertencimento” nas questões religiosas dentro do pentecostalismo. O pertencimento existentes nos grupos em grupos de cantante ou dublante de regae, funks, POP, sertanejos os quais também criam seus guetos, sequer se questionar a força das letras sem sentidos nem poesia, muitas até aviltantes a deformar-lhe o caráter e senso religioso.

Nada se comenta sobre o senso de pertencimento sentido pelos praticantes de um ritual de macumba, entre os participantes de uma rodada de fumo narguile. Segundo uma reportagem no Diário de Pernambuco de 08/12/12, uma tragada de narguile é superior a cem cigarros fumados. “Uma pesquisa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta que uma hora de uso do produto equivale a fumar 100 cigarros. Isso porque, ao usar o narguilé durante sessenta minutos, a pessoa consome um volume de tragadas igual a 1.000 ml. A quantidade representa mais que o dobro do volume de tragadas absorvido no mesmo período com um cigarro, que é de 428 ml”.

Hábitos adquiridos e desenvolvidos graças à incapacidade crítica de grande parte da população da base da pirâmide social, por não estarem preparados para estabelecer contrastes entre as manipulações massivas e abusivas sofridas através das propagandas imorais, sejam televisivas nas novelas que impõem hábitos através de cenas de sexo apimentadas ao vivo e em cores, violência diante das crianças sentadas nas poltronas sendo adestradas como cães de Pavilov ao assistirem através das cenas vivenciadas pelos atores favoritos ou através de comerciais seculares seja um carro onde a mulher semi nua demonstra a “qualidade” do “carro”, das cervejas ou dos chinelos para serem usados na praia.

Ou até nos orelhões. Há poucos dias tive que deixar um orelhão por estar repleto de papéis de “propagandas”: Ligue ****-**** “faço tudo que sua mulher não sabe fazer”, dizia a infame propaganda dirigida aos interessados (as) Hoje o universo mudou. Não é somente ELE com ELA. A pregação bíblica é tida como arcaica o pecado é tido como algo moderno, construtivo por seus adeptos.

Absurda é a afirmação que circula por aí de que a pregação bíblica disseminada inclusive pela TV seja imposição ou manipulação de massas. A pior imposição é distorcer, impedir, roubar da população, o direito a ouvir o conteúdo da palavra de Deus explicado por aqueles que a estudam com seriedade disseminando seu entendimento na sua língua materna dos ouvintes. Imposição é forçar-lhes que aceitem discursos elaborados em latim, ou seja, desviando-os a pensarem que o conteúdo bíblico é nocivo, ultrapassado e sem eficácia.

Porque há vários séculos a mensagem bíblica tem de ser lida em latim, quando as propagandas comerciais são na língua materna?

Porque não se faz propagandas de cerveja em latim, já que o latim é a língua da santa madre igreja, útil e necessária desde Cabral?

Porque o latim é direcionado somente ao conteúdo bíblico sobre a verdadeira religião?

Sobre o que é a verdadeira Religião, o Apóstolo Tiago é enfático no cap. 1. 26 e 27 “A verdadeira religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo”. Também reafirmada por Jesus o Mestre por excelência em Mateus 25.31 a 46 em especifico os VS. 35 a 40. “Porque tive fome e deste-me de comer; tive sede e destes –me de beber; era forasteiro ou estrangeiro e me acolhestes; estava nu e me vestiste. Então perguntarão: Senhor, quando te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? Ou nu e te vestimos? Ou enfermo e te visitamos? Ou em prisão e te visitamos? Em verdade vos digo que sempre que a um destes meus pequeninos o fizestes, a mim o fizeste”.

Diversos textos na atualidade transitam nos terrenos da Igreja, Estado e mídia. Um destes artigos foi escrito por Jamil Chade - O Estado de S.Paulo, em 28 de maio de 2011 sob o título:

“ONU critica imposição de ensino religioso em escolas públicas”. No qual Jamil se reporta ao documento entregue à ONU “O documento foi preparado pela relatora da ONU para o direito à cultura, Farida Shaheed, que também alerta que intolerância religiosa e racismo "persistem" na sociedade brasileira. A relatora apela por uma posição mais forte por parte do governo para frear ataques realizados por "seguidores de religiões pentecostais" contra praticantes de religiões afro-brasileiras no País. Uma das maiores preocupações é o com o ensino religioso, assunto que pôs Vaticano e governo em descompasso diplomático. Os Estados citados por Farida, que visitou o País no final do ano passado, são Alagoas, Amapá, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina”.

Cabem aqui diversas considerações no texto de Jamil Chade apontando Farida:

1- Não se definiu o termo Religião pelos parâmetros bíblicos registrados em Tiago cap. 1.27, sequer pelos parâmetros de Jesus registrados em Mateus 25 onde Jesus descreve uma série de atividades essenciais para definir a religião. Este jornalista e outros pesquisadores usam-se a palavra religião pelo entendimento e senso comum daqueles que a denigrem, desprezando-a juntamente com o Deus da Bíblia.

