Maria nos aguarda na corte celeste

Padre Geovane Saraiva*

Alegres e na grande esperança dos filhos de Deus, celebramos Maria, aquela que carregou no seu ventre a Palavra de Deus encarnada e agora, depois da superação da morte, encontra-se no céu, para alegrar a corte celeste e nos dar a certeza de que ela intercede por nós e também nos aguarda, para que possamos desfrutar de sua companhia materna, na feliz eternidade, juntos do Pai.

Para realizar a redenção da humanidade, Deus escolhe Maria, simples e humilde servidora. A fé de Maria foi imprescindível, no sentido de acolher a vontade de Deus e dela participar, plena de confiança, a ponto de Isabel proclamar bem alto: “Bem-aventurada aquela que acreditou” (Lc 1,45).

Hoje nós somos os destinatários da alegria, outrora anunciada pelo Anjo do Senhor, no contentamento e na esperança, que de acordo com feliz e providencial assertiva do Papa Francisco, na sua primeira homilia, em Aparecida – SP (24/07/2013): “conservar a esperança, deixar-se surpreender por Deus e viver a alegria”.

É com o mesmo espírito que Maria acolheu, no seu belo e maravilhoso cântico de ação de graças, ao agradecer pelas maravilhas nela operada, ao Senhor de todos os dons, quando olhou para humildade de sua serva, na sua simplicidade e pequenez (cf. Lc 1, 13-14), que a Igreja, comunidade animada pela fé e esperança, celebra a festa da Assunção de Maria.

Temos ainda o cântico de Zacarias, no qual ele soube louvar e bendizer o Deus de Israel (cf. Lc 1, 68-80). E ainda a melodia maravilhosa dos anjos, habitantes especiais, que povoaram os céus na noite santa do nascimento do Salvador da humanidade, reconhecendo a imensa grandeza de Deus, no belo e maravilhoso cântico: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade” (Lc 2, 13-14).

Neste Ano da Fé, que teve seu início no dia 11 de outubro de 2012, no cinquentenário da abertura do Concílio Vaticano II e com seu término para a solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, aos 24 de novembro do ano em curso, os cristãos são convidados a bater à porta do Redentor da humanidade, pela a intercessão de Maria: “Ela abriu-nos, fez-nos entrar e nos aponta o seu Filho. Agora Ela nos pede: ‘Fazei o que Ele vos disser’ (Jo 2,5). Sim, mãe nossa, nos comprometemos a fazer o que Jesus nos disser! E o faremos com esperança, confiantes nas surpresas de Deus e cheios de alegria. Assim seja” (Papa Francisco).

*Padre da Arquidiocese de Fortaleza, escritor, membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza, da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE) e Vice-Presidente da Previdência Sacerdotal - Pároco de Santo Afonso - geovanesaraiva@gmail.com