ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

“A mãe do meu Senhor!”

Palavra da Liturgia – Lc 1, 39 – 56.

Estamos festejando a festa da Assunção de Nossa Senhora no céu! Depois de terminado o curso da vida terrestre, Maria foi assunta em corpo e alma à glória celeste, após a sua “dormição”. Eis um dos quatros dogmas de Maria em nossa Igreja: 1 – A Imaculada Conceição; 2 – A maternidade divina de Maria; 3 – Maria sempre virgem 4 – Assunção de Nossa Senhora.

Quando falamos de Maria não falamos de um personagem qualquer, mas alguém muito especial e filha obediente de Deus.

Ninguém em terra, com exceção de Jesus, viveu Deus com tanta intensidade e amor como Maria viveu.

Mesmo sendo a mãe de Deus, Maria não teve nenhum privilégio ou proteção, desde o seu sim, ela começou a viver o calvário e encarar a dor com fé, por isso ela era feliz, por que optou em viver o sonho de Deus em sua vida.

Diz o versículo 38 do mesmo capítulo da leitura deste final de semana que após a anunciação a Maria, o anjo afastou-se dela. Se você reparar na história de Maria em nenhum outro momento o anjo lhe apareceu, inclusive nos momentos de maior dor que foi o caminho do calvário. Por que será? Porque Maria viveu Deus na fé e não nos sinais visíveis, pois era uma mulher crente. Aliás, o seu sinal visível era Jesus!

Maria era pura e menina simples, muito nova, provavelmente uns quinze anos no máximo quando recebeu a notícia do anjo e como vivia a caridade, diz a palavra, que se levantou logo após o anjo anunciar que Isabel estava grávida e viajou aproximadamente uns 160 km até a casa da prima para ajudá-la e acolher-lha no amor de Deus.

Recebeu dois elogios de Isabel: “Bem-aventurada” e “Bendita”. Maria foi bem aventurada porque viveu em vida as bem-aventuranças e foi bendita porque carregou consigo o Verbo que se fez carne e portanto é Santuário da Vida.

Não dá para ignorar a figura da mulher em Maria até porque foi a mulher Maria que foi escolhida para suportar a dor de ver seu filho humilhado e crucificado derramando até a última gota do sangue por todos nós. A sua postura diante de seu filho na cruz? Estava em pé! Maria disse sim até a morte, não só na alegria, mas principalmente na dor foi fiel. Por isso Maria é a Arca da Aliança, àquela que carregou o Amor para humanidade ser liberta e salva.

Como ela própria se auto-intitulou no magnificat: pobre serva. Ela serviu na aceitação resignada, no silêncio do coração e principalmente na presença ao lado de Jesus até a sua morte.

Costumo dizer que o amor de mãe é o que mais se aproxima do amor de Deus, consequentemente, a dor de mãe é a dor que mais se aproxima da dor do filho.

Penso que Maria sentiu a pior dor que se possa ter: a dor onde você sofre por não poder sofrer no lugar de alguém que amamos muito.

Por isso o mínimo que nós cristãos podemos fazer é venerar esta mulher para que se cumpra a Escritura: “Todas as gerações me proclamarão bem-aventurada”.

Nenhuma criatura viveu Deus tão intensamente como Maria viveu! Sua humildade foi tão grande que pelo seu silêncio de coração passou quase que despercebida não fosse a obediência daqueles que a proclamam Bem-Aventurada! Lucas e João dão destaque a figura de Maria! Lucas por causa da sua origem, era gentio, tinha uma visão de respeito à figura da mulher e João por ser o discípulo amado de Jesus o qual obedeceu a última ordem dada por Jesus: acolher Maria como mãe. Só quem ama enxerga o valor de uma mãe!

Em um tempo onde estruturas, distribuições de milagres e curas, barulho, artistas da fé, teologia da prosperidade, interesse em ver sinais visíveis o tempo todo têm sido o norte da evangelização; o silêncio de Maria e a espiritualidade mariana é sem dúvida alguma o grande desafio a voltarmos os olhos para o que realmente importa: a humildade, a fé e o desapego de tudo para viver Deus!

Maria dos pobres, dos que sofrem, dos humildes, dos pequeninos. Maria mãe de todos.

Com Maria, Deus manifestou seu poder, desconcertou os corações soberbos, derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes, saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos cumprindo a sua promessa.

Até mesmo o Profeta João Batista ainda no ventre de Isabel manifestou a alegria do encontro com Jesus no ventre de Maria e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.

Ter um encontro mariano é encontrar-se com Jesus, é ficar cheio do Espírito Santo, pois quem se aproxima de Maria tem a honra de encontrar-se com a mãe do meu Senhor!

E você? Já teve a honra de encontrar a Mãe do meu Senhor? Viver a espiritualidade mariana é tornar-se verdadeiro adorador do Deus Único! A mãe que apresenta o pai é também a que sempre apresenta o filho!

Haja felicidade para este encontro.

Gilberto Ângelo Begiato

http://gilbertobegiato.blogspot.com.br/

Gilberto Ângelo Begiato
Enviado por Gilberto Ângelo Begiato em 11/08/2013
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