2- Quem não conhece a fundo o texto de Tiago, nem consegue ser imparcial visualizando o tema e suas implicações como se diferencia entre a enfermidade e o remédio não devem clinicar; sequer tornar-se formador de opinião para não tornar-se manipulador das massas humanas;

3- Farida Shaheed confunde e se expressa de forma exacerbada e sofrível no trecho pinçado, através do qual procura demonstrar que há tais problemas no Brasil: “intolerância religiosa e racismo "persistem" na sociedade brasileira com ataques realizados por "seguidores de religiões pentecostais" contra praticantes de religiões afro-brasileiras no País”.

4- Primeiro porque religião tem a ver com obediência e amor a Deus. Sua manifestação visível dá-se através da pratica sistemática da visitação aos órfãos, viúvas, estrangeiros em suas atribulações. A sociedade brasileira em sã consciência jamais deixaria de praticar tais atos de bondade. Muito menos Igrejas evangélicas centradas na palavra de Deus, independente de sua compreensão do que seja religião. Um ou outro caso isolado não serve de base para amostragem como usada na menção.

5- Farida afirma que os seguidores das religiões pentecostais atacam religiões-afro-brasileiras. Onde estão as provas desta afirmação para que a lei possa julgá-las? No lied jornalístico, o autor deve primar pelos dados: Quando, em que ano ocorreu o fato? Onde o fato aconteceu? Qual a data do ocorrido? Quem são os envolvidos?

A afirmação de Farida não responde sequer dois dos quatro elementos do lied jornalístico. Ou estou equivocada? Assinalou onze Estados, nenhum caso especificando nome nem endereço.

Vários outros questionamentos ainda podem ser extraídos e examinados deste outro trecho ainda de Farida, no qual afirma: “A relatora diz ter recolhido pedidos para que o material usado em aulas de religião nas escolas públicas seja submetido a uma revisão por especialistas, como no caso de outros materiais de ensino. Além disso, "recursos de um Estado laico não devem ser usados para comprar livros religiosos para escolas", esclarece. Para Farida, "deixar o conteúdo de cursos religiosos ser determinado pelo sistema de crença pessoal de professores ou administradores de escolas, usar o ensino religioso como proselitismo, ensino religioso compulsório e excluir religiões de origem africana do curriculum foram relatados como principais preocupações que impedem a implementação efetiva do que é previsto na Constituição". Legislação. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação diz que o ensino religioso deve ser oferecido em todas as escolas públicas de ensino fundamental, mas a matrícula é facultativa. A definição do conteúdo é feita pelos Estado e municípios, mas a legislação afirma que o conteúdo deve assegurar o respeito à diversidade cultural religiosa e proíbe qualquer forma de proselitismo”.

“Escolheu material para ser submetido a especialistas”.

1- Especialistas neutros na fé cristã, porém fundamentado no conteúdo religioso a respeito do conteúdo bíblico tais como: Linguas originais, contexto cultural, histórico. O que daria base para tal analise, portanto dando-lhes bagagem para avaliar seu conteúdo. Ou os conteúdos serão submetidos a especialistas oriundos das religiões afros, por conseguinte pessoas que não praticam o conteúdo bíblico? Ou ao referirem-se à religião estão apenas referindo-se ao estereótipo disseminado na mídia como sendo práticas e rituais, o que diferiria da definição bíblica para o termo “Religião”. Fazer o sinal da cruz, tomar hóstias, usar um terço, ir a uma campanha de libertação, mulher não cortar cabelos e usar somente saias não é definição de religião com embasamento histórico, social ao conteúdo bíblico.

2- Farida acrescenta que o material para ensino religioso não deveria ser comprado com dinheiro do Estado. Não mostra onde há ligação da compra com o conteúdo ou com religião. E as cartilhas distribuídas nos postos de saúde incentivando a prática sexual precoce durante o carnaval podem ser compradas com dinheiro do Estado?

3- E os preservativos - as populares camisinhas, pílulas do dia seguinte, anticoncepcionais - entregues nos PS ou UBS podem ser comprados com dinheiro do Estado incentivando a natalidade sem compromisso, e o aumento de bocas para se alimentarem num país já com falta de alimentação para tantos habitantes? Ou estaria se criando o aumentando o número de assassinatos através do aborto?

4- A Lei de Diretrizes e Bases da Educação teria sido mais eficiente se houve sido instituída em cima do ensino da Bíblia, a Palavra de Deus e não em cima de conceitos distorcidos como nariz de cera o qual cada artista torce para o lado que lhe apetece. A Bíblia é um manual de conduta. Religião como enfatizada é um corolári ode hábitos os quais mudam de região para região, de um país para outro. A Bíblia não sofre mutação climática, geográfica nem cultural. Ela é eterna e imutável. Jamais arcaica. Pelo contrário, é sempre atual. Como água, nunca deixou de ser necessária e vital para o ser humano.

5- Briga-se pela cor e formato da embalagem, perde-se a qualidade do conteúdo do frasco. Esta religião que produz tantas discussões, nada tem em comum com a Religião ensinada pelo apóstolo Tiago, sequer com a religião indicada por Jesus. Estão dando de beber colheradas da embalagem e jogando o liquido precioso no lixo. Assim nossas crianças morrerão de inanição espiritual. Acordem, oh povo.

6- O Ensino Religioso traria taxa ZERO de confusão se tão somente fosse ensinada a Bíblia às crianças. E à partir dos ensinos bíblicos a elas fosse dada a liberdade para escolher em qual igreja se sentem melhor ao freqüentarem. Esta é a liberdade proposta na Constituição. Não é liberdade para se empurrar goela abaixo o espiritismo, islamismo, catolicismo, ou o cristianismo. E sim a liberdade para se escolher ser de Jesus ou se entregar ao diabo. O restante é pura invenção de homens brigando para ser livre para praticar o proselitismo.

Outros estudiosos e escritores tem se desdobrado escrevendo sobre religião, porém nada focam sobre a Bíblia de Deus, ou sobre o Deus da Bíblia, como por exemplo:

“O Discurso Imagético no quadro Novela da Vida Real no Programa Show da Fé” Patrícia Garcia COSTA .

O show da fé: a religião na sociedade do espetáculo : um estudo sobre a Igreja Internacional da Graça de Deus e o entretenimento religioso brasileiro na esfera midiática: Karla Regina Macena Pereira Patriota; “Evangélicos e Mídia no Brasil – Uma História de Acertos e Desacertos”

De Leonildo Silveira Campos, É o artigo que contém duas partes. “Na primeira, há um conjunto de reflexões sobre as relações entre evangélicos e mídia no Brasil. Nela, se faz um passeio por um processo de mudanças ocorridas desde a fase da oralidade e da imprensa até o período contemporâneo, que é o da comunicação mediada eletronicamente. Na segunda parte há reflexões e exemplos de como o uso da televisão, assim como a compra de redes televisivas, provocaram alterações na maneira de os pentecostais se comunicarem com a sociedade brasileira. A escolha desses novos meios de comunicação trouxe para o campo religioso significativas mudanças, assim como na prática do culto local, em que a congregação é estimulada a reagir como um auditório de televisão, onde se dão as gravações dos programas que posteriormente vão para o ar; a pressão da arrecadação financeira sobre o culto religioso; a maneira de o pastor se comunicar com as congregações local e virtual; o surgimento de celebridades, cantores e pregadores; e, finalmente, o risco de escândalos quanto ao uso de enormes quantias arrecadadas”.

Ficando claro que a preocupação sempre evidenciada não é com a prática religiosa nos moldes bíblicos como fator de mudança no caráter do individuo e na sociedade para melhor.

Nunca focalizam por exemplo sobre a nova vida de um ex-drogado resgatado do mundo dos vícios. Sobre sua readaptação à sociedade, sobre o baixo custo financeiro resultante da libertação do drogado. Têm-se a impressão de que os estudiosos e a mídia no geral ficam aborrecidos quando um ser humano é resgatado do mundo dos crimes passando para o lado do bem na sociedade. Tem-se a impressão que se alegram com a degradação humana.

A religião é vista pela sociedade como algo degradante, nocivo e que nada faz pelo individuo. A religião ensinada por Jesus e por Tiago produz possibilidades de quebra de paradigmas, mudança de vida para melhor. Coisas que a religião dos rituais do “vista isto”, “não use aquilo”, “mulher consagrada não corta os cabelos” e a mulher africana cujos cabelos não crescem, estão excluídas do evangelho do ritualismo? O ritualismo não é capaz de promover mudanças significativas na vida de ninguém, muito menos o ensino “religioso” oferecido nas escolas na base das cartilhas catequistas distanciados da palavra de Deus.

Religião e Educação Religiosa no Brasil: Tolerância zero? Não!

A tolerância ZEROI deve ser direcionada ao pecado, o qual destrói os seres humanos desde o Éden.

A prática religiosa nos moldes ensinados por Jesus e pelo apóstolo Tiago é uma bênção a ser alcançada por milhares nesta nação. Nação que caminha para vivenciar o trecho bíblico: “Bendita é a nação que tem Deus como senhor de suas ações” Não basta ser religioso, é necessário ter Jesus no centro das decisões.

Como dizia Paulo Freire: “a educação não liberta, mas sem a educação você também não transforma a sociedade”. É preciso ser transformado através da Educação e ser liberto da canga que o diabo e a a religiosidade coloca no pescoço dos incautos.A religião engessa. Jesus e o conhecimento de Deus liberta.

“Conhecereis a verdade e ela vos libertará”. Jesus é a verdade que a todos liberta do gesso da religiosidade vã. Tolerância ZERO ao pecado, à vida longe de Deus e de sua palavra libertadora.

nana caperuccita
Enviado por nana caperuccita em 15/03/2013
Código do texto: T4190385
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.